Todo apoio à ocupação das fábricas da Mabe!
Desde 15 de fevereiro, centenas de operários ocupam as duas unidades da Mabe Eletrodomésticos em Hortolândia e Campinas. Os cerca de 2 mil operários estão três meses sem receber salário e 13°. Centenas foram demitidos em janeiro sem receber recisão e recentemente foi decretada a falência da empresa.
A empresa multinacional baseada no México exporta para 70 países. No Brasil ela produz as marcas Dako e Continental e cresceu em cima de empréstimos a juros baixos do BNDES e incentivo fiscal do governo em forma da redução do IPI. Foram lucros em cima de dinheiro público e exploração dos trabalhadores e agora querem socializar o prejuízo e deixarem os trabalhadores no olho da rua, sem salário, 13° e FGTS (faz 9 meses que a empresa não faz o repasse).
É mais uma tentativa de jogar o custo da crise em cima das costas dos trabalhadores. São inúmeras fábricas que estão sendo fechadas e centenas de milhares que perderam o emprego na indústria no último ano. Não por que não há necessidade mais para seus produtos, como as geladeiras e fogões produzidos pelo Mabe, mas por que os lucros não são suficientes para essa pequena camada de parasitas.
Por isso os trabalhadores fizeram certo ao ocupar as fábricas! É um exemplo para trabalhadores no país inteiro e merecem todo o apoio, incluindo financeiro, já que estão meses sem receber nada.
O movimento sindical, junto com movimentos sociais e partidos de esquerda deve dar todo apoio à luta no Mabe. Devemos exigir que a empresa seja estatizada, sem indenização aos donos – pelo contrário, seus bens devem ser confiscados para pagar o que é devido aos trabalhadores. A ocupação deve continuar até então, incluindo para evitar que as máquinas sejam retiradas e vendidas. As fábricas devem ser reabertas, sob o controle e gestão dos trabalhadores, não mais para gerar lucro a capitalistas, mas para produzir eletrodomésticos baratos e de qualidade para a população.
Liberdade, Socialismo e Revolução (LSR)
Corrente do PSOL – Partido Socialismo e Liberdade
Seção brasileira do CIT – Comitê por uma Internacional dos Trabalhadores