Desafios para a nova gestão do SINTEST/RN
Os desafios encontrados pela nova gestão do Sintest/RN (Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior) são imensos. Composto pela LSR, MES e MUDE (grupo de independentes), essa direção terá de enfrentar os problemas deixados pela administração anterior e os ataques do governo federal.
Em relação ao primeiro elemento, o que foi deixado pelo PSTU, Independentes e Vamos à Luta (grupo de ativistas da categoria), foi o abandono da categoria nos Hospitais Universitários, que enfrenta o golpe dado pelo governo Lula com a criação da EBSERH. Com essa empresa, surgiram conflitos entre os gestores das unidades de saúde e os servidores da UFRN, relativos a folgas, diferenças salariais e assédio moral.
Retomada do trabalho na saúde
Para combater esse universo de problemas, a atual gestão do Sintest criou o GT Saúde e vem fazendo assembleias com a categoria. Da mesma forma, a entidade construiu um ato em frente ao Hospital Onofre Lopes para o dia 24 de fevereiro que tem como uma das pautas a luta contra a privatização dos HUs e contra a EBSERH. O ato é uma atividade em dia de paralisação nacional convocada pela FASUBRA.
Cabe agora também travar a batalha contra a cessão dos servidores da UFRN para a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que é uma recomendação do TCU. O Sintest já se posicionou contra a cessão e vem construindo esse combate, que é importante porque o modelo da EBSERH é um experimento para ser aplicado em outras áreas do serviço público.
Outra luta que o Sintest está iniciando e precisa aprofundar é em favor dos turnos contínuos. Essa é uma pauta que mobiliza bastante os trabalhadores e que precisa ser intensificada como forma de melhorar a qualidade de vida da categoria. Alguns setores da UFRN já funcionam no regime de 30h, mas é necessário agora expandir isso para toda a universidade. Assim, a UFERSA também precisa passar por esse processo.
Contra o ajuste fiscal
O sindicato necessita também travar lutas contra o ajuste fiscal que vem sendo implantado pelo governo Dilma. Esse ajuste implementado pelo PT e pelo PMDB vem castigando a classe trabalhadora e está minando os seus direitos obtidos por meio de lutas históricas. A reforma da Previdência é mais um desses ataques e que será tema central da luta no próximo período, mas está inserida em um pacote de outros ataques que já promoveram cortes na Educação, mudanças no seguro desemprego, na pensão por morte, etc.
O Sintest precisa encampar essa batalha e, da mesma forma, deixar mais claro o seu posicionamento contra o FUNPRESP, que é um fundo de previdência privado criado pelo governo federal e que entrega as contribuições dos servidores para os bancos especularem. A Previdência integral pelo INSS é um direito dos trabalhadores!
Construir a CSP-Conlutas
O Sintest precisa estar atento a essas questões para assim defender a classe trabalhadora. Para se inserir nessas lutas, é importante que esse sindicato ajude a fortalecer a CSP-Conlutas, contribuindo para corrigir os equívocos que atualmente acontecem nela.
Essa central sindical possibilitará ao Sintest e à categoria estarem mais atentos às questões em nível nacional e ajudará o sindicato a se inserir nas lutas travadas pela classe trabalhadora como um todo, exercendo o protagonismo da luta social e ajudando na ruptura das bases de outras categorias com seus sindicatos e centrais sindicais governistas, como a CUT e a CTB.