Construção de uma Central Sindical e Popular Unitária! Ainda é possível?
A Jornada Nacional de Lutas que teve o seu ápice no dia 24 de agosto com a marcha à Brasília envolvendo 20 mil pessoas foi o primeiro passo para um processo de unificação de lutas para darmos uma resposta contundente à política de ataques do governo sobre os trabalhadores.
A ruptura ocorrida no CONCLAT realizado em Santos no ano passado foi um retrocesso importante na recomposição da unidade dos setores combativos. Mais do que nunca, no atual momento da conjuntura, a tarefa de construção de uma Central Sindical Popular Unitária é absolutamente necessária e precisa ser concluída.
No último período, esse processo estava estagnado. Porém, uma resolução aprovada pela FENASPS (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), coloca novas oportunidades para a retomada da discussão sobre uma possível reunificação. A resolução aponta a necessidade do debate de vários pontos, inclusive os que foram decisivos para a ruptura no CONCLAT, como a questão do nome da Central. Pode ser o momento para que o diálogo sobre o processo de reorganização avance concretamente.
Para isso é necessário que todos os setores envolvidos priorizem os interesses da classe trabalhadora e não os interesses específicos de suas correntes. Só assim será possível construir de fato a Central Sindical e Popular Unitária! Não devemos fechar os olhos e devemos entender que este debate estará colocado no próximo período.
I Congresso da CSP-Conlutas
O I Congresso da CSP-Conlutas será realizado em abril-maio de 2012. Este congresso será uma oportunidade para um processo de reagrupamento das forças combativas dos trabalhadores no Brasil. É vital que seja um amplo espaço de reorganização, aberto a todos os setores que estiveram presentes ou não no CONCLAT e que não seja simplesmente um espaço para a consolidação da CSP-Conlutas.
Na próxima reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas, que será nos dias 21,22 e 23 de outubro, no Rio de Janeiro, devemos lutar para que isso se concretize. Está na ordem do dia a construção de uma Central Unitária. É possível e necessário!