O pedido de impeachment como parte da luta para derrubar Bolsonaro, Mourão e a Agenda neoliberal

Vivemos um dos momentos mais difíceis para a humanidade. Uma guerra, contra um vírus invisível, capaz de mostrar de maneira ainda mais brutal a incapacidade do sistema capitalista em salvar vidas. As gerações vivas nunca viveram algo parecido, justamente por isso a dificuldade em lidar com todo este caos ao mesmo tempo em que construir saídas, caminhos. Isso se agrava nos países periféricos, e sem duvida no caso do Brasil por ser governado pela extrema direita.

O componente antidemocrático do vírus se percebe ao constatar o índice de mortes nos bairros e territórios mais pobres, seja pela insuficiência do sistema de saúde publico – diante das políticas de cortes e austeridade -, ou pela precarização da vida, do trabalho e desemprego – que impossibilitam o isolamento social, diante da emergência da fome e da insuficiência da renda emergencial. E diante deste quadro, que hoje supera 16 mil mortes certamente subnotificados, há uma pressão do Governo para decretar o fim do isolamento social, liberar cloroquina, mesmo sem recomendação da comunidade medica e cientifica, e uma série de ações que impossibilitam que a renda emergencial chegue aos que necessitam dela. Bolsonaro organiza atos em seu favor, manipula a justiça para defender ele e seus filhos, promove aglomerações, e hoje comado um governo, em meio a pandemia, sem um ministro da saúde – provando que não há nenhuma ação coordenada de combate ao Covid-19.

Neste sentido, o pedido de impeachment liderado pelo PSOL é parte da luta conta o Governo Bolsonaro. Parte porque, como instrumento técnico-politico lançado via parlamento, depende inclusive da vontade política do presidente da Câmara, Rodrigo Maia para aceitar o pedido. Não existe nenhuma dúvida sobre os interesses de classe de Maia e seus vínculos com o sistema politico burguês e as políticas neoliberais de ataque aos trabalhadores. Mas este pedido de impeachment quando efetivamente articulado com os movimentos sociais e da classe trabalhadora e a esquerda socialista, pode ajudar a impulsionar processos de luta e pressão social, capaz de reverter o jogo. Este processo pode contribuir para a articulação de setores, partidos e movimentos do campo classista, que deverão ocupar as ruas no próximo semestre pela vida e pelo emprego.

Sabemos que só a luta muda a vida e que num período próximo teremos que estar preparados para ocupar as ruas. O papel dos socialistas nesse cenário é o de construir reais alternativas, não apenas ao governo, mas ao sistema que produz essas deformidades de extrema direita. É também o de lutar pela superação das falsas esperanças na conciliação de classes. Por isso, lutamos para colocar para fora Bolsonaro, Mourão e a agenda neoliberal e nesse processo forjar uma alternativa dos trabalhadores e do povo pobre e oprimido.

#ForaBolsonaro
#ForaMourão e
#ForaAgendaNeoLiberal