Novo dia de protestos 19J: Fora Bolsonaro, Mourão e a agenda neoliberal e autoritária!
Os 200 atos do 29M foram as maiores manifestações desde o tsunami da educação em 2019 e mostraram a grande vontade na população de resistir a esse governo genocida, com o número de mortes chegando aos 500 mil. Também mostraram que é possível fazer grandes atos com segurança sanitária, com milhares de voluntários distribuindo máscaras, álcool em gel e garantindo distanciamento.
Fomos pra rua não só contra a tragédia da pandemia e fracasso dos governos em garantir vacina, auxílio emergencial que possibilite a quarentena e investimentos em saúde. A crise econômica nos atinge em cheio, principalmente a população preta e pobre das periferias, com desemprego e fome, com aumento dos preços e da pobreza.
Protestamos também contra o racismo estatal e estrutural, como a chacina do Jacarezinho.
Temos que rechaçar os falsos argumentos e mostrar os interesses por trás dessa política. Se não há leitos e vacina é por causa de décadas de sucateamento, priorizando os planos privados de saúde e a indústria farmacêutica.
Se há fome, não é por falta de comida. O agronegócio fazem lucros recordes com a alta dos preços mundiais.
Dizem que “não há dinheiro” como justificativa para não garantir um auxílio emergencial pra valer ou investimentos pesados na saúde. Ao mesmo tempo cresce o número de bilionários, mostrando que alguém está lucrando com a nossa miséria.
Vimos também como Bolsonaro numa canetada aumentou seu salário e dos generais do governo em até 60%.
Essa retomada das lutas precisa continuar, não podemos esperar até 2022. Sabemos que não será simples diante da ameaça de uma terceira onda da pandemia. A ação violenta da PM contra o ato em Recife mostrou que o perigo do aumento do autoritarismo e repressão, contra qual também temos que nos organizar.
Precisamos aumentar a pressão e ao mesmo tempo construir estratégias que garanta nossa segurança sanitária. É necessário construir estruturas democráticas do movimento, que inclua assembleias locais, regionais e nacionais para discutir as estratégias do movimento, ao mesmo tempo em que pressionamos por um maior engajamento das centrais sindicais. Assim podemos construir as bases para uma greve geral sanitária, que seria um passo importante para fortalecer nossa luta!
Se não derrubarmos esse governo, centenas de milhares a mais podem morrer na pandemia. Também há inúmeros ataques sendo lançados nesse momento: privatização da Eletrobras e Correios, contrarreforma administrativa, cortes da saúde e educação, desmonte da proteção ambiental, ataques à população indígena e etc.
A nossa tarefa mais imediata é unir as lutas por vacina, renda, saúde, educação, emprego, contra as opressões e a retirada de direitos em uma única mobilização pelo “Fora Bolsonaro, Mourão e a agenda neoliberal e autoritária”.
Mas para realmente derrotar tudo o que Bolsonaro representa, é preciso construir uma alternativa socialista, que defenda um programa de ruptura com esse sistema que o criou. Faça parte dessa luta!
- Construir as bases para uma greve geral sanitária por vacina já, auxílio emergencial de um salário-mínimo e em defesa de empregos e direitos!
- Contra a reforma administrativa e a privatização da Eletrobras e dos Correios!
- Não ao desmonte da proteção ambiental e ataques à população indígena! Não ao Marco Temporal e ao PL 490!
- Contra o genocídio da população preta! Vidas negras importam! Combate a todas as opressões!
- Fora Bolsonaro, Mourão e a agenda neoliberal e autoritária. Abaixo esse sistema que nos explora e nos oprime!
- Taxação dos lucros e fortunas, auditoria e suspensão do pagamento da dívida pública aos megaespeculadores, estatização e controle público sobre o sistema financeiro – tudo isso para financiar investimentos na saúde, educação, moradia e empregos e tirar o país da maior crise de sua história!