Começar o ano letivo lutando

Entramos agora no período em que as universidades recebem os seus calouros. Uma época de muitas alegrias para essa juventude, mas também de muitas lutas.

A universidade na qual você está entrando com certeza tem muito o que mudar.

Nas particulares temos as altas mensalidades, os cursos voltados estritamente para o mercado, o ensino precário, falta de bolsas, os cursos de curta duração.

Nas públicas os estudantes sofrem com a falta de assistência estudantil, o sucateamento, a falta de professores. E, claro, os problemas comuns a todas, como a repressão ao movimento estudantil e a estrutura autoritária e burocrática.

Nesse contexto, a juventude trabalhadora sofre hoje mais um grande ataque ao seu direito à educação pública e de qualidade, a reforma universitária do governo Lula.

Este governo, eleito pela classe trabalhadora e pela juventude excluída, pratica uma traição vergonhosa. Governa para os banqueiros, os grandes especuladores, fazendeiros, segue rigorosamente a cartilha do FMI e do Banco Mundial, alia-se com a direita e reprime os movimentos sociais.

A reforma universitária segue essa lógica liberalizante. Transfere para a iniciativa privada as atribuições do Estado com a educação superior, transformando-a num lucrativo investimento para os tubarões do “negócio” da educação.

Precariza ainda mais os cursos oferecidos nas “fábricas de diplomas” que são a maioria das particulares, não muda em nada a estrutura de poder antidemocrática nas universidades públicas. Enfim, aprofunda ainda mais o gigantesco fosso existente entre a juventude trabalhadora de um ensino superior púbico, gratuito e de qualidade.

Infelizmente, as entidades estudantis são peças importantes para a execução desse planos. A UNE e a UBES são controladas pelo PCdoB, partido que conta até com ministérios no governo, e estão completamente cooptadas para essas políticas. Sua estrutura autoritária não permite a expressão da vontade dos estudantes.

Apesar do seu passado de lutas importantes, hoje a UNE não passa de uma fábrica de carteirinhas. Esse recurso não serve para apoiar as lutas dos estudantes, portanto, denunciamos que a UNE não fala em nosso nome e não nos representa. Somos oposição de esquerda a atual direção.

Este ano teremos Congresso da UNE e devemos preparar a nossa ruptura da entidade, construindo uma alternativa a esquerda, combativa e de luta.

O P-SOL (Partido Socialismo e Liberdade) surge como uma alternativa de esquerda, democrática e socialista. É um partido surgido nas lutas contra as reformas neoliberais do PT e formado por milhares de lutadores de diversas origens, tanto da ala radical do PT quanto de movimentos sociais. Achamos que o capitalismo não é o “fim da história”, como pregam os teóricos burgueses. Queremos a construção de uma sociedade socialista, com uma economia e produção voltadas para o interesse da maioria da população, controlada democraticamente pelos trabalhadores. Venha se juntar a nós nessa luta!