Economia Mundial: Falsos “deuses” de um sistema decaído

Resenha de “Os Deuses que Falharam: Como a fé cega nos mercados nos custou nosso futuro”, por Dan Atkinson & Larry Elliot

Segundo os antigos gregos, “Os deuses enlouquecem primeiro aqueles que desejam destruir”. Mas segundo Larry Elliot e Dan Atkinson, os “deuses” de hoje – uma nova classe de super-financistas e seus ajudantes em organizações nacionais e internacionais, tais como os bancos centrais – são eles mesmos uns excêntricos embriagados pelo poder, que estão descarregando um caos econômico na Grã-Bretanha e mundialmente.

Este livro de fácil leitura – utilizando largamente a mitologia grega para acusar os “Novos Olimpianos” de um modo vivo e inteligente – é uma crítica devastadora do capitalismo “moderno”. De fato, se ele arrasa tanto com o neo-liberalismo e as forces políticas que o apóiam – todos os principais partidos da Grã-Bretanha – logicamente isso deveria levar à idéia da criação de uma nova força política alternativa. Argumentamos que isso significa um novo partido de massas dos trabalhadores. Infelizmente, os autores recuam disso, mas sua análise fornece toda a munição necessária para que outros tirem a mesma conclusão.

Desde a primeira página eles contrastam os ataques à chamada “cultura de atestado” da Grã-Bretanha, que até mesmo o Novo Trabalhismo se comprometeu em 1997 a terminar, com as grandes instituições financeiras “arranjando para si mesmas um estado de bem estar com níveis escandinavos de generosidade”. Mas estes “Novos Olimpianos” levaram “a economia mundial… ao precipício pela mania de especulação”. Além disso, Brown e antes dele Blair, “ao invés de enfrentar a City (centro financeiro de Londres), voltaram [sua] atenção para [atacar] a força de trabalho”. A seu ver, a Grã-Bretanha, segundo os autores, está “vivendo além de seus meios”, com os ricos empresários em particular “pagando impostos a uma taxa mais baixa do que seus faxineiros”. Isso transformou a Grã-Bretanha em um virtual “hedge fund”.

A indústria manufatureira foi à falência, mas o novo bote salva-vidas para a economia britânica, segundo Brown, são os serviços e a “economia do conhecimento”. Os autores demolem esta perspectiva. Como o The Socialist pontuou, e como Larry Elliot sublinhou em sua coluna no Guardian, tem havido um contínuo declínio na manufatura, o que em certa medida tem sido o caso na maioria das economias avançadas. Mas “O ritmo da mudança acelerou-se sob o Trabalhismo e os empregos manufatureiros foram perdidos a uma taxa mais rápida em partes do país onde já havia um excesso de mão de obra” [De Coutts, Glyn and Rowthorn, Structural Change Under New Labour; Cambridge Journal of Economics, Novembro de 2007.]

Serviços como solução?

Isso significa que 300.000 empregos manufatureiros foram perdidos sob o Novo Trabalhismo e substituídos com o quê? A muito exaltada indústria de serviços virá em socorro? Mas, como os autores pontuam: “O superávit nos serviços não chegou nem perto de anular o déficit nos bens de £84 bilhões, deixando um déficit comercial de mais de £54 bilhões, uma vez que o superávit nos serviços foi deduzido dos déficits nos bens.” [p180]

Mas a renda dos investimentos no estrangeiro não continuaria a abastecer a economia britânica? Os autores acabam com esta impressão: “Estas receitas estão empoleiradas no topo de uma posição negativa de ativos internacionais de £291,9 bilhões em 2006, uma piora sobre os £143,5 bilhões negativos vistos em 2005. Em outras palavras, os estrangeiros possuem mais do Reino Unido do que o Reino Unido possui do “estrangeiro”. Além disso, a idéia de que o capitalismo britânico é engenhoso e mais lucrativo que seus competidores é falsa: “O superávit dos rendimentos dos investimentos terceiro trimestre de 2007 foi zero”.

Estes não são fatos abstratos, dados esotéricos de nenhum interesse para a massa do povo britânico. Eles denotam um colapso e, advindo disso, um futuro duro, se não brutal, para a grande maioria da população. À medida que o resultado da crise sub-prime e do crédito se tornar evidente – refletido no rápido colapso do mercado imobiliário – então também o número de insolvências e falências de empresas irá subir, resultando em uma curva ascendente do desemprego. Isso será acompanhado pelo início de uma contração no rendimento familiar disponível, mesmo antes que todos os efeitos da crise econômica mundial tenham impactado a Grã-Bretanha.

Capitalismo é o culpado

As causas da crise são documentadas pelos autores e são familiares aos leitores do The Socialist. Temos procurado indicar tanto as causas do boom dos últimos 20 anos em uma série de artigos quanto seu inevitável colapso, cujo ritmo era a única coisa que está em dúvida. Contudo, há preciosas informações contidas neste livro, sublinhando a arrogância absoluta dos “Novos Olimpianos”, seu desdém pelos problemas do povo da Grã-Bretanha e do planeta como um todo.

Essa “hubris” – presunçosa arrogância – está resultando em uma “nêmesis” – catástrofe – para o capital financeiro na atual crise, escrevem os autores. Eles são, contudo, um pouco unilaterais ao escolher para uma crítica especial apenas os financistas. A classe capitalista como um todo – incluindo aqueles nas “indústrias produtivas” – engajou-se em uma orgia de especulação em ações, propriedades e na selvagem dilatação da dívida. Foi Karl Marx que pontuou que a especulação, como a pobreza, são componentes do capitalismo. Ele escreveu que uma melhora econômica do capitalismo inevitavelmente leva à criação do “caráter agradável da profissão de vigaristas e profetas”.

Os autores, portanto, são críticos de um aspecto do capitalismo e não do sistema como um todo. Eles não obstante escrevem: “A resposta ao desastre do Mercado ajuda a ilustrar… que, apesar dos falsos elogios prestados à democracia, as sociedades ocidentais são efetivamente governadas por oligarquias monetarizadas, que têm tão pouco tempo para seus escravos assalariados quanto a elite dirigente da Antiga Atenas”.

Os autores contrastam a recusa do novo Trabalhismo de dar plenos direitos trabalhistas aos trabalhadores das agências de empregos, muitos dos quais são imigrantes, com Alistair Darling, o chanceler, que “anunciou que estava rebaixando suas propostas de taxar mais pesadamente um grupo de imigrantes – os chamados ‘não-doms’ (residentes não-domiciliados), que são muito ricos e usam Londres como paraíso fiscal”.

Eles também falam do papel do crédito ou da dívida na criação da bolha financeira que está agora estourando, com terríveis conseqüências para milhões nos EUA – algumas cidades estão sendo renomeadas como “Bancarrotavilles” – e logo para o resto do mundo. Eles apontam a posição exposta das “economias ensopadas de dívidas” dos EUA e da Grã-Bretanha. Toda a fraude da “segurização” – isto é, vender papéis de dívidas para alguém – está claramente elaborada, o que resultou na crise sub-prime nos EUA e sua disseminação para o resto do mundo. A dívida na América, por exemplo, atualmente representa 300% do produto interno bruto e “na última vez em que houve esse nível centenas de bancos entraram em falência na Grande Depressão; o crédito tem se expandido nos EUA a um ritmo que é mais do que o dobro que era nos anos 20; os bancos nos EUA, Grã-Bretanha e Europa estão alimentando perdas ainda desconhecidas como resultado das hipotecas sub-prime.”

E isso foi tornado possível pela contra-revolução desregulamentadora, a partir dos anos 80 até hoje. Os autores descrevem isso como uma “revolução permanente”, um eco da idéia de Trotsky para a revolução socialista nos países subdesenvolvidos. Mas na verdade o que foi empreendido é uma “contra-revolução permanente” contra os direitos e condições da classe trabalhadora e dos pobres. Ao descartar os controles pós-1945 sobre a economia e os bancos, assim como sobre a City, ela “abriu as portas para uma dilapidação em grande escala dos ativos e da execução de negociações, elevando a City – ou o ‘setor de intermediação financeira’, para usar seu nome prosaico oficial – acima de outros atores econômicos”. Um comentarista concluiu: “Um setor da sociedade, preocupado principalmente em mover dinheiro, traiu os outros setores. Essa foi uma das maiores fraudes já feitas”.

Porque então a destruição generalizada dos ativos produtivos – com conseqüências particularmente desastrosas na Grã-Bretanha, com a destruição da indústria manufatureira – não causou uma revolta e miséria generalizadas como nos anos 80? Os autores explicam: “Por algum tempo, essa enorme expansão do crédito ao público geral forneceu um substituto para a prosperidade verdadeira. Os políticos, para quem um senso histórico é, como a leitura, um acessório muito opcional hoje em dia, concluem que a liberalização financeira “funcionou”. Contudo: “como qualquer droga, as finanças liberalizadas acarretam mais prejuízos a cada dose”. Uma nova “classe de ativos”, baseada na propriedade e em da investimentos em participação, prosperou às custas de “maiores prejuízos ao setor produtivo da economia”.

De volta a Keynes?

Os autores mostram que os economistas de direita, liderados por Friedrich von Hayek e Milton Friedman na situação pós-1945, embora fossem forçados a aceitar a “economia mista” – um setor estatal ao lado de uma maioria em mãos privadas – nunca se reconciliaram totalmente com ela. Eles lutaram consistentemente para “fazer o estado retroceder”, e descobriram seu instrumento para isso em Thatcher e seus governos no final dos anos 70 e nos 80, e em Reagan nos EUA.

Contudo, isso não foi apenas uma “conspiração” da direita em nome dos “Novos Olimpianos”. Os anos 80 viram os limites do meio termo da “economia mista” – a que Larry Elliot e Dan Atkinson desejam retornar. Eles, por exemplo, rejeitam a experiência do governo Mitterrand no inicio dos anos 80 na França. Esse governo nacionalizou setores significativos da indústria. Mas a pressão esmagadora do Mercado foi tal – e Mitterrand não eliminou completamente o poder dos grandes negócios – que esse governo foi forçado a recuar. Isso coincidiu com o desenvolvimento de novas tecnologias, informática etc., que forneceram o ímpeto para a nova direita se apresentar como os “grandes libertadores” da economia das mãos do estado, assim como dos “sindicatos super-poderosos”.

As supostas “restrições” que Thatcher e depois Reagan eliminaram eram os direitos duramente conquistados de defesa da classe trabalhadora contra a jamanta do capitalismo. Curiosamente, os autores revelam que a desregulamentação das linhas aéreas nos EUA, que levou à brutal derrota da luta dos controladores do tráfego aéreo em 1981, foi também apoiada no Congresso por Edward Kennedy, o Democrata ‘liberal’. Isso é apenas um indicativo do caráter empresarial dos dois principais partidos dos EUA, e agora também dos três na Grã-Bretanha.

Northern Rock

Há um excelente capítulo sobre a saga do Northern Rock, que repete dados já conhecidos mas também acrescenta coisas à nossa compreensão do que se passou. O presidente do Northern Rock era Matt Ridley, sobrinho do notório ministro Conservador de extrema-direita Nicholas Ridley, que preparou os planos para Thatcher subseqüentemente esmagar os mineiros em 1984-85. Os autores comentam que ele “batalhou incansavelmente contra a mão morta do estado”, como antigo “jornalista cruzado do livre mercado”. Agora, quando seu próprio banco teve problemas, ele estendeu uma vasilha de mendigo e espera-se que o estado intervenha.

Estes ambiciosos luminares não se queimaram no colapso do Northern Rock. Applegarth, o ex-presidente executivo do Northern Rock, recebeu 12 pagamentos totalizando £760.000 como seu pacote de demissão. Ele também pôde usar os £2,6 milhões das vendas de suas ações nos 18 meses anteriores ao desastre do banco. Além disso, em 10 anos ele também pôde valer-se de £2,5 milhões de pensão. Enquanto isso, 2.000 trabalhadores do Northern Rock foram para o olho da rua.

Os autores também divertem-se muito descrevendo os indignos giros de Brown e Darling para evitarem nacionalizar o Northern Rock. Eles tinham um terror quase supersticioso da nacionalização e uma determinação igualmente irracional de obter uma “solução no setor privado”. Eles mostram que mesmo um lar dos “deuses”, o grande banco Goldman Sachs, preferia a solução da nacionalização. Esta é uma medida de “capitalismo de estado” ao invés de uma proposta socialista clara. Mas o Novo Trabalhismo, atrelando firmemente com o neoliberalismo, recusa-se ir voluntariamente por esta via.

Soluções

Quais são as soluções para os “deuses que falharam”? Este livro, apesar de suas vigorosas críticas ao neoliberalismo, não está totalmente do lado classe trabalhadora e do movimento operário. Na verdade, ele defende a recém-“oprimida” classe média. Mas muitos desses, como os professores e os “servidores públicos”, agora descobrem-se nas fileiras da classe trabalhadora, em virtude da mudança de suas condições e rendas severamente reduzidas.

O que aconteceu com a classe operária industrial nas derrotas da greve dos mineiros e dos gráficos nos anos 80, por exemplo, está agora sendo desencadeada – desta vez pelo Novo Trabalhismo – contra a “classe média”: o fechamento de agências de correios nas áreas rurais, o ataque à advocacia, com a Tesco (maior empresa varejista da Grã-Bretanha) oferecendo assessoria legal e agora as propostas de “policlínicas”, com a eliminação progressiva dos cirurgiões locais.

Há também a idéia do Novo Trabalhismo de que companhias comerciais terão permissão de conceder “qualificações nacionalmente reconhecidas”, à frente delas o MacDonald’s. Mas ao contrário das expectativas dos autores, a moderna classe média – micro-empresários em extinção, jornalistas transformados em “churnalistas” (jornalistas que fazem matérias rapidamente sem conferir os dados, como um “jornalismo de morteiro”), administradores, técnicos etc., trabalhando mais para grandes empresas – está mais dependente dos grandes negócios do que nunca. Ela, portanto, tem um interesse comum em se unir com a massa da população, que é a classe trabalhadora e os pobres, e enfrentar não apenas os “deuses que falharam”, mas o próprio sistema capitalista.

A solução geral dos autores é keynesiana – a intervenção do estado para amortecer os efeitos do mercado, incluindo aumento de gastos para absorver a “demanda deficiente”. Como Paul Krugman, cujo livro The Conscience of a Liberal resenhamos em número recente do The Socialist, eles tentam invocar a imagem de Roosevelt e do New Deal nos EUA após o colapso da economia americana entre 1929 e 1933. Eles se apressam em pontuar: “Nem Lorde Keynes nem o Presidente Roosevelt estavam remotamente interessados em criar um estado operário”. De fato, ambos eram firmes defensores do capitalismo. Eles atacavam os “excessos” de um setor da classe capitalista para melhor defender o sistema como um todo.

O New Deal de Roosevelt

Este livro faz uma idealização ao louvar o New Deal de Roosevelt. Como pontuamos em relação à Krugman, o New Deal veio em uma época quando a economia dos EUA estava, em todo caso, recuperando-se e absorvendo apenas parcialmente alguns dos desempregados. Além disso, as celebradas medidas de Roosevelt em defesa dos direitos dos trabalhadores foram impostas a ele pela situação e foram efetivas apenas parcialmente. É verdade que Roosevelt desafiou os capitalistas, pelo menos um setor deles, os “deuses” da época, os grandes financistas. Assim fez Churchill, como os autores mostram, e mesmo o governo Trabalhista de Attlee em 1945. Eles tinham uma vantagem sobre o patrão médio, na forma de previsão e compreensão melhor do que era exigido para o sistema como um todo em pontos de inflexão decisivos. Isso envolvia algumas concessões temporárias à classe trabalhadora.

Tais medidas efetuariam uma grande mudança na situação de hoje? Como os próprios autores pontuam, os enormes déficits na Grã-Bretanha e nos EUA, tanto comercial quanto estatal, deixam pouco espaço para medidas keynesianas clássicas. Isso não significa que os capitalistas não irão recuar – adotar uma forma de keynesianismo – quando enfrentarem o beco sem saída do sistema e uma revolta da classe trabalhadora. Mas dando com a mão esquerda eles procurarão tomar de voltar qualquer concessão com a direita, especialmente através da inflação.

A solução dos autores à presente situação, na Grã-Bretanha e mundialmente, é um “novo populismo”. De certa forma, eles desejam “voltar ao futuro” introduzindo restrições sobre o capital financeiro. Também querem medidas para a “proteção e fortalecimento de uma classe média independente”. Eles sustentam que “estabilidade e tranqüilidade social são mais importantes do que a eficiência do mercado ou o valor do acionista”. Eles, em particular, querem reintroduzir controles sobre o capital e o movimento do capital.

Nenhuma destas propostas, contudo, toca fundamentalmente nas bases do capitalismo. Por exemplo, eles querem a reintrodução de um tipo de Lei Glass-Steagall, introduzida nos EUA nos anos 30, revogada no recente período de resregulamentação capitalista. Não era a mesma coisa que a nacionalização dos bancos e das companhias de seguros que nós, como o movimento operário na época, defendemos.

Significativamente, Atkinson e Elliot querem “construir alianças com os remanescentes do trabalho organizado”. A escolha do termo “remanescentes” significa claramente que o movimento dos trabalhadores seria a cauda de um “movimento” amplo, centrado em grande parte na “classe média”.

É preciso um partido dos trabalhadores

Contudo, a espinha dorsal de qualquer movimento vitorioso deve ser a classe trabalhadora. Os autores dizem corretamente que os “empregados estatais precisam reconhecer que a noção de ‘setor público’ como entendido tradicionalmente está sob ataque, do Novo Trabalhismo tanto quanto da direita”. Mas apesar disso, eles não sugerem um instrumento político, fora uma vaga forma de “populismo”, para lutar e implementar esse programa.

Os Tories, o Novo Trabalhismo e os Liberal-Democratas são um só na defesa do capitalismo neoliberal – “controlado pelos deuses”. É verdade, como os autores defendem, que “Esses deuses falharam. É tempo de se viver sem eles”. O único modo, contudo, de conseguir esse louvável objetivo é começar a criar agora a base para um novo partido, um partido de massas da classe trabalhadora e dos pobres, abarcando setores da classe média. Seu programa pode ecoar, em primeira instância, algumas das demandas levantadas pelos autores. Este pode ser um tipo de keynesianismo ou reformismo de esquerda, que prevaleceu no Partido Trabalhista nos anos 70 e começo dos 80. Embora limitado, isso representaria um passo a frente comparado com a situação atual. Os marxistas defenderiam um desafio programático muito mais incisivo ao capitalismo, um que desencadeasse uma ruptura com o sistema, que, como os próprios autores explicam eloqüentemente, ameaça arrastar a Grã-Bretanha, seu povo e o mundo inteiro em um abismo econômico e social.

Livros como esse devem ser saudados calorosamente. Eles ajudam a romper com o entorpecedor impasse neoliberal, que apoiou ideologicamente os brutais ataques à classe trabalhadora e aos pobres nas últimas três décadas. Uma nova batalha de idéias – reforçada pelos grandes eventos a que a atual crise irá levar – verá as ricas idéias e o programa do socialismo de volta na agenda. 

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