Fortalecer o movimento estudantil na Unifesp
No primeiro semestre deste ano, docentes, estudantes e técnicos administrativos em educação da Universidade Federal de São Paulo se mobilizaram para lutar por uma universidade pública democrática e de qualidade, que valorize os trabalhadores e trabalhadoras das mais diversas categorias. Essa luta se deu conjuntamente a um processo de greve nacional da educação, no qual diversas vitórias foram alcançadas. No entanto, muitas reivindicações ainda não foram atendidas e a luta não está perto de acabar.
Num contexto de reavaliação do movimento de greve ocorrido na Unifesp, alguns fatores centrais puderam representar contribuições para a dificuldade de organização política e, consequentemente, para a dificuldade de alcançarmos os pontos principais de nossa pauta. Ficou claro que as entidades de base que realmente se comprometem com as lutas cumprem papéis essenciais nos processos reivindicatórios das mais diversas categorias. Os docentes, por exemplo, se organizaram através do ANDES – Sindicato Nacional, enquanto o movimento estudantil se localiza num contexto de poucos Centros Acadêmicos (CAs) representativos e ausência de um Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Eleições do DCE
Nesse sentido, iniciou-se um processo para a formulação de novas eleições para o DCE, que já se apresenta sem gestão há quase dois anos. Na tentativa de construir uma chapa consequente e de luta, que combata o reacionarismo da direita e o afastamento da base provocado pela ultraesquerda, estudantes independentes e estudantes dos partidos da frente de esquerda (PSOL, PSTU, PCB) já iniciaram um processo de discussões sobre as perspectivas do movimento e os papéis que teria um DCE realmente combativo.
Nesse sentido, foi formada a chapa VEZ DA VOZ, composta por estudantes comprometidos com a luta dentro e fora da universidade. Esperamos, com a vitória de uma chapa da esquerda consequente, alcançar um nível superior de organização estudantil, aproximando a base dos estudantes das ações e debates políticos concernentes à Unifesp, à luta pela educação pública como um todo, às questões que envolvem os movimentos sociais, ao combate às opressões e à repressão, entre outras questões que diretamente ou indiretamente afetam os estudantes e trabalhadores da universidade.
- Pela construção de entidades estudantis combativas e que realmente representem os interesses do coletivo dos estudantes!
- Por uma universidade pública, gratuita, democrática e socialmente referenciada para todas e todos!