Derrubar as contrarreformas e Temer juntos!
Eleições diretas e gerais já! Tomar as ruas e construir uma greve geral de 48 horas!
Michel Temer e a quadrilha que ocupa o Palácio do Planalto estão por um fio!
O presidente ilegítimo foi flagrado promovendo pessoalmente, diante do empresário Joesley Batista da JBS, o pagamento de suborno para que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, hoje preso em Curitiba, mantivesse a boca fechada em relação aos seus negócios escusos.
A delação e gravações feitas pelo empresário não apenas comprovam a responsabilidade criminal de Temer, como ainda ferem de morte o senador Aécio Neves, até ontem presidente do PSDB. Aécio também foi flagrado pedindo 2 milhões de reais para a JBS com o objetivo de custear sua defesa diante das acusações de corrupção.
O presidente golpista insiste em dizer que não irá renunciar. Mas, Temer e sua gangue estão à beira do precipício. Nosso papel é dar o empurrão final, derrubar esse governo e tudo o que ele representa. É preciso tomar as ruas aos milhões até que o governo caia definitivamente!
As mobilizações que estão acontecendo em várias cidades devem confluir para grandes manifestações no próximo domingo, 21 de maio, em todo o Brasil. A marcha sobre Brasília no dia 24 de maio deve ser reforçada e transformar-se em uma grande mobilização de massas contra Temer e suas contrarreformas.
E o mais importante: é preciso que as Centrais Sindicais marquem a data de uma nova Greve Geral, dessa vez de 48 horas, para enterrar de vez esse governo e as contrarreformas trabalhista e da previdência!
Mas, atenção!
Foi a classe dominante, os banqueiros e grandes empresários, que nos enfiaram Temer goela abaixo através de uma manobra golpista. Seu objetivo era, no contexto do agravamento da crise capitalista, conseguir aprovar suas contrarreformas e ataques aos trabalhadores.
Se agora eles se veem obrigados a aceitar a queda de seu governo, isso não significa que nossa vitória já esta completa. Tentarão entregar os anéis para manter os dedos!
Seu objetivo principal nunca foi manter Temer a qualquer preço, mas sim garantir a aprovação das contrarreformas em tramitação no Congresso.
Se Temer de fato cair, buscarão promover mais uma manobra institucional para que um novo presidente seja indicado indiretamente pelo próprio Congresso Nacional com o objetivo de manter a tramitação dos projetos de contrarreformas.
Tentarão dar um ar de legitimidade a esse novo presidente buscando uma figura que aparente ser de fora do cenário político, alguém do judiciário ou um economista, etc. Seria uma personalidade supostamente neutra, movida por razões técnicas e não “ideológicas” e que refletisse um esforço de “unidade nacional”, blá, blá, blá.
Balela! Continuarão tentando nos fazer engolir as contrarreformas através desse discurso mentiroso de que elas são necessárias e que não há outra saída.
Eles sabem que não podem submeter à consulta popular as atrocidades que querem aprovar no Congresso e implementar contra os trabalhadores e o povo brasileiro.
É preciso dizer em alto e bom som que não aceitaremos isso! Nem a indicação indireta de um presidente por esse Congresso corrupto e sem moral, nem a continuação da tramitação das contrarreformas da previdência e trabalhista no Congresso!
Nossa alternativa é que o povo deve decidir! Exigimos eleições diretas já para presidente e para o Congresso! Eleições organizadas a partir de regras efetivamente democráticas.
Quem quiser pleitear a presidência da república terá que assumir publicamente uma posição sobre as medidas de ataque e contrarreformas de Temer. Terá que enfrentar uma opinião pública amplamente contrária a essas medidas.
O mesmo vale para o Congresso Nacional. A maioria dos deputados e senadores foi financiada em suas campanhas por um pequeno grupo de grandes empresas que são donas de seus mandatos e promovem os vergonhosos esquemas corruptos.
A defesa de eleições diretas e gerais já, reivindicando a soberania popular, representa um obstáculo à aprovação das contrarreformas!
Mas, nossa luta tem que ir além. Precisamos oferecer uma alternativa da classe trabalhadora diante da mais grave crise da história do país em muitas décadas.
É preciso denunciar todo esse sistema político falido, um sistema baseado no controle das instituições políticas por um punhado de grandes empresas e bancos. Queremos uma reforma política radical, democrática, popular e anticapitalista!
Mas, a luta por uma democracia real em nosso país é também a luta pelo direito ao trabalho, moradia, saúde, educação. É a luta por outro sistema econômico. Devemos começar suspendendo o pagamento da dívida pública aos grandes tubarões capitalistas e avançar na direção do controle dos trabalhadores sobre os setores chave da economia.
Nesse cenário, devemos também construir a quente, nas lutas dos trabalhadores e do povo, uma alternativa política unificada da esquerda socialista, uma alternativa que responda aos planos de ataques da direita neoliberal, mas que também rejeite a política de conciliação de classes do PT e do Lulismo.
Uma nova etapa intensa e dura da luta dos trabalhadores se inicia. Vamos até a vitória!