Nota da LSR em apoio à greve dos petroleiros

Desde o dia 01 de fevereiro, milhares de trabalhadoras e trabalhadores da Petrobrás de todo o Brasil estão em greve contra a política de privatização da empresa e subsidiárias, demissões massivas, redução de direitos e salários, além do aumento contínuo do preço do gás de cozinha, da gasolina e do diesel para a população.

O governo Bolsonaro e a direção da Petrobrás tentam atribuir a alta desses preços aos custos da empresa com mão-de-obra ou aos impostos praticados no país. No entanto, o que tem aumentado os preços desses produtos é, sobretudo, a lógica do lucro para poucos do capitalismo, a política de preço da Petrobrás baseada no Dólar para beneficiar empresas estrangeiras, além dos custos de importação dos derivados utilizados na produção. Para protestar e conversar com a população, em várias partes do país, petroleiros organizam atos nos dias 13 e 14/02, vendendo gás de cozinha até 50% mais barato do que os preços praticados.

É fato que o recente crime ambiental de derramamento de óleo no litoral nordestino escancara que, apesar de sua posição econômica estratégica, o petróleo é uma fonte de energia não-renovável absurdamente poluente. Além disso, guerras e conflitos têm sido travados no mundo todo nas disputas comerciais relativas a esse combustível. O capitalismo é incapaz de resolver os impactos ambientais, sociais, e econômicos, pois para a classe dominante falará mais alto a concentração de riquezas a qualquer custo. Por isso, é fundamental defendermos uma Petrobras 100% estatal com controle dos trabalhadores e que esteja à serviço da maioria da população, inclusive assumindo para si também a tarefa de promover a transição da utilização dos combustíveis fósseis para fontes de energia renováveis.

O processo de luta das trabalhadoras e trabalhadores da Petrobrás é mais do que a defesa de interesses específicos ou de uma empresa. É a luta por trabalho e condições de vida; é a luta contra o aumento crescente do custo de vida que o sistema nos impõe. É portanto de interesse de todos os trabalhadores. Por isso, esta luta também é da Liberdade, Socialismo e Revolução (LSR), tendência do PSOL e seção brasileira da Alternativa Socialista Internacional (ASI, antigo CIT – Maioria), presente em mais de 30 países.

Apoiamos greve dos petroleiros e chamamos a classe trabalhadora brasileira a fortalecer nossa luta! É preciso que as centrais sindicais e o conjunto dos movimentos sociais construam, com participação efetiva da base, um plano de lutas em apoio à greve dos petroleiros, unificando as lutas contra as privatizações, demissões, cortes, contrarreformas e os outros ataques contra o conjunto da classe trabalhadora.

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