Todo apoio ao Acampamento “Silvério de Jesus” do MTST

Na madrugada do dia 06 de setembro, 600 famílias organizadas pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) ocuparam um terreno de 100 mil m2 no Jardim Nossa Senhora de Fátima, município de Embu das Artes.

As 600 famílias que ocuparam o terreno são as mesmas da Ocupação Silvério de Jesus localizada no Jardim Tomé que foram despejadas pela prefeitura do município, que não ofereceu nenhum auxílio às famílias, colocando-as no olho da rua. Muitas não tinham onde morar e sequer um local para guardar seus pertences.

A ocupação tem a finalidade de mostrar o drama da falta de moradia nas camadas mais pobres de nosso país e cobrar esse direito que é “garantido” pela Con­stituição, mas que os governantes insistem em ignorar.

Põe o dedo na ferida

A luta dessas famílias é necessária, pois põe o dedo na ferida sobre o problema da moradia e obriga os governos municipal, estadual, federal e CEF a abrir um canal de negociação.

No município de Taboão da Serra, as famílias do acampamento Chico Mendes com maiores dificuldades, conseguiram através de muita luta garantir o ‘bolsa-aluguel’.

As ocupações, com a participação de milhares de famílias, organizadas pelo MTST vem conseguindo êxito pela disposição incansável dos militantes dos Acampamentos. Exemplos como o projeto de construção de moradias populares numa área no Parque Laguna/Taboão da Serra; no bairro Nova Osasco/ Osasco e em Itapecerica da Serra, demonstram claramente que só é possível conquistar e valer nossos direitos com muita luta e organização popular.

Falta de moradia na região

Mas todas estas conquistas são insuficientes para suprir a falta de moradias da população mais pobre dos municípios de nossa região.

É necessário desmascarar esses governos que liberam milhões de reais para construir moradias para os ricos, privilegiando os grandes empresários de empreiteiras e, ao mesmo tempo, não têm um programa habitacional com recursos decentes para atender as famílias de baixa renda.

   Segundo os militantes do MTST, o objetivo em promover esta ação no município de Embu se deveu a insensibilidade e intransigência do prefeito Geraldo Cruz do PT, em não atender – nem negociar – a demanda de moradia das famílias do Acampamento Silvério de Jesus, pois sequer uma proposta emergencial como o ‘bolsa aluguel’ foi atendida.

A área de 100 mil m2 pertence a Teresa Basile, uma tradicional especuladora de terrenos da região. Todos os seus terrenos acumulam milhões de reais em dívidas de IPTU e com o Estado. Somente neste terreno a dívida de IPTU ultrapassa os cem mil reais.

É importante que todas as organizações de esquerda, sindicatos combativos e todos aqueles que apóiam as lutas populares dêem toda sua solidariedade, seja em alimentos ou mesmo com suas presenças no acampamento.

Afinal a luta do MTST é uma luta de todos!

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