O próximo passo tem que ser uma Greve Geral de 24 horas!

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A aprovação na Câmara do PL 4330, que libera as terceirizações, representou um verdadeiro soco na face de milhões de trabalhadores brasileiros. Os cortes nos gastos e a retirada de direitos promovidos pelo governo federal, incluindo as MPs 664 e 665, também são golpes sujos contra nós.

O dia de hoje, 15 de abril, representa uma legítima resposta contra os duros ataques de que estamos sendo vítimas. Estamos na rua contra o ajuste fiscal de Dilma e Levy, mas também de Alckmin e todos os governadores. Também combatemos a pauta reacionária, anti-operária e anti-popular da maioria do Congresso Nacional, encabeçada por Renan e Eduardo Cunha.

O dia 15 de abril representa um primeiro passo para que possamos romper com a falsa polarização entre o governo Dilma e a oposição de direita. E derrotar a ambos. Existe muito mais em comum entre Dilma e os tucanos do que entre qualquer um deles e a classe trabalhadora. Por isso, a unidade na luta que precisamos construir tem que se basear na independência de classe dos trabalhadores.

A profunda crise do governo Dilma, resultado de sua política, abriu espaço para uma recomposição da direita brasileira. Mas as manifestações dirigidas pela direita no último dia 12 de abril demonstraram que eles estão perdendo capacidade de mobilização. Setores da classe trabalhadora e das classes médias que estão profundamente insatisfeitos com a situação atual não estão caindo como antes no canto de sereia de uma direita oportunista e reacionária.

É preciso oferecer a esses setores uma alternativa independente de luta, dirigida pelo que há de mais combativo e consequente na classe trabalhadora. Temos que mostrar que somente uma esquerda de verdade (e não essa falsa esquerda no governo) pode lutar contra o aumento de preços e tarifas, o desemprego, o achatamento salarial, a precariedade da educação e saúde, a perda de direitos e a corrupção. É preciso evitar qualquer ilusão no governo Dilma. Temos que arrancar desse governo nossas reivindicações derrotando sua política econômica e oferecendo uma alternativa de classe.

O caminho a seguir a partir de agora é:

· Unir as lutas e greves em curso hoje, como a dos professores, e preparar pela base uma greve geral de 24 horas contra o PL 4330 e os demais ataques. A pressão pela base poderá criar as condições para que até mesmo as centrais governistas adotem esse caminho. É preciso fortalecer essa pressão e organização de base.
· Construir uma Frente de Esquerda e dos Trabalhadores, unindo o movimento sindical, popular, estudantil e os partidos que fazem oposição de esquerda ao governo Dilma e aos governos da direita nos estados (PSOL, PSTU, PCB). Precisamos mostrar que no horizonte há uma alternativa política sendo construída.

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