Fora Bush da América Latina
A visita de George W. Bush a vários países latino-americanos é uma afronta a todos que sofreram com as políticas neoliberais, o saque das riquezas naturais, a violência golpista e os ataques à soberania nacional patrocinadas pelo governo dos EUA na região.
É justo que receba uma recepção à altura – um repúdio claro e firme ao imperialismo, a suas políticas e a todos os governos lacaios que recebem ‘el diablo’ de braços abertos.
Entre muitos outros crimes, Bush é responsável direto pela tentativa de golpe que tentou derrubar Hugo Chávez na Venezuela em 2002, barrada pelo movimento de massas.
A fraude eleitoral que colocou no governo o direitista Felipe Calderón no México, assim como a dura repressão à mobilização popular no estado de Oaxaca, também foram diretamente sustentadas politicamente pelo governo dos EUA.
O governo Bush também tem as mãos sujas ao patrocinar e sustentar política e militarmente o reacionário governo de Álvaro Uribe na Colômbia.
Lula e o cheiro de enxofre
Bush vem visitar Lula para agradecer pelo papel que o governo brasileiro tem jogado na América Latina. Longe da retórica ‘progressista’ utilizada no segundo turno da campanha eleitoral do ano passado, Lula não é uma pedra no sapato de Bush. Muito pelo contrário. Lula é um instrumento para tentar conter a radicalização no continente e tentar frear Chávez e Evo Morales.
Além disso, as tropas brasileiras usando os capacetes azuis da ONU no Haiti, jogam o papel repressivo contra a população pobre do país que as tropas estadunidenses não podem jogar hoje em razão do pântano em que estão metidas no Iraque.
O governo Lula, assim como o de Tabaré Vasquez no Uruguai, também anfitrião de Bush, foram eleitos para romper com o imperialismo e suas políticas neoliberais. Estão fazendo o contrário. A luta contra o imperialismo estadunidense é também uma luta contra as políticas desses governos subservientes na América Latina.
É possível derrotar Bush e o imperialismo
Bush visita a América Latina em meio a uma profunda crise de seu governo. O Iraque é um beco sem saída e a rejeição popular ao seu governo é enorme. A derrota eleitoral dos republicanos nas últimas eleições deixou isso claro. A grande mobilização de massas dos trabalhadores latinos nos EUA há um ano mostra que dentro do coração do imperialismo é possível mobilizar os trabalhadores.
Derrotar o imperialismo estadunidense é possível. A unidade internacional da luta dos trabalhadores e povos oprimidos é condição para isso.
• Fora Bush do Iraque e da América Latina!
• Barrar as reformas neoliberais do governo Lula!
• Fora tropas de Lula e da ONU do Haiti.
• Romper com o imperialismo! Parar de pagar a dívida e estatizar sob controle dos trabalhadores os setores chaves da economia!
• Unir as lutas contra o imperialismo e o capitalismo em toda a América Latina! Por uma Federação Socialista dos países latino-americanos!