Ainda é junho em Belo Horizonte

     Depois de junho, o Brasil não é mais o mesmo. E esta afirmação não deixa de ser verdadeira para os mineiros belorizontinos. A farsa do choque de gestão dos atuais governos não corresponde à realidade da juventude e dos trabalhadores.  

     Somos submetidos a uma lógica de mobilidade urbana que sacrifica o transporte público para favorecer os usuários de automóveis. Além disso, os cartéis que dominam a direção das empresas de ônibus são constantemente fortalecidos e fazem o que bem entendem para aumentar seus lucros. O preço da passagem aumenta, mas as condições do serviço são precárias e a lógica é perversa. Nosso objetivo é um: Tarifa Zero! Com a alteração da lógica de organização dos transportes coletivos, a cidade pode ser finalmente ocupada pelo povo!

Saúde pública

     A saúde pública é outro campo constantemente colocado em perigo: a precarização do SUS contrasta fortemente com os privilégios que são concedidos aos planos de saúde! Com mais médicos ou menos médicos, os serviços de saúde públicos e universais vão continuar minguando em qualidade e capacidade, já que é de interesse direto de muitos dos nossos governantes a manutenção do sucateamento. Além disso, a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) vem galgando espaço e ameaçando a autonomia universitária da UFMG em um contrato que está sendo empurrado goela abaixo pelos governantes e pela reitoria da universidade, que mostra não ter sensibilidade alguma com os gritos dos estudantes e servidores técnico- administrativos. Participamos do Fórum em Defesa do SUS para debater com outros setores as ações que podem ser executadas.

     Ocupações eclodem a todo momento na grande BH, mostrando que o povo está insatisfeito com a hegemonia da especulação imobiliária e com o descaso do governo de Lacerda no que tange a questão de moradia. Bairros inteiros são removidos devido a intervenções urbanísticas que não são acessíveis aos mais pobres, em contraste com alguns bairros de classe média-alta que se parecem com uma bolha, com uma cena das novelas de Manoel Carlos, onde os moradores de rua são expulsos dos únicos lugares que eles teoricamente têm acesso: as praças e ruas.

Ocupando as ruas

     A ocupação das ruas por estudantes, movimentos sociais, culturais, sindicais, ou por quem quer que seja é um ato de resistência! Pelo acesso aos espaços públicos e pela livre manifestação, política, cultural ou simplesmente pelo direito de ir e vir! A polícia militar é truculenta e preconceituosa. Ela age como o verdadeiro cão de guarda da propriedade privada, sendo os policiais os gatilhos que executam o plano de execução da população negra, pobre e marginalizada e a criminalização dos movimentos sociais e de manifestantes. Pelo fim da polícia militar! Pelo imediato processo de desmilitarização da PM!

     Portanto, é consenso que há muito a ser feito e só a luta muda a vida. E não há ninguém que saiba melhor o que significa a palavra “luta” que o povo, os jovens, os trabalhadores, porque a nossa realidade nos impõe batalhas duras todos os dias! A tarefa colocada atualmente é fortalecer os espaços coletivos para construir conjuntamente as estratégias de organização e intervenção na nossa realidade.

Organize-se!

     Por isso, nós da LSR – Liberdade, Socialismo e Revolução – entendemos a importância destas lutas e nos esforçamos para construí-las com os outros setores da sociedade, atuando nas principais frentes de luta e mobilização como o Tarifa Zero, o Fórum em Defesa do SUS e o Movimento Mulheres em Luta. Então, se você também não quer assistir sentado todos os problemas que são empurrados para o povo pelos partidos da ordem, entre em contato conosco para que possamos discutir e nos organizar para as próximas lutas!

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