Todo apoio à greve dos Correios!
A heróica greve dos Correios merece o apoio de todos trabalhadores. A primeira lição de luta que um trabalhador aprende é que só com organização e luta que se consegue conquistas.
Essa lição se repete de novo nas campanhas salariais atuais. As categorias que fizeram forte greves, como os metalúrgicos de São José dos Campos ou Campinas, onde a Conlutas e Intersindical lideram os sindicatos, conquistaram reajustes salariais acima da inflação.
Ao outro lado existe fortes ataques contra os direitos dos trabalhadores, incluindo o direito de greve. Esses ataques vem dos patrões, quer sejam do setor público ou privado, querem diminuir a força da luta dos trabalhadores. Vimos como greves são declaradas ilegais (no caso do INSS, mesmo antes da greve começar) e como ficou comum os patrões conseguirem “interditos proibitórios” e multas pesadas contra os sindicatos.
Apesar de toda a propaganda do governo de que “a crise acabou”, esses ataques é uma tentativa de garantir que os trabalhadores carreguem o peso da crise, enquanto os patrões são salvos com dinheiro público.
Nesse contexto que temos que entender a importância da greve dos Correios. A tentativa de impor um contrato de dois anos é um precedente perigoso, para frear a força da luta dos trabalhadores e o direito da base de decidir democraticamente sobre a luta que deve encaminhar.
Infelizmente a direção do sindicato, composta por correntes ligadas aos partidos governistas, atenderam o pedido de Lula para acabar com a greve. Conseguiram fazer isso no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santos. Mas em São Paulo e Brasília a base rejeitou esse acordo vergonhoso.
É importante construirmos uma forte unidade na luta contra os ataques aos direitos dos trabalhadores e por reajustes dignos. Paralisações e atos unitários de todas as categorias em campanha salarial – correios, metalúrgicos, bancários, construção civil, etc. – mostraria a força da classe que produz as riquezas do país.
Mas também é necessário fortalecer a esquerda sindical. Por isso fazemos um chamado a todos trabalhadores combativos a participar do processe de construção de uma nova central da classe trabalhadora, que vai unir Conlutas, Intersindical, movimentos populares e outros.