Fortalecer a greve dos GCM-SP Nossa greve é justa, legítima e legal!

O prefeito Gilberto Kassab nega aos servidores da Guarda Civil Metropolitana qualquer reajuste salarial e, ao mesmo tempo, encaminha à Câmara Municipal de São Paulo uma proposta de reajuste de mais de 300% para o salário de seus secretários e do vice-prefeito e 78,5% para seu próprio salário.

Os salários dos secretários aumentarão de 5,3 mil reais para mais de 19 mil reais, enquanto o salário inicial de um GCM é pouco mais de míseros 800 reais.

Para piorar, ainda quer dar uma gratificação especial aos policiais militares, o que deveria ser atribuição do governo do estado e não da prefeitura.

Isso é provocação! Kassab esperava que a categoria fosse aceitar calada mais esse tapa na cara. Mas, os guardas responderam à altura. Responderam do único jeito que eles entendem: Greve!

O prefeito Kassab repete a mesma política dos demais governos de colocar nas costas dos trabalhadores o peso da crise econômica que eles mesmos criaram. Dinheiro para bancos e empresas sempre aparece, mas na hora de reajustar os salários dos servidores, nunca dá.

A GCM de São Paulo tem um dos piores salários de todo o estado e péssimas condições de trabalho. Mesmo depois do movimento “Fora Coronel” em 2006, pela retirada dos coronéis da PM do comando da GCM, o atual Secretário mantém a mesma linha truculenta, colocando 90% do efetivo no combate ao comércio ambulante no centro e principais bairros da cidade ao invés de priorizar a segurança nas creches, escolas e hospitais, principalmente nas periferias e voltada para a população mais carente.

A GCM de São Paulo deve estar a serviço da população pobre, carente e trabalhadora da cidade, proporcionando proteção e segurança para que todos possam viver com dignidade. Queremos uma Guarda bem paga, equipada, moderna para proteger a população trabalhadora e não voltada para a repressão sobre quem quer trabalhar ou um teto para morar. Por isso, nos enche de indignação as imagens da PM expulsando com bombas e tiros os moradores de uma comunidade em Capão Redondo no dia 24/08.


Nossas reivindicações são justas e legítimas:
  • Pelo aumento da gratificação do RETP (Regime Especial do Trabalho Policial) dos atuais 60% para 140%.
  • Equiparação do salário padrão inicial do GCM com o padrão inicial dos servidores de nível médio da prefeitura.
  • Fim dos cargos comissionados de chefia e imediata promoção na carreira via concurso de acesso democrático.
  • Fim do uso da Corregedoria da GCM como instrumento de terror e perseguição política ao guardas visando apenas a intimidação por parte do governo Kassab.

Para ampliar e fortalecer nossa greve é preciso:
  • Que a diretoria do SINDGUARDAS-SP, distribua à população uma CARTA ABERTA, explicando os motivos da greve e ganhando o apoio popular ao nosso movimento, além de pressionar os vereadores e o prefeito para que atenda as reivindicações dos GCMs.
  • Chamar para apoiar e participar de nossa luta todas as entidades sindicais do funcionalismo público municipal e em todos os níveis, as centrais sindicais combativas, os movimentos sociais, incluindo os defensores dos direitos humanos e de uma segurança pública comunitária, não repressiva e à serviço da população.
  • Confeccionar faixas e cartazes com dizeres “ESTAMOS EM GREVE” para que os GCMs possam fixar em cada
  • Inspetoria e Base Comunitária.
  • Ampliar o atual Comando de Greve, de somente três diretores do SINDGURDAS-SP, para um Comando amplo reunindo Comissões de Greve por região (norte, sul, leste, oeste e centro).
  • As Comissões por região devem percorrer as Inspetorias para garantir a paralisação, auxiliar os GCMs a organizar a greve no local de trabalho, incluindo o rodízio de GCMs dentro das equipes, a fim de cumprir os 30% exigidos pela lei de Greve (e nada mais que isso), assim nenhum GCM deve trabalhar mais que um plantão.
  • Organizar atividades diárias, como concentração no Gabinete do Prefeito um dia, na Câmara Municipal em outro, na Secretaria de Gestão em outro, e marcha pelas principais ruas da cidade em outro. Tudo isso, para manter vivo o espírito de luta.

 

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