Primavera Carioca: uma sociedade socialista é possível!

Nada deve parecer impossível de mudar!

A cidade do Rio de Janeiro está em debate como a muito não se via! Enquanto o atual prefeito e seus comparsas fingem que a cidade é maravilhosa para todos e todas, a maior parte da população sofre com a falta de atendimento de saúde, com uma educação pública entregue aos marqueteiros e sem autonomia pedagógica, com remoções, altas taxas no transporte público de péssima qualidade entre outras mazelas que aprofundam a desigualdade social e mostram que a cidade do Rio é será cada vez mais para poucos, além disso não podemos deixar de mencionar as comprovadas ligações escusas entre o atual prefeito e o crime organizado e as máfias.

Mas este cenário de descaso com a população infelizmente não é novo no Rio de Janeiro, a diferença nessa eleição é a possibilidade concreta de uma alternativa de projeto diferente, coletivo, que traz a certeza de que nada deve parecer natural.

Eduardo Paes do PMDB, mesmo partido de Sergio Cabral, que é citado por ligações escusas com a empreiteira Delta, possui um amplo apoio dos partidos tradicionais de direita, e de outros que até bem pouco tempo se diziam de esquerda, são 20 os partidos que compõe a sua coligação e dão ao atual prefeito 16 minutos de campanha publicitária na TV, mais que alguns jornais televisivos. Sua campanha está entre as mais caras do país, o atual prefeito arrecadou 6.993.680,49 reais para essa campanha, com doadores como Abolição veículos 15 mil, Carvalho Hosken Engenharia e Construções 150 mil, Coesa 200 mil, CRBS S/A 300 mil, Even Construtora e Incorporadora 50 mil, Gotland Veículos 15 mil, Postos Ipiranga 100 mil, Multiplan Empreendimentos Imobiliários 500 mil, RJ refrescos – distribuidora da Coca Cola – 4.278 reais, San Diego veículos 20 mil, Vamarco Particip. Administ. e Empreendimentos 150 mil e o comitê financeiro municipal, único através do qual os doadores não são identificados 5 milhões 894 mil e 402,49 reais.

A unidade da classe dominante em torno de Paes não é por acaso, o Estado do Rio de Janeiro tornou-se a vitrine dos megaprojetos e megaeventos e a capital, a cidade do Rio de Janeiro, a sede da “festa dos grandes negócios”. Até o ano de 2020 o governo do estado estima que seja investido aproximadamente 1,9 trilhões de reais no estado. Os megaeventos, copa do mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016 aprofundam o projeto econômico em curso no Estado que concentra renda, solo e produtos naturais. São megaempreendimentos voltados para a exportação do pré-sal, as grandes siderúrgicas e os portos.

As grandes corporações já lucram ao extremo, principalmente com investimentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Os desembolsos desta instância pública saltaram de 20 bilhões em 1999, para 140 bilhões em 2011. Enquanto isso a cidade do Rio de Janeiro alcançou o último lugar entre as capitais brasileiras no Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (Idsus), possui o pior atendimento de saúde a população. Na educação não é diferente, o Rio tem o pior Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) entre as cidades do sudeste do país.

Mas este bloco de unidade da burguesia não contava com a primavera carioca, a unidade entre aqueles que não querem mais este projeto que só privilegia as empreiteiras, construtoras e grandes corporações. O Freixo já alcançou 18% nas pesquisas e não para de crescer a cada nova divulgação de intenção de votos, com fortes possibilidades de alcançar o segundo turno. Freixo vem chamando os movimentos sociais para construir uma campanha coletiva. Foram 3 mil jovens na Cinelândia afirmando “a juventude fecha com Freixo”. Centenas de educadores, militantes da saúde, feministas, ativistas LGBTTT’s, sim, estes também “fecham com Freixo”. A primavera carioca resgata a velha tradição da militância na rua, que “acredita em seu ideal e por isso não ganha um real”. São novos tempos, com o resgate da velha política combativa, unitária, coletiva, aonde o povo ocupa as praças, ruas, espaços públicos e não se cala!

O debate político coletivo, participativo e militante vem renascendo, mas são passos iniciais! Não podemos cometer os mesmos erros das gerações anteriores, junto com a esperança temos que trazer as lições e conclusões que aprendemos. Hoje Marcelo Freixo é fundamental para reascender a crença na luta política, no entanto não podemos perder a dimensão popular da luta direta, mas isso só vai se concretizar se esta mobilização social continuar. Acreditamos que o PSOL é um partido necessário para servir como uma ferramenta de luta para o povo, por isso, deve ser radicalmente democrático, funcionado por núcleos de base onde os militantes do partido discutam e decidam seus rumos e não os gabinetes e/ou mandatos, o partido e seus parlamentares devem girar em torno das decisões de seus militantes organizados e não o contrário. Esta é a hora de chamarmos a juventude e as pessoas que se reencantam com a política, para construir o PSOL, fundar núcleos do partido em seu bairro, sua escola, etc. Queremos mais que ouvir a voz da juventude e dos movimentos sociais, queremos sentir a força de suas ideias, queremos os frutos de sua luta organizada!

A responsabilidade da candidatura do Marcelo Freixo é enorme e não deve se resumir na eleição, mesmo em um possível governo do PSOL com Freixo, as lutas sociais vão ser ainda mais necessárias, pois para derrotar as OSS’s e combater os contratos fraudulentos com as grandes corporações, vamos ter que pressionar a burguesia. Afinal um possível governo do PSOL não esta lá para gerenciar o capital e sim para combatê-lo, neste sentido, mais do que nunca a organização popular, autônoma e combativa, deve utilizar dos seus métodos de luta para ajudar a pressionar a burguesia e gerar mudanças efetivas nos rumos da cidade. Para tanto, a unidade da esquerda é fundamental, e a luta de classe deve vir em primeiro lugar. Queremos que a esquerda combativa atue junta no dia a dia denunciando os ataques da burguesia e exigindo nossos direitos!

Não é verdade que todo apoio é igual no segundo turno. Já aprendemos com a história do PT que as alianças e unidades, mesmo que pontuais, com setores não classistas só servem para fragilizar a luta dos trabalhadores e reforçar as instituições burguesas. Queremos o apoio dos trabalhadores e não de nossos patrões, nosso inimigos, como o PSDB. Somos oposição ao que chamamos de Lulismo e é tarefa do PSOL se construir como uma alternativa de fato, por isso é necessário identificarmos a oposição de direita que no frigir dos ovos tocam a mesma “música” dos que estão hoje no poder.


Rumo aos segundo turno! Fechamos com Freixo!
  • Fechamos com um projeto alternativo, que se diferencie tanto do Lulismo quando da direita tradicional: Nem “Lulismo” e base aliada, nem tucanos!!!
  • Fechamos com o PSOL e com a necessidade de nos fortalecemos como alternativa real para os trabalhadores e trabalhadoras!
  • Fechamos com o fortalecimento das lutas, das greves, dos movimentos sociais e pela defesa dos nossos direitos de forma autônoma, combativa e democrática!

Este é um momento oportuno para que a militância socialista, aguerrida e combativa do PSOL, junto com Freixo, se construa como um projeto alternativo para a população. A nossa vitória dependerá da nossa capacidade de nos diferenciarmos de tudo que esta aí e de sairmos mais fortes, e mais organizados como uma referência para a população e a juventude carioca e brasileira!

Não aceitamos mais este sistema podre que só favorece os ricos, que mata, escraviza e oprime, “não me ataca, não abusa, não sufoca, que eu não deixo”! Pelo fim do capitalismo e por uma sociedade socialista e livre! Rumo ao segundo turno com Marcelo Freixo PSOL 50!!! 

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