Por uma Frente de Esquerda Socialista e dos Trabalhadores!

O avanço do processo de impeachment de Dilma Rousseff promovido pela direita no Congresso Nacional reflete o caráter reacionário do parlamento atual, mas também o colapso do modelo “lulista” que governou o país nos últimos 13 anos.

A crise econômica continua agravando-se e a saída encontrada pelo 1% de super-ricos que controlam esse país é continuar cobrando a fatura dos milhões de trabalhadores e trabalhadores que, esses sim, são os que sempre pagam o pato.

Nesse momento, é fundamental o máximo de unidade de ação dos diversos movimentos da classe trabalhadora em defesa dos direitos ameaçados.

Os trabalhadores do setor público e a juventude estudantil do Rio de Janeiro estão mostrando o caminho. É preciso unir as lutas e as greves. As ocupações e bloqueios de estradas e avenidas promovidos pelo MTST e Frente Povo sem Medo também apontam a direção.

Precisamos de uma greve geral reunindo todos esses setores contra as contrarreformas da previdência e trabalhista, contra o ajuste fiscal e os ataques aos serviços públicos, contra a entrega do pré-sal ao capital transnacional e também contra as ameaças à democracia.

Nesse processo de lutas, é possível forjarmos uma nova referência política da classe trabalhadora que supere o “lulismo” e sua estratégia de conciliação de classes, acordos com a direita e completa adaptação ao sistema político corrupto.

Milhões de trabalhadores estão tirando conclusões sobre o caráter irreversível da degeneração do PT. Mas, ainda não identificam uma referência política alternativa.

Nesse momento histórico não é possível admitir que continue a divisão existente entre a esquerda socialista que faz oposição ao governo Dilma e também luta contra a direita, como no caso do PSOL, PSTU, PCB e outros agrupamentos políticos não legalizados. O mesmo vale em relação aos movimentos sociais combativos e independentes dos governos, como é o caso da CSP-Conlutas, o MTST, a Intersindical, etc.

O caminho da reconstrução de uma esquerda socialista no Brasil, capaz de superar o PT historicamente, passa pela construção dessa unidade. Uma unidade nas ruas e mobilizações, mas também no processo eleitoral e em todos os espaços de luta política e social.

A corrente LSR – Liberdade, Socialismo e Revolução, coloca-se a serviço da luta pela construção dessa Frente de esquerda socialista e dos trabalhadores. Continuaremos com essa perspectiva em nossa atuação no PSOL, na CSP-Conlutas, na Frente Povo Sem Medo e outros espaços de luta e rearticulação da esquerda e dos movimentos da classe trabalhadora, da juventude, mulheres, LGBTs, etc.

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