Governantes são os verdadeiros culpados pelas tragédias devido às enchentes

O número de mortes já ultrapassou 500 mortes vitimas das chuvas que vem ocorrendo desde o inicio de 2011.

Na Região serrana do Rio de Janeiro só nos últimos 3 dias já morreram mais de 500 pessoas, mortes estas ocorridas por deslizamento das encostas ou arrastados pelas forças da água provocadas pelas enchentes.

No restante do país estas cenas tristes se repetem: Minas Gerias, Espírito Santo, Santa Catarina e no estado de São Paulo, que depois do Rio de Janeiro, é onde a população mais vem sofrendo com as chuvas deste ano. São dezenas de mortes e inundações que vem ocorrendo na cidade de São Paulo e no interior do estado.

Na grande São Paulo, temos a situação das enchentes que vem alagando as principais avenidas da cidade. Nos bairros outra vez o povo pobre paga o preço das políticas mal sucedidas com relação à habitação, infraestrutura, instalações sanitárias e meio ambiente. Centenas de famílias que mais uma vez estão desalojadas.

Na Zona Leste vários bairros estão alagados outra vez, exemplo do Pantanal, bairro que no ano passado ficou debaixo d’água durante quase dois meses. Neste ano a situação se repete. Já existe dezenas de ruas alagadas e com a situação como esta outras ruas vão ser alagadas, segundo informações dos militantes do Terra Livre, organização que reúne vários militantes em defesa da reforma Urbana e Agrária e que estão na luta em apoio aos alagados do Pantanal.

A situação também é critica em Franco da Rocha e Atibaia, e também em nossa região do Vale do Paraíba, onde no ano passado tivemos a tragédia de São Luís do Paraitinga e Cunha. Nesta semana tivemos a tragédia em São José dos Campos, no bairro do Rio Cumprido onde varias casa desabaram com as chuvas matando 5 pessoas entre elas 2 crianças e colocando dezenas de famílias desabrigadas.

A tragédia não é nenhuma surpresa. Muitos destes locais onde estão ocorrendo enchentes e deslizamentos com desabamentos de casas já havia sido mapeados pela defesa civil a anos, como ocorreu em São José dos Campos, onde desde 2006 a área onde ocorreram o desabamento já havia sido condenada. Só que nada foi feito e os pobres pagaram com suas vidas e prejuízos por ter perdido tudo que havia em suas casas.

De quem é a culpa de tudo isto?

De nossos governantes, Municipal, Estadual, Federal, que todos os anos repetem a mesma demagogia nos dias de enchentes com promessas de liberação de recursos para evitar estas tragédias. Só que passado tudo isto os governantes esquecem, só vindo lembrar-se do que prometeu em uma futura tragédia ou as vésperas das eleições de 2 em 2 anos.

Quando acontecem fatos como esses que estão ocorrendo agora estes parasitas ainda tentam aparecer como os salvadores da pátria. Culpam São Pedro pelas chuvas ou a população pobre por ter construído sua casa nas encostas ou em local onde favorece tragédias como estas, esquecendo isso ocorre porque estas famílias muitas das vezes não tem uma outra alternativa se morar neste locais perigosos.

Hoje o déficit habitacional no país é muito grande. São milhões de trabalhadores que não tem um teto para morar, tendo que pagar um aluguel de 300 a 400 reais por uma casinha de 3 cômodos, o que equivale a quase 60% deste salário mínimo miserável de 540 reais divulgado pelo governo Dilma Rousseff do PT.

O governo do PT que antecedeu ao atual também do PT torrou bilhões na época da crise econômica em doações e perdão de impostos aos empresários, enquanto milhares eram demitidos. Isto fez com que milhares de trabalhadores sem empregos e sem condições de bancar um aluguel também fosse morar nas encostas. Este mesmo governo destina milhões para o pagamento dos juros da dívida pública, ao invés de aplicar este dinheiro em moradias e infraestruturas para os bairros pobres.

Os deputados e senadores e presidente e governadores, ministros, secretários, e vereadores e prefeitos já recebem um salários muito acima daquilo recebem os demais trabalhadores pobres, e com a uma votação da câmara dos Deputados no finalzinho de 2010 aumentaram seus próprios salários com aumentos que vão de 62 a 148%.

Em contrapartida o governo Lula antes de deixar a presidência fez questão de dar uma esmola de aumento aos trabalhadores que ganham salário mínimo em 1 real por dia, anunciando um aumento do mínimo de 510 para 540 reais.

E tem sido repetitivo a fala de que tem que ser cortado verbas dos programas sociais e congelar salários dos servidores públicos e manter este maldito fator previdenciário que ferra quem está aposentado e quem vai se aposentar, e na contradição das contradições querem desonerar os ricos reduzindo impostos pagos em cima das folhas de pagamento agora com a tal reforma tributaria.

Nos estado e nos municípios não tem sido diferente. Os governos estaduais e municipais em épocas fora do período das enchentes fazem vista grossa a esta situação, e tudo que interessa aos empresários do setor imobiliário acaba sendo prioritário em detrimento da habitação e da melhora da infraestrutura para melhorar a vida da classe menos favorecida. Os investimentos vão para os terrenos dos amigos que são parte da especulação imobiliária, que constrói milhares de casas e apartamentos para servir como especulação imobiliária, principalmente agora com os convênios deste programa enganador chamado Minha Casa, Minha Vida.

Hoje esses governos também gastam milhões com o pagamento de fornecedores e empreiteiras que contribuíram com suas campanhas milionárias nas eleições, muitas vezes estas mesmas empreiteiras que usam jogar terra e entulhos tirado de seus terrenos e jogado nas encostas impedindo o fluxo dos córregos e rios em época de chuvas.

Para não falar que existe hoje milhões de casas e apartamentos fechados a serviço da especulação imobiliária, construídos pelas empreiteiras e imobiliárias com dinheiro publico adquirido através de empréstimos junto ao BNDES e demais instituições bancarias do governo. Estes imóveis, se confiscados pelo governo, daria para por fim a boa parte do déficit de moradias existente em nosso país.

Os governantes tentam justificar que não podem investir em infraestrutura como saneamento básico, meio ambiente e em moradias descentes destinado à população pobre porque são impedidos pela lei de responsabilidade fiscal, lei esta fiscalizada pelos banqueiros e credores da divida publica e pelo FMI. Temos que dar um basta nesta situação em que passa a maioria dos trabalhadores, exigirmos de Dilma do PT, Cabral do PMDB, Alckmin, Anastasia, e Eduardo Cury do PSDB, Kassab do DEM e dos demais governantes o fim desta lei que só beneficia os poderosos. Temos que por fim ao pagamento desta dívida pública que não foram os pobres que fizeram. Temos que exigir que o dinheiro desembolsado para salvar os empresários na época da crise seja devolvido para que possa ser investido em moradias populares e que os incentivos fiscais concedidos as montadoras e as empresas de eletroeletrônicos como o perdão do IPI seja devolvidos e seja investido na infraestruturas dos bairros pobres.

Temos que exigir que os salários dos políticos não sejam superior aquilo que recebe um trabalhador qualificado ou que recebiam em suas funções e acabe com as mordomias o que economizaria bilhões que poderia ser aplicado na correção do salário mínimo, o que daria para o trabalhador comprar seu terreno e investir em uma casa mais descente, sem colocar em risco a vida de sua família.

Pelo fim da especulação imobiliária, as pessoas só precisam de uma casa para morar e não mais do que isso. Pelo fim ao cartel das imobiliárias que deixam milhares de casas fechadas para vender ou alugar, enquanto milhares estão morando em lugares que põem em risco suas famílias, ocupação pelo movimento popular a todos os imóveis que estejam servindo para especulação imobiliária.

Abertura de ações civil públicas responsabilizando presidentes, prefeitos, governadores pelas mortes e perdas sofridas pelo povo pobre nestas tragédias, afinal são eles os culpados por tudo isto, quem mata ou colabora com a mote é criminoso.

 

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