Greve dos professores estaduais de São Paulo: Unidade com pais, alunos e demais categorias para derrotar Alckmin!

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo estão em greve desde 13 de março. O eixo da greve aprovado em assembleia é a defesa do emprego, salário, melhores condições de trabalho e água para todos.

Esta greve ocorre num momento em que não há qualquer previsão de reajuste no salário do professor que recebe, atualmente, míseros R$12,00 por aula. Alckmin cortou R$800 milhões das verbas para a manutenção das escolas, demitiu parte dos coordenadores pedagógicos, fechou mais de 3 mil salas de aula, provocando desemprego de mais de 20 mil professores e consequentemente a superlotação das salas que sobraram.

Os professores que passaram na prova de mérito não receberam, até agora, o seu reajuste. As condições de trabalho pioraram nos últimos anos em virtude da precarização dos contratos dos professores categoria “O”, da superlotação das aulas, da falta de materiais didáticos pedagógicos e da intensificação do assédio moral dos gestores, como consequência da meritocracia que tem sido implementada na rede estadual de ensino.

Governo oferece zero

Além disso, Alckmin não cumpre a Lei do Piso Nacional do Magistério, que determina que 1/3 da jornada de trabalho dos professores seja destinada para as atividades extraclasse. E para piorar, muitas escolas estão funcionando sem água.

Diante de toda esta situação, a nossa greve é mais que justa.

Apesar da greve ter crescido, Alckmin mantém uma postura de intransigência e não negocia pra valer com a categoria. No dia 30 de março foi realizada a única reunião de negociação. Entretanto, nesta reunião, o Secretário de Educação enrolou e não atendeu nenhum dos pontos de nossa pauta de reivindicação. Em relação ao salário, a proposta continua sendo de 0% de reajuste. As sinalizações apresentadas em relação ao professores categoria O – quarentena ao invés de duzentena e garantia do Iamspe – são promessas requentadas e não cumpridas referentes à greve de 2013.

Para forçar Alckmin a negociar efetivamente, é fundamental aumentar o número dos professores em greve através da ampliação e intensificação dos comandos de greve nas escolas. É fundamental buscar o apoio de pais e alunos explicando os motivos da nossa greve.

Apesar destas ações serem importantes, elas não serão suficientes para que a nossa greve seja vitoriosa. É imprescindível dar visibilidade à nossa luta através de ações radicalizadas como o travamento de avenidas e rodovias.

Construir a unidade

É necessário construir a unidade pra valer com as outras categorias do Estado de São Paulo, como é o caso dos trabalhadores da saúde, bem como da Sabesp, que estão lutando contra as mais de 550 demissões da empresa. Temos que seguir o exemplo da unidade dos servidores estaduais do Paraná que conseguiram derrotar o “pacotaço” de maldades do governador Beto Richa (PSDB).

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