Uma nota de luto. Um chamado à luta.

Não há como não estar de luto pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes neste último dia 14/03. A dor desse momento não tem a ver só com o fato de Marielle ser uma militante aguerrida, figura pública inspiradora e uma das vereadoras mais votadas e atuantes pelo PSOL-RJ.

É um luto que se intensifica, principalmente, porque Marielle era e é mais uma de nós, ceifada por um sistema que não nos serve; ao contrário, um sistema que nos destrói! Mulher negra, favelada, mãe jovem, ela estava fadada às estatísticas de exclusão, exploração e opressões!

Não só conseguiu, inicialmente, esquivar-se do que o sistema lhe reservava e impunha, graduando-se em Sociologia e fazendo Mestrado em Administração Pública, como transformou sua história de vida, suas dores e enfrentamentos individuais em um movimento comunitário na Favela da Maré e em uma luta coletiva em sua militância e mandato como vereadora comprometida com os direitos humanos e sociais.

Com o reenquadramento de Marielle nas estatísticas que gritam que mulheres, negritude e anticapitalistas não podem existir, não temos como não questionar: ESTAMOS DIANTE DE UM ASSASSINATO POLÍTICO?

Para além de sua atuação histórica, Marielle, recentemente, havia denunciado a truculência da PM-RJ e estava como relatora de uma comissão de acompanhamento da intervenção militar no Rio.

Fazemos um chamado a todas e todos à luta! Em meio à forte dor, precisamos questionar esse crime e esse sistema, precisamos nos somar aos atos de luto por Marielle, por sua memória e pela continuidade de suas lutas.

Nossa profundo pesar pela perda de Marielle e de Anderson, que trabalhava como motorista na ocasião. Nossa torcida para que Fernanda Chaves, assessora de Marielle e sobrevivente do episódio, se recupere logo!

Nossa solidariedade aos seus familiares, amigos, camaradas de luta e de vida.

LUTO POR MARIELLE E ANDERSON!

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