Rumo à GREVE dos Servidores de Santos!
Durante um ato realizado pelos servidores no dia 14/02 diante do silêncio da prefeitura sobre o reajuste apesar da proximidade da data-base, o secretário de gestão cinicamente disse à categoria que não poderia “vender sonhos”, e que só poderia voltar a falar em reajuste em julho!
Pois a resposta foi imediata! No dia seguinte, em assembleia, a categoria entrou em Estado de Greve. E nesta quinta-feira, 23/02, haverá uma nova assembleia, para decidir sobre a greve.
0% eu não aceito!
A desculpa da prefeitura é a crise econômica. Contudo, o orçamento da cidade teve um aumento de 8% em relação a 2016 (2,7 bilhões de reais este ano, frente a 2,5 bilhões anos passado). Esse é o maior orçamento da história do município!
Apesar disso, já que a prefeitura fala tanto em crise, os servidores pautam algumas medidas de redução de gastos da prefeitura, como: Redução de 20% nos valores dos salários do Prefeito, dos cargos de confiança (cargos políticos) e dos Vereadores; extinção de 30% dos cargos de confiança (cargos políticos) de diversas Secretarias; Fusão da Secretaria Municipal de Segurança com o Gabinete do Prefeito etc.
Mas, aparentemente, enquanto os salários do prefeito e dos secretários subiram 16% e 10%, respectivamente, a prefeitura só lembra dos salários dos trabalhadores na hora de conter a crise (que no caso de Santos é uma falácia!).
Quem nos representa?
Santos vive uma situação única. Os servidores têm dois sindicatos. Enquanto o Sindserv tem convocado atos, assembleias e reuniões para discutir a campanha salarial, o Sindest (que teve sua criação impulsionada pela prefeitura) lança edital exigindo o recolhimento do imposto sindical e faz reuniões a portas fechadas com o secretário de gestão.
Os servidores de Santos tem, na prática, apenas um sindicato que está ombro a ombro na luta eles: O Sindserv. Ocupar os seus espaços, assembleias, plenárias, além de filiar-se a ele, é a principal forma de garantir os direitos dos servidores.
O que fazer?
A prefeitura não dá sinais de que voltará atrás tão facilmente de sua decisão. Será preciso construir uma greve forte para que os servidores saiam vitoriosos desta luta. Será preciso mais que apenas cruzar os braços.
O movimento terá de convencer o conjunto da categoria que a greve é o único caminho. Além disso, dialogar com a população sobre os motivos da greve, expor as condições de trabalho e a qualidade do serviço. Isso pode ser feito com aulas públicas, atos, panfletagens, etc.
Para tanto, será preciso eleger um comando de greve, que assuma a coordenação do movimento junto com o Sindserv.
Assim, como em 2013, o movimento terá condições de construir mais uma vitória contra a gestão tucana em Santos.
- Reajuste com aumento real já!
- Não pagaremos pela crise!
- Rumo à Greve!