Na luta contra a precarização da UNISANTOS

Há anos sofremos a precarização descarada no ensino superior privado, onde a educação passa a ser mercadoria e as universidades, grandes empresas de diplomas.

Na UNISANTOS não é diferente, apesar de se fantasiar com a mascara de ser uma universidade filantrópica, há cerca de 4 anos, desde o fim do DCE e queda de mobilização e organização dos estudantes, sofremos três aumentos de mensalidades, fechamento de cursos de Educação e abertura de cursos tecnológicos e sequenciais, como Petróleo e Gás e Gestão em Terminais Portuários, a pedido da esmagadora demanda empresarial da cidade.

Além da falta de estrutura, deficiência no tripé pesquisa – ensino – extensão, com bibliotecas precárias, onde falta livros até mesmo da bibliografia básica dos cursos, altas taxas para solicitação de documentação, perseguição politica dos estudantes que minimamente se organizam, entre outras características das grandes empresas da educação.

A última desta universidade, foi a demissão em massa de 30 professores de diversos cursos no primeiro dia de férias.

Férias: época bem característica da UNISANTOS aumentar mensalidade, fechar biblioteca, demitir professores, assim dificultando a mobilização dos estudantes que não estão mais nas salas de aula.

Desta demissão em massa, a maioria dos professores eram doutores, orientadores de trabalho de conclusão de curso e supervisores de estagio, isto é, professores de carreira. Para serem trocados por no máximo mestres ou horistas.

Em 2008, com a ocupação da UNISANTOS, realizado pelos estudantes da católica e de outras universidades e pelo Centro dos Estudantes de Santos, com ajuda de ex estudantes e sindicatos companheiros, o movimento tomou um pouco mais de força, porém não foi consolidado e nem se manteve forte após a truculenta desocupação realizada pela tropa de choque, após 15 dias de resistência.

Portanto lutamos por uma comissão pró-DCE, com organização das bases.

Contra todo e qualquer método mercantilista que esta universidade tem com todos os estudantes, professores e trabalhadores.

Assim, convocamos todos os estudantes a entrar nesta luta pela consolidação e autonomia do movimento estudantil na Universidade Católica de Santos, contra a precarização do ensino e por uma universidade acessível, de qualidade, pública e gratuita.