Pra onde vai a revolta de massas na China?
Protestos mais significativos desde o Movimento Democrático de 1989
No momento em que escrevemos, a polícia está se concentrando nas cidades chinesas num esforço para acabar com a recente onda de protestos. Os protestos continuam nas universidades. No próximo fim de semana poderão ocorrer novos protestos de rua em cidades do país inteiro. As manifestações que varreram a China recentemente representam o mais sério desafio dos últimos trinta anos para a ditadura do assim chamado Partido Comunista (PCC) e seu recém-coroado ‘Imperador’ Xi Jinping.
Após três anos de controles e lockdowns sufocantes e extremamente brutais do “Covid Zero”, o povo chegou ao ponto de ruptura. Enquanto o “Covid Zero” e o incêndio mortal de quinta-feira em Xinjiang atuaram como o gatilho, a atual onda de protestos é muito mais que um movimento “antilockdown”, por mais importante que seja essa questão.
Os estudantes que protestam em mais de 80 universidades do país gritaram “Liberdade ou morte” – uma palavra de ordem da luta de 1989, que a maioria da juventude chinesa desconhece por completo. Exigências por direitos democráticos e o fim da ditadura se combinaram com a indignação contra a insistência insanamente não científica da ditadura, de a qualquer custo matar um vírus não eliminável.
Na última semana, os índices diários de infecção por Covid atingiram um nível recorde de mais de 40 mil. Embora isto ainda seja baixo comparado aos níveis de muitos países ocidentais no auge da pandemia, a resposta do governo é invariavelmente mais lockdowns, pois ele se encurralou na lógica de insistir que o “Covid Zero” será bem sucedido.
A ditadura seguiu cegamente uma estratégia perdedora, reforçada pelo papel pessoal de Xi Jinping: Ele, a) usou o “Covid Zero” como arma na luta interna pelo poder do PCC, forçando os governos regionais a demostrarem “lealdade”, e b), ele usou a política para atualizar maciçamente a capacidade de vigilância e controle da ditadura.
A estratégia “Covid Zero” de Xi desestimulou a vacinação e concentrou-se em testes intensivos em massa, rastreamento de contatos, quarentena e lockdowns impostos brutalmente. Um milhão de chineses – incluindo a família de um dos autores – estão neste momento em centros de quarentena (fancang), amplamente descritos como “piores que as prisões”. Um recorde de cinquenta cidades com cerca de um quarto da população da China está atualmente em algum tipo de quarentena, de acordo com Nomura, que fornece atualizações semanais.
Uma mudança significativa agora, uma transição para a postura de “coexistência com a Covid” adotada pela maioria dos outros governos, poderia sobrecarregar o setor de saúde da China com poucos recursos e levar a centenas de milhares de mortes. Um estudo recente da Bloomberg Intelligence mostrou que a China tem apenas quatro leitos de UTI por 100 mil pessoas, muito abaixo das taxas dos países desenvolvidos. Uma reviravolta agora também seria uma humilhante derrota pessoal para Xi Jinping, já que esta é vista como sua politica principal. Portanto, o ditador se encontra em um “zugzwang político” como a colunista da Bloomberg Clara Ferreira Marques apontou, usando um termo de xadrez que significa que um jogador é forçado a fazer uma jogada, mas cada opção torna a situação pior.
Sinais de alerta
Os sinais de que uma explosão social se aproxima têm sido evidentes. A fuga em massa em outubro de milhares de trabalhadores da maior fábrica de iPhone do mundo (Foxconn) em Zhengzhou, teve um enorme efeito sobre a consciência de massa, pois estas cenas foram amplamente vistas nas mídias sociais, apesar dos melhores esforços dos censores. A cidade de Urumqi, onde começou a inédita onda de protestos, esteve sob lockdown durante 100 dias, acompanhado – como em quase todos os lockdowns – pela escassez de alimentos e medicamentos.
Os lockdowns deram origem a uma crise de saúde mental de proporções inimagináveis. Já em 2020, uma pesquisa nacional constatou que quase 35% dos entrevistados estavam lidando com problemas psicológicos como resultado da pandemia. Este ano, o Ministério da Saúde se recusou a divulgar estatísticas sobre suicídios.
Muitas das universidades que agora irromperam em protestos espontâneos contra os lockdown e o governo passaram por várias ondas de lockdown, com os estudantes presos durante semanas em seus dormitórios, reclamando da falta de tudo, inclusive de produtos sanitários. Quando começou a Copa do Mundo de futebol no Qatar, o efeito na China foi chocante. A visão de grandes multidões sem máscaras ou restrições visíveis da Covid levou alguns a perguntarem se “a China está no mesmo planeta?”.
Um camarada na China descreveu a situação da seguinte forma: “Pelo que posso ver em meu círculo social, além de alguns poucos burocratas e jovens funcionários públicos que não comentam nada, quase todos estão firmes com os manifestantes – incluindo a habitual ‘maioria silenciosa'”.
“O que é notável sobre esta tempestade é que o descontentamento com o regime Xi chegou ao primeiro plano, com o público não mais confinando sua raiva às autoridades locais ou a outros membros do círculo interno do regime, mas até mesmo ao próprio Xi”.
Dez mortos em Urumqi
A raiva pública acumulada sobre a política de “Covid Zero” finalmente explodiu em 26-27 de novembro, quando pessoas se reuniram em todo o país para exigir o fim dos lockdowns, e até começaram a desmontar e destruir as cercas e as instalações de testes por conta própria, atacando os agentes de prevenção pandêmica e a polícia que estavam no caminho. Em 27 de novembro, estudantes de pelo menos 85 universidades de todo o país haviam encenado protestos, com números que variavam de dezenas a centenas.
O incidente foi provocado por um incêndio em 24 de novembro em um edifício de apartamentos em um bairro de uigures de Urumqi, a capital da província de Xinjiang. Urumqi é uma cidade com 80% da etnia chinesa han. Isto tem grande significado quando vemos a unidade espontânea demonstrada por han e uigures, apesar de anos de propaganda viciosamente racista do PCC contra os uigures como “terroristas”.
O incêndio em si não foi grande, mas os caminhões de bombeiros foram impedidos de chegar a tempo de apagar o incêndio devido às barreiras erguidas para reforçar o lockdown. Suspeita-se que as vítimas não conseguiram escapar porque suas portas e rotas de fuga estavam trancadas. Imagens de vídeo de pessoas gritando para que suas portas fossem abertas foram amplamente divulgadas online antes de serem apagadas pelos censores.
Dez pessoas, todas uigures, foram mortas no incêndio, embora alguns relatos online sugiram que o número de mortos seja maior. Mais tarde, os funcionários do PCC se eximiram de sua responsabilidade negando que as saídas estivessem bloqueadas e culpando os residentes por não conhecerem as rotas de fuga. Isso provocou mais raiva pública e naquela noite um grande número de cidadãos de Urumqi, tanto han como uigures, romperam as barreiras pandêmicas e marcharam até os escritórios da prefeitura para protestar.
As sementes da revolta foram plantadas no coração do povo como resultado de sucessivos desastres colaterais que levaram à perda de vidas. Isto inclui o acidente de ônibus na província de Guizhou que matou 27 passageiros que foram enviados à força para um centro de quarentena remoto, e inúmeras tragédias de pessoas morrendo porque lhes foi recusada a admissão no hospital sem um teste PCR negativo.
Nas últimas semanas, habitantes e trabalhadores de lugares como Zhengzhou e Guangzhou romperam as barreiras pandêmicas e enfrentaram a polícia. Em Chongqing, um vídeo de jovens gritando “liberdade ou morte” em frente às linhas da polícia comoveu muitas pessoas. Os protestos em Urumqi desencadearam uma onda que se espalhou pelo país em dois dias, acendendo a raiva e o descontentamento que se acumularam sob a desumana política de “Covid Zero”, mas que vai ainda mais fundo. As políticas linha dura contra a pandemia de Xi Jinping também expuseram para milhões a realidade de uma ditadura sufocante e brutalmente repressiva. Ela mostrou a extensão a que o regime está preparado para ir com a repressão e a vigilância.
“Abaixo o Partido Comunista”!
Na noite de 26 de novembro, pessoas em Xangai romperam a barreira pandêmica e marcharam pela Estrada Wulumuqi, com o nome da cidade de Urumqi, para prestar tributo às vítimas do incêndio e descarregar sua raiva. Dias depois, a polícia retirou todas as placas de sinalização da Estrada Wulumuqi como parte de suas medidas para evitar mais protestos. A multidão em Xangai se juntou para entoar “Abaixo o Partido Comunista! Renuncie, Xi Jinping!”. Eles também bloquearam fisicamente os carros da polícia e lutaram para libertar os manifestantes que haviam sido presos pela polícia. As manifestações continuaram durante o dia e a noite de 27 de novembro, com pessoas exigindo a libertação dos manifestantes presos. Além de Xangai, grandes protestos deflagraram em Pequim, Nanjing, Guangzhou, Chengdu, Wuhan e outras cidades.
Desde 1989, a China nunca viu um movimento em escala tão nacional. Os protestos atuais ainda não estão nesse nível, mas veremos como as coisas se desenvolvem. A crise econômica e social da China é, em muitos aspectos, mais grave do que mesmo naquela época. Os protestos atuais vêm de muitas camadas sociais: trabalhadores migrantes como em Zhengzhou e Guangzhou, estudantes, minorias étnicas como os uigures, e muitas jovens mulheres na linha de frente das manifestações. Há muitos elementos diferentes no desdobramento da consciência política, mas isto já se intensificou para além de um movimento antilockdown para colocar exigências políticas pela democracia, contra a repressão, pelo fim da ditadura e pela remoção de Xi Jinping.
Em Urumqi, o governo local fez imediatamente uma guinada após o incêndio anunciando que o surto de Covid na cidade tinha sido “eliminado” e por isso os controles estavam sendo relaxados. Mas as pessoas continuaram a tomar as ruas em protesto. Muitos outros governos adotaram uma postura semelhante, anunciando apressadamente que os lockdowns devem ser suspensos e realizando algumas mudanças cosméticas.
Esta é a estratégia clássica do PCC para desarmar os protestos com uma mistura de uma “cenoura” inicial, ou seja, concessões, seguida pelo “porrete” da repressão e das prisões. O ceticismo generalizado tem sido expresso na mídia social, quando, como em Urumqi, o vírus desaparece instantaneamente e milagrosamente. A ditadura do PCC é infame por emitir falsas promessas e concessões. Ela desmobilizou inúmeros protestos ambientais anunciando que as indústrias poluidoras serão fechadas, somente para permitir que continuem uma vez que a agitação imediata tenha sido desmobilizada. Em Wuhan, na província de Guangdong, as autoridades do PCC prometeram eleições locais limitadas para neutralizar os protestos contra o roubo de terras e a corrupção. As eleições foram fraudadas e então a repressão foi lançada, com muitos dos líderes dos protestos agora na prisão ou no exílio. “Eles nos deram um cheque de um milhão de dólares”, disse um ativista de Wuhan mais tarde, “mas ele era sem fundo”.
Nesta onda de protestos, os chineses han e os uigures demonstraram solidariedade e superaram as táticas de divisão do PCC. Houve cenas emocionantes em Urumqi de pessoas han sendo aplaudidas e abraçadas pelos uigures que passavam enquanto colocavam faixas nas ruas para lamentar as vítimas do incêndio de quinta-feira. Alguns comentaristas da mídia na China descreveram esta situação como sem precedentes desde o Incidente de 5 de julho (tumultos Interétnicos e progroms mortais) em Xinjiang, em 2009.
Quais demandas?
Nas universidades, um grande número de estudantes se uniu em solidariedade. Na Universidade Tsinghua, em Pequim, em 27 de novembro, centenas de estudantes seguraram folhas de papel em branco em protesto, cantando “democracia, Estado de direito, liberdade de expressão” e “Viva o proletariado”, cantando também a Internacional.
Em contraste com protestos anteriores, a onda atual mostra uma mudança em direção a uma oposição mais explícita à ditadura, com palavras de ordem raras e diretas contra o PCC e o Xi Jinping normalmente raras sendo amplamente difundidas. Mais uma vez, esta é a primeira vez desde 1989. O incidente da Ponte Sitong em outubro, quando um manifestante solitário, Peng Lifa, pendurou faixas no centro de Beijing com palavras de ordem contra a ditadura, influenciou evidentemente muitas das reivindicações que estão sendo levantadas hoje. Enquanto um protesto de uma só pessoa não teria um impacto tão grande na maioria dos países, na China, onde todas as organizações independentes, políticas e direitos democráticos são proibidos, o efeito tem sido eletrizante.
Em nossa declaração sobre o protesto da Ponte Sitong (“O protesto do “novo homem tanque” recebeu uma enorme repercussão”, chinaworker.info, 17 de outubro) reconhecemos este impacto e elogiamos muitas das palavras de ordem da bandeira, ao mesmo tempo em que explicamos que este não era um programa suficientemente completo ou nítido para construir um movimento para desafiar o regime do PCC. Algumas das exigências – apoiando uma “reforma” – infelizmente reforçam a ilusão de que a ditadura, ou algumas de suas frações de elite, são capazes de reformar e oferecer concessões democráticas.
O PCC tem mostrado repetidamente que este é um falso postulado. A única promessa do PCC de permitir direitos democráticos limitados em Hong Kong foi retirada e rompida. Se o PCC não podia tolerar uma forma de “democracia” burguesa e limitada na entidade relativamente separada de Hong Kong, eles certamente não podem tolerar isso na China.
Marxistas e o chinaworker.info têm demonstrado em nossos artigos que nenhum sistema autocrático na história jamais deixou de existir através de uma “reforma”. As lutas de massa, lideradas principalmente por uma onda de greve e intervenções decisivas do movimento de trabalhadores, sempre foram os ingredientes fundamentais de um movimento bem sucedido para derrotar um regime ditatorial e conquistar direitos democráticos. A derrota e posterior supressão do movimento de Hong Kong em 2019, apesar dos esforços heroicos de seu povo, mostra que não há possibilidade de “reforma”, nenhum meio termo, com uma ditadura que por sua natureza precisa manter o controle total.
A raiva de massa contra a política de “Covid Zero”, que é pessoalmente identificada com Xi Jinping, alimentou ainda mais o clima contra a ditadura. O surto de protestos é sem dúvida uma humilhação e um sério revés para Xi, que acaba de iniciar seu terceiro mandato. No momento da coroação de Xi, no 20º Congresso do PCC, previmos: “Seja qual for o resultado, não mudará fundamentalmente as perspectivas para o regime do PCC, que está caminhando para a maior de todas as tempestades” (chinaworker.info, “Xi Jinping, 20º Congresso do PCC – após cinco anos de desastres políticos”, 17 de outubro).
Há muitas semelhanças entre a situação atual na China e a revolta iraniana. Em ambos os casos, um incidente brutal desencadeou um movimento de protesto em todo o país, no qual exigências políticas contra todo o regime começaram a vir à tona. A unidade impressionante entre os diferentes grupos étnicos instintivamente superando a propaganda racista e nacionalista viciosa também tem se destacado. Também em Hong Kong, em 2019, o movimento de massas surgiu sobre a questão de uma nova lei de extradição, mas em poucas semanas esta questão havia sido superada, pois onda após onda de protestos de rua concentraram suas reivindicações nos direitos democráticos e no fim da repressão estatal.
Lições de Hong Kong
Uma característica significativa dos protestos de hoje na China são as muitas expressões públicas de remorso de que “deveríamos ter apoiado Hong Kong”. Isto mostra o processo de conscientização começando a avançar. Para que a luta na China avance, há lições cruciais do que causou a derrota do movimento de Hong Kong. Não faltou números ou militância. Mas faltou organizações de massa, especialmente organizações de trabalhadores, para sustentar a luta através de muitos giros inesperados, ataques do governo e desinformação. Foi um movimento isolado em uma cidade e, portanto, não podia esperar derrotar a ditadura do PCC ficando sozinho. O domínio da ideologia liberal dentro da luta de Hong Kong, a estratégia falida de conciliação dos partidos da oposição pandemocrática, juntamente com a mentalidade ainda mais extremista dos localistas de Hong Kong, tornou-se um obstáculo autoinfligido.
Uma filosofia antiorganizacional, contando apenas com a espontaneidade e as plataformas on-line, também prejudicou a luta de Hong Kong, pois ao enfrentar um Estado sem escrúpulos com enormes recursos, é necessário planejamento, estratégia, desenvolvimento de um programa definido, compreensão de uma sociedade e de um sistema de governo alternativos. E isto requer organização: sindicatos de trabalhadores e estudantes, comitês de protesto de base e, criticamente, também um partido da classe trabalhadora com um programa bem definido de direitos democráticos e socialismo.
Este programa mostraria que a ditadura do PCC está inextricavelmente unida ao capitalismo chinês. Ela é a maior corporação industrial e financeira do mundo, com seu próprio exército e força policial. As ilusões na democracia capitalista, que normalmente e talvez inevitavelmente preenchem um espaço em toda luta antiautoritária, precisam ser combatidas com alertas nítidos – como fizemos durante a luta de Hong Kong – de que a única maneira de conquistar os direitos democráticos é romper decisivamente com o capitalismo, o sistema sobre o qual repousa a ditadura do PCC.
Xi Jinping, como sempre, desapareceu de vista diante de uma grande crise, mas não podemos subestimar a determinação e a ferocidade da repressão a sangue frio do PCC. O PCC não aceitará as demandas das massas levianamente, mesmo demandas parciais por uma mudança na política pandêmica, por medo de que isso aumente o moral do movimento e cause uma reação em cadeia que levará a mais lutas de massas. O PCC não aceitará, muito menos, reformas democráticas limitadas que, no contexto da China, devido ao seu tamanho e aos profundos problemas sociais e econômicos, acabariam com a ditadura.
A força social chave na China, como em todo o mundo, é a classe trabalhadora, que já é um fator significativo nos protestos, mas não tem nenhum tipo de organização, nem mesmo sindicatos para lutar por suas condições de trabalho. A classe trabalhadora, organizando-se primeiramente no ponto de produção e depois na sociedade em geral, é a força motriz natural, e de fato a única consistente, de um movimento bem sucedido contra a repressão, a ditadura e o capitalismo.
Para se colocarem à frente da atual onda de protestos, os trabalhadores devem lançar um apelo por um movimento de greve, apelando também para que os estudantes sigam o exemplo. Uma greve geral seria a arma mais poderosa contra a ditadura de Xi, se ela fosse ligada à organização através de comitês de greve, novos sindicatos independentes e um novo partido de trabalhadores pelo socialismo democrático.
Nós reivindicamos:
- Solidariedade ativa com a revolta de massas na China construir mais protestos.
- Chega de lockdown, fim da insanidade do “Covid Zero”.
- Recursos massivos para construir e equipar o setor de saúde, intensificar o programa de vacinação e acabar imediatamente com a proibição de vacinas mRNA estrangeiras.
- Nacionalizar as empresas farmacêuticas e superlucrativas da Covid sem compensação, usar seus recursos no sistema hospitalar público.
- Jovens e formandos querem empregos e salários decentes, aumento dos salários mínimos, nacionalização de qualquer empresa que não cumpre isso com os trabalhadores.
- Construir um sistema de bem-estar social forte, aposentadorias decentes, seguro de saúde e de desemprego para todos.
- Direitos democráticos imediatos e plenos: liberdade de expressão, liberdade de imprensa, fim dos censores, liberdade de reunião, direito à greve, direito à organização.
- Construir sindicatos de trabalhadores e estudantes independentes e democráticos.
- Construir comitês clandestinos para coordenar, elaborar estratégias e construir a luta de massas. Usar as mídias sociais, mas reconhecer seus limites é necessária uma verdadeira organização, como mostra a derrota de um movimento puramente espontâneo em Hong Kong.
- Liberdade aos presos políticos.
- Abolir a lei de segurança nacional. Abolir os campos de detenção. Direitos democráticos para Hong Kong, Tibete e Xinjiang, incluindo o direito de autodeterminação.
- Luta unificada da classe trabalhadora na China, Hong Kong, Xinjiang e Taiwan contra o nacionalismo e o capitalismo.
- Abaixo a ditadura. Abaixo a repressão do Estado. Desmantelamento do polícia secreta.
- Por uma assembleia popular revolucionária eleita por sufrágio universal, com mandato para introduzir políticas socialistas genuínas para confiscar a riqueza dos bilionários e dos capitalistas vermelhos.
- Pelo socialismo internacional. Não à Guerra Fria, mas sim à guerra de classes contra os capitalistas do Oriente e do Ocidente.