13 de maio, 125 anos depois: a escravidão continua mais viva do que nunca

Neste aniversário de 125 anos da abolição formal da escravidão de negras/os africanas/os e seus descendentes, percebemos o quanto esta população permanece violentada em seus direitos e vitimada pelas injustiças sociais. O IBGE confirmou que negras/os, jovens e mulheres são mais prejudicados com as demissões, fruto da crise financeira mundial.

Segundo o IPEA, negras/os ganham menos, trabalham mais e em piores ocupações. São a maior parte entre os sem carteira assinada e são a maioria em serviços domésticos, agricultura e construção civil. Incluem-se mais cedo no mercado de trabalho e saem mais tarde. Crianças negras são as maiores vítimas do trabalho infantil. Mulheres negras são as que mais sofrem com a violência doméstica e sexual e a juventude negra continua sendo alvo preferencial das polícias militares e civis.

Ao mesmo tempo percebe-se a resistência cada vez maior das forças conservadoras e racistas em impedir avanços de direitos da população negra. Em São Paulo e Rio de Janeiro, a morte de negros e negras vitimas da violência policial nas favelas demonstra este tipo de políticas públicas para negras/os.

Negras/os e brancas/os pobres pertencem a uma só classe: a classe trabalhadora. No entanto, sofrem de maneira diferente as contradições desse sistema, seja por via do racismo, do machismo ou da exploração econômica.

A luta contra o racismo deve ser permanente e militante. Sabemos que o racismo serve como ferramenta de manutenção da concentração de renda e do poder. Lembramos as palavras de Malcolm X: “Enquanto houver capitalismo haverá racismo”.

Chamamos a população negra a se organizar junto aos movimentos de luta que atendam de fato suas reivindicações e dificuldades de seu cotidiano. Junte-se a nós!

  • O povo negro não vai pagar pela crise! Que a burguesia racista pague pela crise!
  • Pela transformação do dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, em feriado estadual e Nacional!
  • Pela valorização e pelo respeito às mulheres trabalhadoras negras!
  • Pela alteração das ruas com o nome dos matadores de Zumbi dos Palmares – por exemplo, em São José dos Campos, onde existe a Rua Diogo Jorge Velho, para Rua Zumbi dos Palmares!
  • Pela retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti!

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