Derrotar a aventura golpista!
Tomar as ruas contra a direita e por mais direitos!
Bolsonaro foi derrotado nas urnas no último dia 30 de outubro. Essa é a realidade dos fatos, doa a quem doer.
A maioria do povo brasileiro rejeitou sua gestão que só provocou crise, fome, desemprego, mortes na pandemia, repressão e violência. Sua política autoritária, racista, genocida e antipopular foi derrotada nas urnas.
Apesar disso, é preciso garantir que essa derrota se consolide na prática. O dia 30 de outubro não basta para isso. Derrotar o bolsonarismo será uma batalha de longo prazo que precisa ser travada todos os dias.
Bolsonaro recusa-se a reconhecer a derrota e sua postura funciona como um chamado para que as hordas bolsonaristas de extrema-direita tomem a iniciativa de bloquear rodovias. Fazem isso com a cumplicidade ou apoio ativo da Polícia Rodoviária Federal e outras forças policiais.
Eles são uma minoria, não representam em nada a vontade da maioria do povo pobre e trabalhador deste país. Mas essa minoria, uma vez ativa e organizada, pode ter um impacto maior do que sua real dimensão.
A ação dessa minoria é uma ação golpista, que se sustenta em todo o discurso bolsonarista sobre intervenção militar, intervenção federal e toda a retórica autoritária do estilo.
Mesmo que não tenham força para um golpe de estado agora, eles estão acumulando forças para isso.
É preciso contê-los já, sem demora!
A política de apenas esperar que as instituições cumpram seu papel é um profundo erro. Devemos sim cobrar da Justiça e das instituições que exerçam sua obrigação legal de garantir o resultado eleitoral. Mas, não devemos esperar muito deles.
O fato de Arthur Lira, Ciro Nogueira ou Mourão terem reconhecido a derrota não representa nenhuma garantia contra uma aventura golpista.
Somente a mobilização da classe trabalhadora, com toda sua força, pode barrar o crescimento de aventuras desse tipo nas próximas horas, dias e semanas ou mesmo até 1º de janeiro.
É preciso mobilizar desde já.
Todos os movimentos sociais, sindicatos, movimento estudantil, devem convocar mobilizações para demonstrar força, exigir o desbloqueio das rodovias e garantir a posse do novo presidente eleito.
O chamado do MTST e outros movimentos para desbloquear as rodovias com a força do povo é correta e um exemplo a ser seguido. O mesmo vale para ação dos operários do estaleiro da Brasfels em Angra dos Reis que desbloquearam as vias através da ação coletiva.
As centrais sindicais devem preparar na base a luta utilizando-se dos métodos de ação da classe trabalhadora. Devemos estar preparados para uma greve geral contra o golpismo se isso for necessário.
É um erro temer que a mobilização popular agora poderia dar um pretexto para medidas autoritárias de exceção por parte do governo. Eles já estão adotando medidas de exceção e já estão provocando o caos que serve ao golpe.
É preciso derrotá-los nas ruas.
Devemos exigir a punição imediata de todos os golpistas, a começar do próprio presidente da república e seus lacaios na PRF e outras forças repressivas coniventes com o golpismo. Se o presidente é um golpista deve cair antes mesmo de 1º de janeiro e a transição para o novo governo deve começar desde já.
Essa mobilização deve ser convocada aliando-se a defesa das liberdades democráticas, a posse do novo governo e o atendimento das demandas populares por salário, emprego e melhora das condições de vida!
- Fora Bolsonaro, já!
- Mobilizar os trabalhadores e o povo contra a aventura golpista!
- Tomar as ruas contra a direita e por mais direitos!