Greve nas universidades estaduais paulistas

Passados quatro meses da nova gestão da reitoria da Universidade de São Paulo, os estudantes, funcionários e docentes já podem ter uma ideia de como será o próximo período: cortes e retirada de direitos. Mas as diversas categorias das universidades já se posicionaram contra essa política e entraram em uma greve conjunta desde o dia 27 de maio!

Diante da crise financeira, a resposta do novo reitor foi corte de investimentos na graduação e pós-graduação, suspensão de novas contratações e, mais recentemente, o anúncio de que os funcionários e docentes da universidade terão reajuste de 0% nos seus salários. A UNESP e UNICAMP também cortaram investimentos e congelaram salários.

O modelo antidemocrático de gestão das universidades, onde um pequeno número de professores toma decisões sem precisar nem ao menos consultar o restante da comunidade, serve aos interesses privados de uma minoria.

Como os direitos de trabalhadores e estudantes não são tratados como prioridade, quando reivindicamos salários, bolsas e condições de permanência, a resposta das reitorias e do governo do PSDB, em vez de cortar as vantagens dadas às corporações, é a implantação de mensalidades e a busca de investimento privado.

Resposta unitária

O movimento estudantil e o movimento dos trabalhadores dessas universidades devem estar juntos, lutando por mais investimento na educação em todos os níveis: municipal, estadual e federal.

Essa crise não foi feita por nós, e é a hora de trazer a público essas contradições e dar uma resposta unitária às reitorias e governos.

As categorias das estaduais paulistas já começaram a dar essa resposta, com greves e paralisações, reivindicando, além da correção dos salários, transparência nas contas das universidades e poder para decidir para onde vai o dinheiro.

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