Irã: Governo Executa Adolescentes Gays
Ele dizia que “as pessoas pensam que um retorno aos valores revolucionários é apenas uma questão de usar o turbante. O verdadeiro problema do país é o emprego e a moradia, não a vestimenta”. Durante a campanha ele se apresentou como um defensor dos pobres e atacou a corrupção e a riqueza das elites.
Porém, o novo regime procedeu a uma terrível execução pública de dois jovens gays em 19 de julho de 2005 pelo chamado “crime” de homossexualidade.
De acordo com relatos, os jovens foram enforcados na praça Edalat (justiça) na cidade de Mashhad, no nordeste do Irã. Eles foram sentenciados a morte pela Corte no. 19. “O Estado do Irã aplica a lei islâmica Sharia que inclui a pena de morte a gays”.
Conduzindo as eleições, Ahmadinejad prometeu resistir a “decadência ocidental” e construir um “poderoso e moderno Estado islâmico”. Ele utilizou a oposição popular a corrupção da ordem para ganhar a disputa eleitoral. Entretanto sua verdadeira face tem começado a aparecer com este ataque aos direitos democráticos e a liberdade de expressão. Seus oponentes muitas vezes citam a observação, por ele, de que “o Irã não tem uma revolução em ordem para se ter uma democracia”. Apesar de aparentemente atacar a corrupção e a riqueza, Ahmadinejad não tem se oposicionado de maneira clara ao capitalismo, e com essas medidas fica claro que se governo tentará atacar os direitos democráticos dos trabalhadores e da juventude.
De acordo com relatos, antes da execução os adolescentes estavam na prisão por 14 meses, sendo tratados com severidade. Suas “confissões” de homossexualidade são prováveis resultados da tortura. A razão principal para a execução foi que um deles tivesse supostamente violado alguém de 13 anos, mas campanhas em defesa dos direitos humanos acreditam que isso foi uma invenção para tentar minar a simpatia pública pelos adolescentes.
O advogado do garoto mais jovem apelou alegando que ele era novo demais para ser executado, dizendo que a corte deveria levar sua pouca idade em consideração (acredita-se 16 ou 17). Este argumento não surgiu efeito na Suprema Corte do Tehran, que ordenou o enforcamento do garoto. O código penal iraniano prevê que a idade mínima para o enforcamento é de nove para as meninas e 15 para os meninos. (que já revela uma estrutura machista).
Essas execuções viciosas são um ataque aos direitos civis e democráticos de todo o povo trabalhador do Irã.
Campanhas iranianas em defesa dos direitos humanos reportam que cerca de quatro mil lésbicas e gays foram executados desde que os Aiatolás chegaram ao poder, em 1979. De acordo com comentadores cerca de 100 mil iranianos foram assassinados durante os últimos 26 anos pelas leis do clero. Há uma estimativa de um terço dessas vítimas são mulheres.As vítimas incluem mulheres que tiveram relações fora do casamento e oponentes políticos do direitista governo islâmico.
Os socialistas fazem um chamado a unidade de todos os trabalhadores na luta pelos direitos democráticos. É urgente que um movimento de toda a classe trabalhadora iraniana seja construído, e que lute pela defesa dos direitos democráticos de todos, o que inclui o direito a livre expressão sexual.
O CIO/CWI apóia a luta pela construção de uma assembléia constituinte revolucionária, democrática e radicalmente LAICA no Irã, para permitir que a classe trabalhadora, os pobres da cidade e os camponeses decidam o futuro do Irã, sem a interferência do clero de nenhuma religião. A construção do governo dos trabalhadores deve brecar o capitalismo e inserir a implantação de medidas socialistas.
A construção de um governo socialismo, democrático e laico deverá por fim a discriminação de gênero e por orientação sexual, permitindo assim o direito como as pessoas conduzirão suas próprias vidas. Isso permitirá a expressão pessoal e a repressão será extinta para todos.