“Fora Beto Richa” cresce no Paraná.
Mesmo com 40 mil pessoas na rua, governador não negocia. Governo tucano insiste em não dialogar com os servidores em greve e em não cumprir a lei da data-base.
Mesmo após 23 dias de greve, mesmo o movimento dos trabalhadores em educação ter mostrado que não perdeu força, mesmo após vários sindicatos do funcionalismo público aderirem à greve, mesmo com vários sindicatos com início de greve nos próximos dias, mesmo com 40 mil pessoas na rua, o governo Beto Richa (PSDB) insiste em não dialogar com os servidores.
O dia 19 de Maio mal tinha começado e ônibus oriundos de todas as regiões do estado já começavam a estacionar nas proximidades da Praça Santos Andrade, onde milhares de educadores do ensino básico e superior do estado, além de servidores de outras áreas, se concentravam.
Distante dalí alguns quilômetros, outra concentração: este ato histórico não caberia em apenas uma praça. Na Praça Rui Barbosa, eram os educadores e servidores de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral que organizavam sua caminhada.
Em cerca de uma hora de caminhada, os 40 mil servidores se encontraram na Praça Tiradentes, diante do Marco Zero da capital, seguiram em direção ao Centro Cívico e ocuparam toda a Praça Nossa Senhora de Salete, diante do Palácio Iguaçu e da Assembleia Legislativa do Paraná, exatamente onde há poucos dias atrás foram massacrados pelo governo do estado.
Os servidores se mantiveram concentrados na mesma praça onde foram atacados, aguardando o resultado da reunião dos representantes do governo com os dirigentes de mais de vinte sindicatos do funcionalismo público do Paraná, sem imaginar que desta reunião viria um novo revés.
O governo, em uma atitude no mínimo desnecessária, chamou os representantes dos servidores apenas para dizer que não tem proposta nenhuma e que exige o fim das greves para que se restabeleçam as negociações. Reafirmou que não cumprirá a lei da data-base, que determina a reposição da inflação nos últimos 12 meses.
O presidente da APP Sindicato, Hermes Leão, reafirmou a falta de respeito do governo com os servidores: “A reunião foi um total desrespeito aos servidores já que o governador não apresentou nenhuma proposta. Não há interesse do governo em encerrar a greve, pelo contrário, parece querer prolongar ainda mais”.
Diante da falta de dialogo do governo, os servidores devem manter as greves em curso e novas categorias devem aderir à greve geral nos próximos dias. O período de lutas no Paraná deve se intensificar!
Texto publicado inicialmente no portal Vírus Planetário.