Lutando por condições mínimas de estudo na Unifesp
Com as expansões precárias do REUNI desde 2007, o preço para manter-se estudante nas universidades públicas é alto. Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) a condição é precária também: sem biblioteca e bandejão suficientes, sem moradia e sem transporte, o custo da nossa permanência é alto.
Contudo, grandes processos de lutas foram travados desde a existência desta expansão. Em 2012 uma grande greve nacional das universidades federais arrancou do governo federal diversas pautas estudantis e trabalhistas. No campus da EFLCH, os estudantes ocuparam a direção acadêmica e permaneceram em greve por mais de cinco meses, garantindo ganhos como o efetivo início às obras do prédio definitivo e a garantia de um transporte gratuito do metrô da cidade de São Paulo até o campus, na cidade de Guarulhos. Esse transporte possibilitou que muitos estudantes se mantivessem na universidade – afinal, numa metrópole complexa como a Grande São Paulo, com ineficiência no serviço de transporte combinado com o alto custo, o transporte é, sim, uma pauta de permanência estudantil e o mesmo deve ser garantido.
Neste ano a nossa volta às aulas foi diferente: sentimos esse corte da educação diretamente nesta universidade.
O campus São Paulo não tem restaurante universitário, Diadema está com aulas adiadas por falta de matrículas e serviços de manutenção dos prédios, Baixada Santista teve funcionários terceirizados demitidos sem pagamento e em Guarulhos o transporte conquistado na greve foi cortado sem nenhuma alternativa pros estudantes.
Mas nós temos memória e sabemos que nenhum dos projetos de permanência estudantil ou mesmo de consolidação desta universidade foram dados de bandeja, mas sim conquistados através de luta e mobilização dos alunos, técnicos e docentes.
Campus de Guarulhos em greve
Por isso, nossa resposta não foi menor e no dia 03/03 os estudantes da EFLCH aprovaram uma semana de paralisação geral das atividades acadêmicas e, em sequência, a greve estudantil no dia 24/03. Nossas pautas, que reivindicam o retorno do transporte, moradia estudantil e creche, não se desvinculam da bandeira de luta, também aprovada, contra os cortes que enterram a educação nacional! Sabemos que nossa reitoria e diretorias compactuam com toda a precarização ao aprovarem cortes nas conquistas ao invés de investimentos em mais direitos.
Por isso, a juventude da LSR presente nos campi da Baixada Santista, Guarulhos e Diadema faz um chamado a todos pra compor esta resistência e construir esta greve com a gente e expandir para todos os campi, como também construir com os servidores docentes e técnicos e o setor terceirizado mobilizações contra os cortes locais e federais! Só seremos vitoriosos se unificarmos a luta pela educação e contra a precarização!