Afinal! Sindicalismo de luta no judiciário paulista!

Em 2010, a mais longa greve do funcionalismo e do TJ em SP descarnou muitas das contradições da estrutura sindical e testou novas e velhas lideranças da categoria. Um dos maiores obstáculos à luta foi, depois do patrão, o nosso próprio sindicato oficioso.

O Sindicato União do Judiciário não unifica ninguém e é ainda o grande organizador das derrotas históricas da categoria: defasagem salarial, péssimas condições de trabalho e fragmentação das direções.

Em 2011 setores da baixada santista, capital e interior foram novamente à luta, enquanto grandiosas associações e o “sindicato” só ficaram à espera de um aceno do patrão. Mesmo assim, como reflexo da greve de 2010, arrancamos esse ano, mesmo com menor mobilização, um índice de 6,43% de reajuste. É muito menos do que precisamos, mas é mais do que obtivemos em 2010.

Muitos desses trabalhadores perderam a paciência. Fundaram novos Sindicatos, já que o “União” é blindado por um estatuto impenetrável e burocratizado, sendo impossível a filiação e disputa de eleições. Enquanto isso, a pelega Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CN$P) ingressou com mandado de segurança para garantir que haja desconto do imposto sindical da categoria e que ele vá direto aos seus cofres, e o “União” acaba de perder ação no CNJ, onde pleiteava ser o único representante da categoria.

A maioria desses sindicatos já nasceu chamando a unidade na luta e a defesa dos seguintes princípios: a base em 1º lugar, democracia operária, independência político-financeira e a LUTA da CLASSE acima dos obscuros interesses da pelegada. Muito desse resultado é devido ao Comando de Base, um coletivo de trabalhadores formado a partir das comissões organizadas por local de trabalho, atuante em toda a luta da categoria desde a greve de 2010.

Porém a perspectiva é de dureza nas lutas. Um dos novos sindicatos sofreu o primeiro revés na justiça do trabalho (mas há recurso) e o TJ/SP abriu processos contra os trabalhadores grevistas. Desesperada com a sua crise econômica, a burguesia do mundo inteiro deseja ensinar os trabalhadores a não lutar e o TJ quer dar o exemplo em SP. É necessário fortalecer os novos sindicatos sem esquecer-se da luta na rua em defesa dos direitos dos trabalhadores e a unidade na luta para além do judiciário.

  • Anistia dos dias parados da Greve de 2010!
  • Pagamento imediato dos retroativos das campanhas de 2010/11!
  • Nenhuma punição a quem luta!
  • NÃO ao Imposto Sindical!
  • Pelo Sindicalismo independente, democrático de base e de luta!
  • Unidade na Luta entre todos os setores combativos, do judiciário e do funcionalismo! 

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