Militares ameaçam a revolução sudanesa
Publicada hoje, 3 de junho de 2019. Mais de 30 pessoas assassinadas até agora!
Desde ontem a noite, os restos do antigo regime, através do uso de milícias fortemente armadas e forças de segurança, tentaram dispersar uma ocupação pacífica de massas em frente ao comando do exército de Cartum com violência e balas letais. Isso pode ser seguido de tentativas de dissolver protestos semelhantes em outras cidades nas próximas horas ou dias.
Vários manifestantes foram mortos e dezenas feridos, e barracas das ocupações foram queimadas. Essa repressão se estendeu a disparos de balas letais dentro das casas, bem como invasões nos hospitais onde os feridos estavam sendo atendidos, cometendo brutal violência dentro das dependências dos hospitais.
Manifestantes e ativistas dentro dos protestos também foram presos. As tropas do “Dagalo”, a cabeça das forças paramilitares operadas pelo governo sudanês (“Rapid Support Forces”), foram denunciadas por invadir lojas pela cidade para saquear e brutalizar as pessoas nas ruas. Estão chegando agora informes de que alguns dos corpos daqueles mortos na ocupação não podiam ser retirados da área pelos manifestantes, e os mercenários sangrentos os levaram em carros e os jogaram no Nilo.
Está claro que esse movimento é a execução prática de ordens vindas diretamente dos generais que comandam o Conselho Militar de Transição (CMT), que vem preparando o ataque à ocupação há dias por alegações de que se tornaram “uma ameaça ao país e seus manifestantes”. Rumores de banditismo, tumultos e contrabando de drogas foram espalhados neste sentido. Já na última quinta-feira, o Ministro de Relações Exteriores alertou a equipe de embaixadas e missões estrangeiras a não visitar a área da ocupação, considerando que a velha guarda estava planejando seu movimento contrarrevolucionário, em uma tentativa de retaliação aos dois dias de greve-geral bem-sucedidos que ocorreram na terça e na quarta-feira da semana passada.
O povo sudanês não se conforma simplesmente com a recente repressão. Pelo contrário, o povo revolucionário e a juventude têm heroicamente enfrentado e fechado a maioria das ruas da capital com barricadas. A Associação de Profissionais Sudaneses (SPA), principal central sindical, convocou ações massivas de desobediência civil e de greve, um chamado que a Alternativa Socialista do Sudão apoia incondicionalmente.
A greve da semana passada já mostrou a força que tem uma ação decisiva da classe trabalhadora, ao paralisar todo o país e deixar o poder dos generais suspensos no ar. Tais ações devem ser replicadas e estendidas até a queda do Conselho Militar de Transição. Nenhuma negociação pode acontecer mais em nosso nome com os generais sanguinários. O SPA deve romper imediatamente com as lideranças pró capitalistas e partidos da Declaração de Liberdade e Mudança, como o Umma e o Partido do Congresso, que estão vergonhosamente defendendo a aceitação de qualquer acordo à junta porque eles são, assim como a última, surpreendidos com os movimentos de massa.
Os comitês locais revolucionários e de greve devem assumir a organização coletiva de autodefesa contra a ameaça de contrarrevolução e a violência das milícias, e se articular com soldados revolucionários. Vamos continuar a lutar, até que um governo genuinamente revolucionário e que represente as aspirações do povo, juventude e trabalhadores sudaneses, democraticamente eleito e supervisionado por esses comitês seja estabelecido. Para proceder à essa mudança total necessária, tal governo precisará assumir a riqueza, as terras, e outros meios de produção das mãos da elite dominante corrupta, e torna-las em propriedade pública sob um planejamento democrático, no intuito de satisfazer as necessidades da maioria.
Desde ontem a noite, os restos do antigo regime, através do uso de milícias fortemente armadas e forças de segurança, tentaram dispersar uma ocupação pacífica de massas em frente ao comando do exército de Cartum com violência e balas reais. Isso pode ser seguido de tentativas de dissolver protestos semelhantes em outras cidades nas próximas horas ou dias.
Vários manifestantes foram mortos e dezenas feridos, e barracas nas ocupações foram queimadas. Essa repressão estendeu a disparos de balas reaise dentro das casas, bem como invasões nos hospitais onde os feridos estavam sendo tratados, cometendo brutal violência dentro das dependências dos hospitais. Manifestantes e ativistas dentro dos protestos também foram presos. As tropas do “Dagalo”, a cabeça das forças paramilitares operadas pelo governo sudanês (“Rapid Support Forces”), foram denunciadas de invadir lojas pela cidade para saquear e brutalizar pessoas nas ruas. Estão chegando agora informes de que alguns dos corpos daqueles mortos na ocupação não podiam ser retirados da área pelos manifestantes, e os mercenários sangrentos os levaram em carros e jogaram eles no Nilo.
Está claro que esse movimento é a execução prática de ordens vindas diretamente dos generais que comandam o Conselho Militar de Transição (CMT), que vem preparando o ataque à ocupação há dias por alegações de que se tornaram “uma ameaça ao país e seus manifestantes”. Rumores de banditismo, tumultos e contrabando de drogas estavam espalhados neste sentido. Já na última quinta-feira, o Ministro de Relações Exteriores alertou a equipe de embaixadas e missões estrangeiras a não visitar a área da ocupação, considerando que a velha guarda estava planejando seu movimento contrarrevolucionário, em uma tentativa de retaliação aos dois dias de greve-geral bem-sucedidos que ocorreram na terça e na quarta da semana passada.
O povo sudanês não se conforma simplesmente com a recente repressão. Pelo contrário, o povo revolucionário e a juventude têm heroicamente enfrentado e fechado a maioria das ruas da capital com barricadas. A Associação de Profissionais Sudaneses (SPA), principal central sindical, convocou ações massivas de desobediência civil e de greve, um chamado que a Alternativa Socialista do Sudão apoia incondicionalmente. A greve da semana passada já mostrou a força que tem uma ação decisiva pela classe trabalhadora, ao paralisar todo o país e deixar o poder dos generais suspenso no ar. Tais ações devem ser replicadas e estendidas até a queda do Conselho Militar de Transição. Nenhuma negociação pode acontecer mais em nosso nome com os generais sanguinários. O SPA deve romper imediatamente com as lideranças pró capitalistas e partidos da Declaração de Liberdade e Mudança, como o Umma e o Partido do Congresso, que estão vergonhosamente defendendo a aceitação de qualquer acordo à junta porque eles são, assim como a última, surpreendidos com os movimentos de massa.
Os comitês locais revolucionários e de greve devem assumir a organização coletiva de autodefesa contra a ameaça de contrarrevolução e a violência das milícias, e se articular com soldados revolucionários. Vamos continuar a lutar, até que um governo genuinamente revolucionário e que represente as aspirações do povo, juventude e trabalhadores sudaneses, democraticamente eleito e supervisionado por esses comitês seja estabelecido. Para proceder à essa mudança total necessária, tal governo precisará assumir a riqueza, as terras, e outros meios de produção das mãos da elite dominante corrupta, e torna-las em propriedade pública sob um planejamento democrático, no intuito de satisfazer as necessidades da maioria.
Nossas demandas:
- Greve geral e total desobediência civil até a queda do Conselho Militar
- Nenhuma negociação com os assassinos! Construir comitês de defesa em todos os lugares para resistir a ameaça de contrarrevolução
- Por um governo dos trabalhadores e dos pobres – por um Sudão livre, democrático e socialista
- Solidariedade Internacional com a revolução no Sudão!