A ascensão do Militant: Trinta anos do Militant 1964 – 1994

O inverno do descontentamento: maré alta

Em 1978 os desenvolvimentos dentro do Partido Trabalhista se destacaram, entrelaçados com os eventos na indústria. A questão sobre a democracia dentro do partido foi mais uma vez o assunto chave que emergiu ao longo do ano. Ray Apps, um apoiador bem conhecido do Militant, era um membro do Comitê Executivo Nacional do partido trabalhando na questão de reeleição dos MPs. A direita estava lutando junto com o primeiro ministro Callaghan, manobrando desesperadamente para impedir o principio de eleição e reeleição de ser incorporado no estatuto. Escrevendo no Militant, Ray Apps declarou: “Nós [a esquerda] consideramos vital que, junto com o procedimento de reeleição automática os partidos locais possam ter o direito de proceder sem referências ao Comitê Executivo Nacional. (1)

Em maio podíamos reportar “Liverpool: políticas marxistas ganham votos.” Vários apoiadores do Militant foram eleitos para o conselho da cidade. Derek Hatton, que foi ganho para o Militant em 1978, candidatou-se pela primeira vez em Tuebrook Ward. Ele aumentou os votos trabalhistas em 50%, deixando os Liberais em 3° lugar, mas não foi eleito nesta ocasião. Muitos comentaristas desde então procuraram explicar o apoio ao Militant em Liverpool como surgindo de algum tipo de ‘conspiração’ ou devido a uma tática de ‘partido de assalto’. De fato foi o trabalho paciente e consistente por um período de tempo, combinado ao fato de ser a maioria dos membros do partido que trabalhavam duro, e ganhando o apoio às nossas idéias, que permitiu ao Militant se tornar a ala dominante do movimento trabalhista de Liverpool.

A conferência trabalhista de 1978

Nós fizemos uma magnífica intervenção na conferência do Partido Trabalhista de 1978.

A base para a conferência foi a revolta crescente contra o limite de 5%’ imposto ao salário dos trabalhadores pelo governo trabalhista. A greve da Ford, que tinha estourado recentemente, transformou o sentimento da conferência e destruiu todos os planos da ala direita do gabinete trabalhista. Foi um apoiador do Militant, Terry Duffy, delegado por Liverpool Wavertree, que moveu a resolução vitoriosa que rejeitava os 5%, que de fato destruiu o Contrato Social e abriu as comportas para o movimento industrial. Ele pontuou que os sindicatos formaram o Partido Trabalhista e mantiveram sua lealdade a ele, mas hoje os sindicatos tinham que dizer: Já basta. Os trabalhadores não irão permitir mais cortes nas condições de vida.” (2)

A conferência também ecoou os apelos à políticas socialistas. A re-eleição de MPs foi o maior tema, como nas próximas três conferências até a histórica decisão a favor ser obtida em 1981. A batalha reaberta do PLP contra a re-eleição foi resumida na fala de Joe Ashton, um MP direitista, que contemplou o debate na conferência com a seguinte tirada: “Tenho apenas quatro minutos para salvar 300 empregos.” Militant comentou que isso mostrou “sua afeição maior por sua carreira do que para o partido operário que lhe deu o ‘emprego’.” (3)Não foi apenas nesta questão mas em toda cadeia de questões sociais que a conferência tomou uma posição radical. O líder do NUPE, Alan Fisher, falou da conferência ao Militant, explicando “porque nós lutamos por um salário mínimo de £60.” Ele declarou:

Nós sabemos pelas visões que o Militant tem expressado que nos apóia na campanha por maiores salários; Eles têm apoiado meu próprio sindicato na luta que tem durado os últimos dois anos na questão de cortes nos gastos públicos. (4)

Resumindo o sentimento da conferência, o editorial do Militant declarou: “Quantos ativistas trabalhistas podem se lembrar de uma conferência anual que posicionou-se tão decisivamente contra as principais tábuas da política econômica do governo trabalhista?” (5)

Na reunião vitoriosa dos leitores do Militant organizada na terça-feira da conferência, Ray Apps declarou:

Os eventos do debate de ontem foram históricos para o movimento trabalhista e uma completa surpresa para os líderes direitistas no partido e nos sindicatos… A menos que Jim Callaghan esteja preparado para se curvar e chegar a um acordo com o TUC para dar aos trabalhadores um aumento maior do que 5%, o governo será levado para o desastre. (6)

As decisões da conferência deram um enorme estímulo aos trabalhadores da Ford. O jornal levou os slogans dos manifestantes para fora das negociações entre os patrões e os sindicatos: “mais £20 nos salários, uma hora menos por dia, acordos de produtividade de forma alguma.” (7)

Porque o Militant tinha agora se tornado uma organização considerável com uma rede nacional de apoio, era capaz, pelo trabalho de nossos apoiadores, a dar uma cobertura mais completa do que qualquer jornal sobre a disputa. Nós publicamos reportagens mostrando o apoio colossal das mulheres na disputa: “As esposas da Ford estão 100% com os grevistas.” (8) Isso era particularmente importante dada a tentativa da imprensa conservadora de levantar uma suposta ‘revolta das esposas’ contra a greve.

A greve ganhou ímpeto, com a resolução dos grevistas indicada na sexta, 3 de novembro, quando 16 mil trabalhadores de Dagenham rejeitaram a chamada ‘oferta final’ da companhia. Notícias isto iniciaram outras celebrações em outras plantas em todo o país.

Durante o curso da greve, o líder dos eletricistas, Frank Chapple, como sempre, procurou desorganizar a ação sindical ao recusar pagar os salários de greve dos seus membros da Ford. Isso provocou um movimento dos membros do EETPU: “Eletricistas da Ford ocupam a sede do EETPU.” (9)

Depois de uma luta que durou mais de um mês, foi conseguido um acordo com os patrões que quebrou o limite dos 5%. Os operários obtiveram um aumento de aproximadamente 17% – 9.5% de salário , 2% de pagamento de férias e 5% de attendance allowance [pagamento feito no Reino Unido àqueles que cuidam de pessoas deficientes ou idosas] Isso foi acompanhada de ‘clausulas de punição’ e a semana de 35 horas não foi obtida.

Mas a greve aumentou a confiança da classe operária e encorajou outros trabalhadores a entrar em ação. Um setor dos trabalhadores que foram encorajados pela disputa da Ford e que foram retratados nas páginas do Militant foi os padeiros que entraram em greve.

Este sindicato tinha passado por uma assombrosa transformação. Anteriormente controlada por direitistas truculentos, a situação mudou tanto que em 1978 Sam Maddox, o secretário geral do sindicato, estava escrevendo nas páginas do Militant pedindo apoio para outros trabalhadores. (10)

Militant cresce nos sindicatos

Militant cresceu substancialmente neste período entre a juventude no Partido Trabalhista e nos sindicatos. O desenvolvimento mais significativo foi o crescimento do apoio ao Militant dentro dos sindicatos. No Post Office Engineering Union (POEU), mais tarde o National Communication Workers’ Union (NCU), a influência e apoio ao Militant cresceu enormemente. Os técnicos dos escritórios dos correios estavam pressionando pela implementação imediata da semana de 35 horas enquanto os líderes direitistas no sindicato hesitavam.

Na Associação dos Serviços públicos e civis (CPSA), a oposição à liderança direitista era ainda maior. Na conferência da CPSA em maio houve ganhos para a esquerda. Quatro apoiadores do Militant foram eleitos ao comitê executivo nacional. A preparação para esta conferência foi marcada pelo assalto político vicioso a um proeminente funcionário, Terry Adams. Ele estava na lista negra da direita por ser um suposto ‘membro/apoiador’ do Militant. Mas uma determinada luta da base derrotou todas as tentativas da ala direita de demitir os funcionários dissidentes.

Militant alertou em outubro:

Em breve ou depois… os estrategistas do capital irão concluir que o governo trabalhista tem servido a seus propósitos mais longe do que eles esperavam. De qualquer modo, se o governo continuar sua política atual no próximo ano, especialmente se houver mais e mais setores dos trabalhadores lutando por condições de vida decentes, isso irá virtualmente assegurar a derrota do trabalhismo. (11)

Estas palavras proféticas infelizmente se cumpriram na eleição geram de maio de 1979.

Antes disso, contudo, nós vimos, das profundezas da sociedade os mais oprimidos e mal pagos entrarem em cena. O sentimento de radicalização geral afetou politicamente os sindicatos. Para a fúria dos MPs Conservadores e da imprensa capitalista, o Sindicato Nacional dos Ferroviários tomaram a decisão de expulsar qualquer membro que fosse provado ser um membro da Frente Nacional.

Muito antes dos Conservadores chegarem ao poder Militant alertou que Thatcher

poderia eventualmente ser forçada a lançar uma ofensiva contra a classe operária e suas organizações. Ridley indicou isso [Ridley, um MP conservador, preparou um esquema para confrontar os sindicatos]: ‘No primeiro ou segundo ano depois da eleição dos Conservadores, será possivel um desafio maior de um sindicato a respeito de exigência salarial ou demissões.’

Ridley previu o que poderia vir das minas e portanto propôs:

(a) acúmulo máximo de estoques de carvão, especialmente nas estações de energia; (b) fazer planos de contingência para importar carvão; (c) encorajar o recrutamento de caminhoneiros não sindicalizados pelas companhias de transporte para ajudar a transportar carvão onde for necessário; (d) introduzir aquecedores duplos de carvão/gasolina em todas as estações de energia o mais rapidamente possivel. (12)

O MP conservador de direita Ronald Bell outra vez indicando o futuro papel dos conservadores, declarou: “Furar-greves precisa se tornar a mais honrada profissão de todas.” (13)

Comportas abertas

1979 foi um ano decisivo em muitos aspectos. O ano nem tinha começado e os caminhoneiros saíram em greve área após área, cansados de anos de baixos salários e longas horas de jornada. Caminhoneiros Tilbury comentaram ao Militant: “Bem, temos lido suas reportagens no Militant e não há mais nada a dizer. È a melhor reportagem que já vimos; é um bom jornal”. (14)

Descontentamento brotava de baixo. Este movimento se tornou o que os inimigos do movimento trabalhista chamaram “a greve dos empregos sujos” e “o inverno do descontentamento”. Um movimento estava se desenvolvendo que tinha algumas características de uma greve geral por rodízio. O Evening Standard de Londres uma vez mais apelou ao governo para usar tropas contras os grevistas e piquetes.

Junto com os caminhoneiros, os motoristas de trem também entraram no movimento. O seu humor foi demonstrado na histórica demonstração de 22 de janeiro dos trabalhadores manuais do setor público onde 80 mil marcharam pelas ruas de Londres.

Enquanto isso, por todo o país aproximadamente um milhão de trabalhadores do setor público tomaram parte de alguma ação grevista. Mas então os patrões e seus guardiões da imprensa começaram uma ofensiva. Motoristas de ambulância que tinham entrado em greve foram responsabilizados por algumas mortes que ocorreram.

Apesar de tudo, o movimento provou ser irresistível. O serviço de saúde foi afetado, autoridades dos trabalhadores locais foram arrastadas. Nevertheless, the movement proved to be irresistible. Thatcher declarou: “Agora nós vimos que o lugar (Grã-bretanha) está praticamente governada por comitês de greve… eles estão ‘permitindo’ o acesso à comida. Eles estão ‘permitindo’ que caminhões específicos possam seguir adiante.” (15)

Era verdade que, como o Militant pontuou, nada se movia em várias partes do país sem permissão dos comitês de greve. Isso tinha muito pouco a ver com os dirigentes sindicais mas cresceu como um irresistível movimento das fileiras da base. O rancor no topo da sociedade era indicado pelo fato de que um consultor cirurgião, sr. Patrick Chesterman que no Reading Hospital, exigia dos pacientes que apareciam para tratamento saber se eles eram sindicalizados. Se eles diziam ‘sim’, ele então dizia “Eu não estou atendendo sindicalizados hoje” e eles não recebiam tratamento. Militant apontou que “a demanda de salários decentes é vista como traição pelos capitalistas.” (16) O movimento de diferentes setores dos trabalhadores impeliu o Militant a comentar em um editorial:

Para assegurar [a vitória], os sindicatos nacionalmente devem dar uma direção clara aos trabalhadores em setores chave – tais como água e recusa de coletas – para se envolverem totalmente na ação. Isto precisa ser apoiado pelos comitês de delegados sindicais em cada local de jurisdição, universidade, área da saúde e de águas, planejando e co-ordenando atividades. A ligação também é essencial para as quatro indústrias do setor público. (17)

A classe dominante tentou denegrir os grevistas pela recusa dos coveiros em Liverpool em “enterrar os mortos”. Militant apoiou a ação dos mal-pagos, mas em todas as ocasiões ligou isso à manutenção dos ‘serviços de emergência’ com a intenção de acabar com a tentativa dos capitalistas de atacar os grevistas como ‘irresponsáveis’.

Os líderes trabalhistas mais tarde tentaram culpar pela derrota na eleição de 1979 nos alegados efeitos negativos da revolta dos mal-pagos naquele ano. Na realidade, foram as ações do governo em manter os salários e as condições baixos, dobrando o pescoço ao capital, que acumulou a enorme oposição da classe trabalhadora, que estourou finalmente no ‘inverno do descontentamento’. Uma liderança combativa socialista do movimento poderia se basear nas demandas dos trabalhadores e ligar a luta por um salário mínimo e corte na semana de trabalho à idéia de mudança da sociedade. Mas no imediato período anterior às eleições, os líderes trabalhistas fizeram tudo para entregar esta nas mãos dos Conservadores.

Escócia – Maioria pela devolução

Eles alienaram a população da Escócia, por exemplo, com o referendo da ‘devolução’ que foi conduzido em março de 1979. A maioria daqueles que votaram, 51.6%, foram a favor do estabelecimento da assembléia escocesa como proposto no Ato do Governo Trabalhista na Escócia. Militant apoiou a demanda por um parlamento escocês mas com poderes de introduzir medidas socialistas.

Mas os oponentes da devolução inseriram uma cláusula estipulando que pelo menos 40% por cento dos elegíveis deveriam votar em favor antes da decisão ser aceita. Se essa ‘ressalva’ fosse aplicada às eleições parlamentares, dificilmente um governo desde 1945 poderia ser legitimado para assumir. A moral dupla dos líderes trabalhistas em 1979, assim como o declínio geral da Grã-Bretanha, acumulou problemas futuros para o movimento trabalhista na Escócia. Suas ações deram um estímulo ao nacionalismo por um longo período de tempo.

Revolução Iraniana

Não negligenciando as questões internacionais, e não resistindo à enorme fermentação na Grã-Bretanha, Militant deu atenção a importantes eventos mundo afora. Internacionalmente, a revolução iraniana dominou os primeiros meses de 1979. Militant considerou este evento tão importante, que um de nossos líderes apoiadores, Bob Labi, foi a Teerã para testemunhar a atmosfera das consequências da derrubada do Xá.

Sua visita foi uma sugestão de um grupo de exilados iranianos que disseram que poderiam nos colocar em contato com operários da indústria do petróleo. Contudo, a pessoa que iria encontrar Bob em Teerã não foi porque era muito perigoso e não nos contou de sua mudança de planos. Bob apenas percebeu isso depois de uma longa espera no aeroporto de Teerã! Então Bob estava por sua própria conta, sem conhecer a língua e sem um intérprete. Isso não o impediu de discutir com ativistas ou atender a manifestações.

A revolução iraniana de 1979 foi rica em lições para a classe trabalhadora em escala mundial. Ela destruiu a idéia de que uma força armada por um regime ‘autoritário’ pode por um freio nas massas para sempre. Mas a tragédia é que não havia nenhum movimento marxista capaz de aproveitar o movimento que derrubou o Xá e estabelecer um estado socialista democrático.

A política oportunista do Partido Comunista, o Tudeh – algumas vezes apoiando o papel ‘modernizante’ do Xá – deixou um vácuo que os fundamentalistas islâmicos radicais preencheram. No início, os fundamentalistas de Khomeini foram obrigados, porque as massas estavam armadas e determinadas, a proceder muito cautelosamente para desvirtuar a revolução.

Eventualmente, eles terminaram por concentrar o poder exclusivamente em suas próprias mão, na forma do Comitê Revolucionário Islâmico. Este órgão, contudo, estava sob enorme pressão das massas.

Nos primeiros estágios, o governo Bazargan esforçou-se para preservar o capitalismo. O poder real, contudo, estava nas mãos dos comitês e das milícias, que estavam politicamente sob a influência de Khomeini. De fato, Bazargan, que foi apontado por Khomeini como primeiro ministro, foi forçado a deixar a este tomar as medidas governamentais necessárias.

Com demonstrações de massa exigindo ações contra o desemprego, aumento de salários, etc, o regime de Khomeini anunciou em julho de 1979 a nacionalização de todas as companhias de seguros, que foi seguida pela tomada de bancos. O governo era claramente bonapartista, oscilando entre a classe trabalhadora em ascensão, os capitalistas e os mercadores dos bazares. O passo à esquerda na política econômica foi acompanhado, contudo, de severas repressões contra todos os oponentes do ‘Partido de Deus’, o partido dos mullahs.

Em setembro 26 jornais oposicionistas foram fechados. Khomeini consistentemente se opôs à esquerda, denunciando aqueles que queriam continuar a greve geral como “traidores. Temos que despedaça-los entre os dentes.” (18)

Apesar de tudo, em muitas fábricas comitês de trabalhadores ou sindicatos forma formados e eles começaram a elaborar uma lista de demandas sociais. Após sua visita a Teerã, Bob Labi escreveu:

Os trabalhadores não estão lutando por demandas puramente econômicas, Muitos, em particular os petroleiros em Abadan e motoristas de tratores em Tabriz, estão exigindo a demissão dos velhos chefes e o direito de eleger novos diretores eles mesmos.

Trabalhadores na General Heating e na fábrica de ventiladores em Teerã tem tido permissão do governo de dirigir suas fábricas depois que os antigos chefes fugiram. Ao mesmo tempo, uma luta tem se desenvolvido por todos os direitos sindicais e a demissão dos ‘representantes’ dos trabalhadores apontados pela SAVAK (polícia secreta).

Ele então comentou:

Tudo o que impede a rápida derrubada pelo capitalismo no Irã é a ausência de um partido independente dos trabalhadores batalhando por um programa marxista. (19)

A esperança original da revolução iraniana por um novo capítulo de democracia e socialismo foi despedaçada na rocha do fundamentalismo islâmico. Apesar de tudo, as suas lições – como as massas se movem, como um exército capitalista bem armado pode se desintegrar, as leis da revolução e da contra-revolução – seriam tiradas pelo Militant quando analisando outras situações nos anos seguintes.

1 Militant 406 19.5.78

2 Militant 426 6.10.78

3 Militant 427 13.10.78

4 ibid

5 Militant 426 6.10.78

6 ibid

7 Militant 428 20.10.78

8 Militant 429 27.10.78

9 Militant 432 17.11.78

10 Militant 434 1.12.78

11 Militant 426 6.10.78

12 Militant 414 14.7.78

13 ibid

14 Militant 439 19.1.79

15 Militant 440 26.1.79

16 Militant 441 2.2.79

17 Militant 442 9.2.79

18 Militant 449 30.3.79

19 Militant 450 6.4.79