Trabalhadores da IMBEL entram em greve por tempo indeterminado
Os trabalhadores da Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) de Itajubá-MG entraram em greve por tempo indeterminado na segunda-feira, 14 de abril.
Mais de 60% dos 970 trabalhadores da unidade aderiram à greve.
A IMBEL de Itajubá-MG tem 60% dos trabalhadores de todas as unidades da empresa pelo país e é responsável pela produção dos novos fuzis IA2, pistolas, carregadores e todo armamento comercializado pela empresa.
A categoria luta por um reajuste de 15% nos salários, além de abono e revisão do Plano de Cargos e Salários (PSC).
Na semana passada, houve duas paralisações de quatro horas. Mesmo assim, a direção da empresa e o governo federal não tiveram a disposição de negociar pra valer com os trabalhadores.
Após início da greve, a IMBEL apresentou uma proposta que apenas atualiza a correção da inflação (IPCA) do período, que foi de 6,15%.
Trabalhadores de todas as unidades da IMBEL pelo país estão parados
Em virtude da intransigência da direção da empresa e do governo federal em negociar pra valer, os trabalhadores das outras quatro unidades da IMBEL – Juiz de Fora-MG, Rio de Janeiro-RJ, Magé-RJ e Piquete-SP – acabaram seguindo o exemplo dos operários de Itajubá-MG e também entraram em greve por tempo indeterminado.
Solidariedade à greve dos trabalhadores (as) da IMBEL
Mas para que essa greve dos trabalhadores da IMBEL seja vitoriosa, é necessário o apoio do conjunto dos trabalhadores, de todos os movimentos sociais e dos partidos no campo dos trabalhadores.
A direção da empresa, seguindo as determinações do governo Dilma, tem reafirmado que não apresentará nenhuma proposta de reajuste salarial acima da inflação do período. Este mesmo discurso foi reafirmado na negociação (enrolação) que houve nesta terça-feira (15/04).
Este posicionamento da IMBEL está em sintonia com a política econômica do governo federal que prevê para este ano, um ajuste fiscal de 44 bilhões de reais. Destes, 3,5 bilhões de reais serão cortados do Ministério da Defesa, ao qual a IMBEL é subordinada. Toda esta política tem um único objetivo: garantir o lucro aos credores da dívida pública brasileira.
Além disso, é inadmissível que um governo que gasta 30 bilhões de reais em estádios e outras obras faraônicas para a Copa do Mundo afirme não ter condições de atender a pauta de reivindicação dos trabalhadores da IMBEL.
A LSR e a greve dos trabalhadores da IMBEL de Itajubá-MG
A LSR tem jogado um papel importante na greve dos trabalhadores da IMBEL de Itajubá-MG. Temos companheiros que são diretores e trabalhadores de base do Sindicato dos Metalúrgicos de Itajubá-MG, filiado à CSP-Conlutas.
Por termos vários companheiros que além de serem diretores do sindicato são funcionários da empresa, conseguimos realizar um bom trabalho de base de preparação para a greve.
Os companheiros (as) metalúrgicos (as) da LSR em Itajubá-MG tem colocado em suas intervenções que a greve dos trabalhadores da IMBEL está correta pois, como bem mostraram os garis do Rio de Janeiro, a luta é a única forma da categoria sair vitoriosa!
Além disso, temos buscado a solidariedade ativa de outros movimentos sociais e de partidos no campo dos trabalhadores, como é o caso do PSOL.
As moções exigindo que a IMBEL atenda a pauta de reivindicações dos greve dos trabalhadores devem ser enviadas, com cópia para a CSP-Conlutas (secretaria@cspconlutas.org.br), para:
- Secretaria Geral da Presidência da República: sg@planalto.gov.br
- Ministério da Defesa: webmaster@ccomsex.eb.mil.br
- IMBEL: institucional@imbel.gov.br