Manifesto

Nós trabalhadores,

operários, servidores, terceirizados, comerciários, autônomos, rurais, precarizados e desempregados, estamos vivendo tempos de barbárie.

Nosso trabalho, suor e sacrifício, são subtraídos diariamente pelos patrões e governantes, sem que possamos ter acesso à riqueza que produzimos.

Acostumados à exploração, nós a aceitamos como se fosse natural.

Suportamos os salários baixos, o assédio moral, a falta de dignidade e ainda pagamos, sem reclamar, por contas que não são nossas.

Aceitamos que os nossos sonhos devam esperar e que nada mais podemos fazer.

Mas agora, os nossos exploradores e agressores perdem o pudor e nos afrontam cada vez mais descaradamente. E não podemos ficar impassíveis.

A corrupção e o descaso com a coisa pública se transformaram em atos corriqueiros.

E o mesmo governo responsável por esses atos, ataca e criminaliza a manifestação do trabalhador quando este, não suportando a opressão, reclama por mudanças.

Contra isso, devemos protestar!
Não vamos mais aceitar serenamente as fraudes dos políticos.
Não mais daremos nosso sangue para enriquecer corruptos.
Não aceitaremos mais a injustiça e a falta de democracia.
Temos conosco a indignação e a força.

Vamos ocupar as praças e chamar mudanças para a nossa sociedade.
Vamos viver as lições da Tunísia, Egito e Espanha:
O povo na rua tudo pode!

COISAS QUE NÃO PODEMOS ACEITAR:

A presidente Dilma nomeia para o Ministério da Casa Civil, primeiro Antonio Palocci que multiplicou por 20 o seu patrimônio pessoal em apenas quatro anos e agora a senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR), que recebeu em 2010, R$ 8 milhões de empresas que realizam obras para o governo federal, para financiar sua campanha política. Compraram uma senadora e levaram a Ministra Chefe da Casa Civil…

O deputado Aldo Rebelo (PcdoB), autor no Novo Código Florestal, em cumplicidade com o agronegócio, defende a anistia para crimes ambientais e a redução de reservas florestais, medidas que interessam apenas aos empresários do agronegócio e vão causar grandes desastres ecológicos.

Os bombeiros do Rio de Janeiro, não foram ouvidos pelo governo e fizeram manifestação legítima, e por isso foram presos e tratados como criminosos. No Rio de Janeiro, enquanto um professor ganha R$728 para ensinar e o bombeiro R$ 960 para salvar vidas, um agente do BOPE ganha R$ 2.260 para matar.

A corrupção nas prefeituras, como Taubaté, Taboão da Serra, Campinas e Pindamonhangaba, é uma ação corriqueira, com prefeitos e vereadores envolvidos em escândalos de merenda escolar e medicamentos entre outros.

O IBAMA concedeu licença para instalação das obras da hidrelétrica de Belo Monte, que além de entregar R$ 30 bilhões para as empreiteiras (aquelas que doaram dinheiro para a senadora Gleisi) vai beneficiar apenas os empresários ligados à exportação de minérios. O rio Xingu ficará praticamente seco na extensão de 100 km, serão desmatados mais de 5.000 km2 da floresta amazônica, a cidade de Altamira será inundada e a população indígena e ribeirinha será desalojada.

Na construção da hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, as empreiteiras realizaram, sob os olhos do governo, um ataque brutal aos direitos do trabalhador. O Ministério do Trabalho fez 2.000 autuações por violações à legislação trabalhista. Pela ganância de maior lucro, as empreiteiras amontoam milhares de pessoas em condições sub-humanas. Após revolta de trabalhadores, 6 mil foram demitidos.

Os servidores públicos, municipais, estaduais e federais, podem ter seus salários congelados por 10 anos, caso seja aprovado o projeto de lei 549/09, que interessa ao governo federal.

Mais de 200 assassinatos de camponeses foram cometidos pelos latifundiários do Pará entre 2000 e 2010 e apenas 4 assassinos foram condenadas. Agora, a volta das mortes no campo demonstra o avanço do agronegócio e o desinteresse do governo. A política do governo, de incentivo a exportação de soja, álcool e minérios, dá prioridade a ação do agronegócio, em prejuízo das famílias que vivem e trabalham a terra.

Há muitos outros ataques acontecendo e não podemos mais nos
conformar com isso.
SOMOS NÓS QUE REALIZAMOS A MUDANÇA E A MUDANÇA SE FAZ NA RUA!