Manobra suja para calar a voz do Andes-SN

No dia 06 de setembro a CUT, em colaboração com o Governo e de forma criminosa, desferiu um duro golpe burocrático ao importante e combativo sindicado dos docentes do ensino superior (Andes-SN). 

O governo e a CUT já vinham planejando há um tempo calar a voz do Andes-SN, que cotidianamente denuncia os ataques do governo à educação e a complacência da CUT. Criaram o “Proifes”, que no início era uma ONG que atuava junto ao MEC e agora surge como um novo sindicato de professores do ensino superior.

Esse golpe envolveu num primeiro momento a medida do Ministério do Trabalho de cassar a licença do Andes-SN e no último dia 06-09 a realização de uma assembléia para criar um novo sindicato (Proifes).

A forma como foi feita mostra como essa iniciativa não tem legitimidade e é uma manobra do governo. A Assembléia teve a presença de 115 docentes (lembrando que há no país 50 mil docentes nas Instituições federais de ensino superior). 

Os docentes que discordavam dessa criação passavam por forte revista. Cerca de 200 docentes contrários à criação desse novo sindicato ficaram do lado de fora, impedidos na prática de entrar. A Assembléia foi de caráter relâmpago, já que era um circo armado.

Sem legitimidade

Uma assembléia como essa não tem legitimidade. É uma afronta ao histórico do movimento docente que tem no Andes-SN um representante à altura.

Uma campanha de denúncia dessa manobra deve ser feita com o envolvimento dos funcionários e estudantes das universidades. Mas, também, uma campanha que envolva todo o setor que luta por uma sociedade mais justa e em defesa da educação pública. Não há dúvida que essa é a grande contribuição do Andes-SN em sua história e é por isso que ele vem sendo perseguido. 

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