Crise orçamentária na Unifesp

A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) enfrenta uma crise orçamentária sem precedentes. O seu orçamento total teve um corte da ordem de 18% em relação ao ano de 2013. No Campus Baixada Santista (BS), o corte chegou a 38%! Dessa forma, se nada for feito, o Campus BS só conseguirá manter suas atividades até agosto.

E estamos falando em manter as atividades da forma precária como é hoje: sem moradia, sem complexo poliesportivo para cursos de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, sem creche universitária etc.

Não é de hoje que o movimento estudantil combativo vem denunciando e lutando contra o modelo de expansão universitária implementado com o advento do REUNI – programa do governo federal que, se por um lado expandiu as vagas nas universidades federais, não aumentou os investimentos na mesma proporção, criando campi e universidades inteiras precarizadas, sem estrutura mínima e sem condições de permanência estudantil.

Na mesma medida em que as universidades federais têm cortes de verba, para a Copa do Mundo são gastos 26 bilhões de reais, para o agronegócio o governo vai dar de presente R$ 156,1 bilhões e para pagamentos da dívida e seus juros a banqueiros, 1 trilhão de reais!

Para se ter uma ideia do que isso representa, se hoje fosse atendida a reivindicação histórica de “10% do PIB para a educação pública, já!” isso significaria um incremento de “apenas” 140 bilhões de reais.

Mas é preciso entender que isso não se resume aos governos do PT. Na verdade, esse modelo precarizado de financiamento da educação pública tem seu início nos anos 1990 e passa a ser implementado, efetivamente, durante os governos FHC, seguindo o modelo impulsionado pelo Banco Mundial.

Construir uma luta unitária!

Por todo o país, trabalhadores da educação se mobilizam contra este cenário de precarização e sucateamento da educação pública.

O caminho a seguir é unificar as lutas pela educação, contra os interesses do capital privado e por 10% do PIB para a educação pública já!

O Coletivo Construção defende a convocação de uma assembleia intercampi para organizar os próximos passos na luta. É necessário unificar a luta contra os cortes com outras universidades federais e estaduais – estudantes, técnicos administrativos e professores juntos!

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