Greve dos servidores públicos do Paraná

Já são 9 dias de greve dos servidores públicos do estado do Paraná. O cenário é de desolação: sem reajuste desde 2016 o funcionalismo estadual já acumula 17% de perdas salariais, além disso o governo de Ratinho Jr propôs congelamento de promoções, progressões, quinquênios e anuênios por meio da PLC 4/19. A desculpa do governo é sempre a mesma: jogar a culpa nas costas dos servidores, dizendo que o custo para o estado vai ser de 1 bilhão caso o governo aceite a reivindicação do movimento, o que não pode convencer a categoria já que os servidores aguentam quase 3 anos sem nenhuma reposição.

Segunda, no dia 1° Julho, foram mais de 15 mil servidores nas ruas da capital, Curitiba, exigindo que o governo negocie as pautas do movimento. É perceptível que a adesão à greve vem crescendo e o ato foi a prova de que existe espaço para que se amplie ainda mais o movimento, pressionando o governo a aceitar as demandas do movimento. A intransigência do governo fica clara ao rejeitar sequer os 4,94% de reposição salarial exigido pelos grevistas, que representa a inflação do ano passado, valor bem abaixo das perdas dos últimos anos.A LSR defende a continuidade da greve: o PLC 4/19 representa um duro ataque no funcionalismo público paranaense, na prática acabando com a carreira dos servidores pois coloca as progressões e promoções sob a dependência da capacidade financeira do estado, um critério que soa imparcial mas que é político: na semana passada o governo comunicou renúncias fiscais de até 32 bilhões em 4 anos para grandes empresários, deixando claro que não há dinheiro para os servidores mas há para os amigos.

Todas e todos ao próximo ato unificado, terça-feira dia 09 de julho, concentração às 9 horas na praça Dezenove de Dezembro em Curitiba!

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