UNIFESP-Guarulhos em greve!

O ano de 2012 começou fervendo na Unifesp – Campus Guarulhos. Estudantes começaram aulas e não tinham perspectiva de saber, aonde estudariam ou não. Dizia-se que salas seriam liberadas no CEU (Centro Educacional Unificado) ao lado do terreno da UNIFESP, ou ainda que prédios seriam alugados e os estudantes de determinados cursos seriam separados.

Soluções precárias, reflexo da falta de planejamento universitário. Ou pelo contrário, pela política muito bem planejada da expansão universitária do REUNI.

Os ônibus que garantiam transporte dos estudantes ao campus estavam superlotados, retirando mais uma “regalia” da UNIFESP da chamada assistência estudantil. O bandejão, da mesma forma, superlotava, o calor estava além do suportável no pequeno puxadinho conquistado na última greve.

E sim, a última greve. Relembram os veteranos os dizeres da reitoria e da diretoria acadêmica do campus, onde fundos e mundos foram prometidos, comprometimento de que a licitação para construção do prédio seria imediata, prioritária. Hoje, nada de fato mudou: as concessões de transporte, do RU que serviu de conquistas parciais para alguns estudantes não suportavam nem mesmo as necessidades daqueles discentes, e menos ainda com a chegada dos calouros de 2011 e 2012.

Por isso, greve!

Greve por insatisfação, com todo um processo de debate e construção em andamento. Era início do semestre para os calouros que aderiram a greve, mas que estavam conhecendo a universidade ainda. E como conheceram! A luta está se estendendo aos outros campi, diversos esforços para uma articulação intercampi estão sendo levantados, pelo comando de greve e por um grupo articulado de CA’s, mas a discussão é ainda rasa.

De tudo faz a burocracia universitária para criminalizar e deslegitimar o movimento dos estudantes, desde abaixo assinados virtuais enviados aos e-mails institucionais e pessoais pelo fim da greve até moções de repúdio super dramáticas demonstrando o horror e repúdio dos professores a ações do movimento para chamar a atenção da diretoria acadêmica e da reitoria para um atendimento concreto das reivindicações dos estudantes. E estas, ao mesmo tempo que dizem entender e legitimar as reivindicações do movimento, não abrem uma negociação, demonstrando o “respeito” as manifestações estudantis. 

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