Educação no Paraná: o calote é bem maior que o 1/3 de férias!
A primeira semana de fevereiro no Paraná vem sendo marcada por uma série de protestos de professores e funcionários das escolas da rede estadual de educação. Os trabalhadores da educação cobram do governo Beto Richa, além do 1/3 de férias que deveria ter sido pago no final de janeiro, questões como falta de repasse do fundo rotativo (que deixa as escolas sem dinheiro para despesas do dia a dia, como materiais de limpeza), falta de repasse da merenda escolar, não-pagamento dos professores que atuam nas APAEs e dos PSS (professores contratados em Processo Seletivo Simplificado), além do corte no número de professores e funcionários nas escolas.
Richa tem evitado a participação em eventos públicos, delegando aos secretários a tarefa de enfrentar o constrangimento público das cobranças.
Os ataques do governo não se dão só na educação: servidores de todas as áreas estão sem receber promoções ou progressões além das férias. No litoral do Estado, policiais civis, militares e bombeiros estão sem receber diárias referentes à Operação Verão.
No próximo dia 7 acontecerá, em Guarapuava, uma assembleia estadual da APP-Sindicato e a deflagração de greve está na pauta! Outros sindicatos do funcionalismo também estão marcando assembleias e uma greve mais ampla é possível!
Enquanto isso, o governo arma uma guerra de informação para jogar a população contra os servidores, distorcendo informações e propagando mentiras, como ao anunciar a contratação de 10.000 professores PSS para o ano letivo de 2015. Mas escondem que, em 2014, eram mais de 20.000 – ou seja, Richa cortou mais de 10.000 postos de trabalho e anuncia como grande feito!
É hora de uma união do funcionalismo público e todos os trabalhadores do Paraná a fim de construir uma grande greve geral e um enfrentamento nesta guerra de informação contra o governo do estado! Afinal, os ataques aos servidores e às suas condições de trabalho prejudicam todos aqueles e aquelas que necessitam dos serviços públicos.