II Congresso Nacional da CSP-Conlutas
O II Congresso Nacional da CSP-Conlutas será realizado de 04 a 07 de junho em Sumaré, interior de São Paulo. Este Congresso será realizado numa conjuntura de crescimento da polarização social no país, expresso pelas manifestações que foram realizadas nos dias 13 e 15 de março.
No dia 13 de março, a CUT, MST e outras entidades governistas realizaram diversos atos pelo país em apoio ao governo Dilma. No dia 15 de março, foram realizadas manifestações de massa provocadas pela insatisfação com o governo Dilma.
Apesar destas manifestações terem sido dirigidas pela direita e não terem apresentado uma plataforma que atenda os interesses da classe trabalhadora brasileira, conseguiram despertar a simpatia e apoio de alguns setores populares. Isto ocorreu devido à ausência, até o presente momento, de uma clara alternativa política de poder de esquerda e socialista para o país.
A partir disso, fica evidente que o desafio central que estará colocado para este II Congresso Nacional da CSP-Conlutas é o de contribuir para a unificação das lutas e a construção desta alternativa política de poder, se contrapondo à falsa polarização entre PT e PSDB.
Bloco de Resistência Socialista
Dentro desta perspectiva, foi correta a defesa que o Bloco de Resistência Socialista (BRS) – Sindical e Popular, do qual a LSR faz parte, fez junto com outras correntes políticas que atuam na CSP-Conlutas, na última Coordenação Nacional, sobre a importância de termos uma mesa sobre conjuntura internacional e nacional no Congresso.
Esta mesa se faz necessária para termos a oportunidade de aprofundarmos o debate sobre a situação bastante complexa que estamos vivendo no país. A direção majoritária da CSP-Conlutas, hegemonizada pelo PSTU, apesar de alguma resistência, acabou recuando de seu posicionamento inicial, que era contrário a esta mesa no Congresso.
Entretanto, lamentamos o fato de a direção não ter recuado também de seu posicionamento contrário à inscrição de teses. Isso permitiria que cada entidade ou corrente política pudesse apresentar de forma global a sua análise sobre a conjuntura política e econômica que estamos vivendo no país e as tarefas políticas que estão colocadas para a Central no próximo período.
Apesar disso, é necessário fazer com que este Congresso seja um espaço que permita a construção de uma unidade mais ampla, para que a CSP-Conlutas possa contribuir de forma mais efetiva para a construção de uma alternativa política de poder de esquerda e socialista para a classe trabalhadora brasileira.
Radicalizar a democracia interna
Para isso é fundamental radicalizar na democracia interna da Central. Para nós do Bloco, uma medida importante seria aprovar, neste Congresso, que nenhuma corrente política possa ter mais de 40% dos membros da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.
Esta medida evitaria o hegemonismo de uma corrente política e seria uma sinalização importante para as entidades e correntes políticas que ainda não constroem a CSP-Conlutas. Estas entidades e correntes políticas teriam outro olhar sobre a Central. Veriam que a CSP-Conlutas tem democracia e que os seus posicionamentos serão considerados no debate político interno.