O que é o Movimento da Juventude Trabalhadora?

 

Construído por jovens desempregados, estudantes, estagiários, teleoperadores, jovens excluídos da educação, do lazer e da cultura, entre outros, o Movimento da Juventude Trabalhadora (MJT), surge como uma ferramenta de luta. 

A necessidade de construir o MJT já surgiu quando o crescimento das cidades condenou a exclusão e a periferia grande parte da nossa juventude, sem infra-estrutura e acesso ao lazer e a cultura. Surgiu, também, com a elitização e o sucateamento da educação. 

Surge da necessidade de organizar e lutar

Quando o neoliberalismo avançou, com as ondas de privatização, terceirização, retiradas de direitos, excluindo 27% da nossa juventude do mercado de trabalho e dos estudos e submetendo aqueles, que ainda conseguem emprego, a trabalhos precários e super explorados, já existia um embrião do MJT.

O MJT surgiu, então, da necessidade concreta de organizar a juventude para dizer um basta a opressão e a exploração. Essa juventude que enfrentou a ditadura, exigiu diretas já, pintou o rosto para derrubar o presidente e por tantas vezes apanhou da polícia para lutar pelo que é nosso por direito.

Movimento dos Sem Edução

Muitos de nós estivemos na construção do MSE (Movimento dos Sem Educação), que lutava pelo fim da peneira social, que é o vestibular, por uma educação pública, gratuita e com qualidade para todos. O MSE ocupou reitorias, a Fuvest e salas de aulas para exigir o direito mínimo e básico, que é a educação. Obtivemos várias vitórias, como a ampliação significativa das isenções da taxa do vestibular da Fuvest.

O MJT está se ampliando para diferentes regiões e estados, como Guarujá, Campinas, Taboão da Serra, Rio de Janeiro, Paraná, entre outros. Em São Paulo, o MJT, tem focado seus esforços na luta pelos direitos dos operadores de telemarketing, já que esta é uma das categorias que mais cresce, emprega jovens, apresenta uma enorme rotatividade, recebe um salário de miséria, e é submetida à assédios morais, além de não ter garantia de seus direitos.

Organizamos várias atividades e protestos em diferentes empresas de telemarkerting (Atento, Dedic, Meta, Teletech, Contractors). Desenvolvemos uma pesquisa que denuncia as condições de precariedade e exploração dos operadores telemarketing, a qual trouxemos à público no dia 28 de abril, dia da Saúde do Trabalhador, em um ato denúncia na Rua Sete de Abril, centro da cidade de São Paulo.

Os movimentos sociais e a classe trabalhadora não estão se calando diante dos diversos ataques do governo Lula, como a nova reforma da previdência, a reforma sindical, a trabalhista e a universitária. Sem falar nas formas mais “sutis” de implementar as políticas neoliberais, como a Super Receita, as PPPs, o Super Simples e o PAC.

Unindo as lutas

No dia 25 de março mais de 6 mil trabalhadores no Brasil se organizaram em um encontro contra as reformas neoliberais, que deu início a uma jornada de lutas. O MST, MTST, Conlutas, Inter­sindical, professores da Apeoesp, metroviários, funcionalismo público e as universidades estaduais de São Paulo já iniciaram suas batalhas. 

É fundamental que construamos no dia 23 de maio, como um grande dia unificado de lutas em todo país e a juventude trabalhadora não poderá ficar fora desta. Junte-se a nós!

★ Fim do desemprego! Redução da jornada de trabalho sem redução de salários! 

★ Contra hora-extra forçada.

★ Direito a intervalo de almoço! Vale transporte e vale alimentação que cubram os gastos! Direito a auxílio-creche!

★ Estágios regulamentados, remunerados e com oritentação para todos!

★ Salário digno para todos, rumo ao salário mínimo do DIEESE (1.600 reais) garantido a todos!

★ Democratização do acesso à universidade pública! Universidade pública, gratuita e de qualidade para todos! Fim do vestibular! 

★ Redução da jornada para possibilitar estudos! Direito de folga no trabalho em dia de prova.

★ Assistência estudantil gratuita em todos os níveis: moradia, alimentação e saúde. 

★ Não à contra-reforma universitária do governo Lula! Verbas públicas só para o ensino público! 

★ Elevação dos investimentos em educação para 15% do PIB! 

★ Passe-livre já para estudantes e desempregados!

★ Combate ao desemprego e à pobreza nas periferias: Trabalho para todos. Pela reforma urbana, moradia e infra-estrutura para todos!

★ Precisamos de mais direitos – não menos! Contra as reformas trabalhista, sindical e da previdência do governo Lula!

★ Não pagamento da dívida aos grandes capitalistas para financiar a educação, os serviços públicos e o desenvolvimento econômico e social!

★ Unificar as lutas para combater os ataques neo­liberais dos governos federal, estaduais e municipais!