Nota de Repúdio a ação violenta da PM-PR

O estado do Paraná entrou para a história com o grande movimento de ocupações de escolas. Foram cerca de 900 escolas ocupadas só no estado contra a MP 746 (que propõe a Reforma do Ensino Médio) e a PEC 55 (antiga 241), que propõe retrocessos em áreas essenciais para a população brasileira e principalmente para a classe trabalhadora e a juventude do país.

Esse levante chegou as periferias, o que de fato incomoda governos que estão a serviço da burguesia brasileira e internacional. Não é por acaso que as periferias brasileiras são reconhecidas pelo alto índice de violência e pouco ou quase nada de desenvolvimento humano, a barbárie capitalista que mata a Juventude negra e pobre brasileira está ameaçada se de fato essa camada esquecida se organizar e lutar para exigir um futuro digno.

No dia 07/11, um grupo de 50 estudantes secundaristas se concentravam em frente ao Colégio Estadual Professora Etelvina Cordeiro Ribas, que fica entre os bairros Sítio Cercado e Pinheirinho, para participar de mais um ato “Contra a Reforma do Ensino Médio e Pelo Fora Temer” que aconteceria no centro da cidade de Curitiba. Nesse momento, uma viatura da Polícia Militar do Paraná foi chamada ao local e os policiais de forma truculenta e arbitrária detiveram um estudante menor de idade. Segundo relatos, a polícia temia que as e os alunos de diversas escolas da região estivessem preparando uma nova ocupação do Colégio Etelvina. Não temos dúvidas de que essa prisão foi uma tentativa do estado, do Governo de Beto Richa, de intimidar lutadores (as) secundaristas da periferia. Essa prisão foi motivada pelo racismo institucional presente em uma corporação que serve para defender os ricos e poderosos desse país, e para prender e matar negros e pobres.

Para nós, só existe um caminho e ele passa pela organização na escola e no bairro. Ocuparemos as ruas contra a repressão, ocuparemos contra a prisão e a morte dos nossos irmãos e irmãs, reagiremos coletivamente contra nossa destruição patrocinada pelo estado burguês brasileiro e seus governos. Construiremos um mundo novo, onde nossas vidas tenham valor e mais nenhuma lágrima de dor seja derramada por nossos familiares e amigos.

Por isso repudiamos a ação truculenta da polícia contra o estudante e exigimos que esta ação seja investigada pela Corregedoria da polícia e o conjunto da sociedade em nome do direito à livre manifestação. E que seja imediatamente retirado qualquer processo que possa estar correndo contra ele.

Contra a reforma do Ensino Médio e A PEC 55 (antiga 241)! 

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