Preparando um ano de lutas na USP
O ano de 2007 foi marcado por um grande avanço das lutas organizadas pelo movimento estudantil da USP. Impulsionadas pelos decretos do Governador Serra, que atacavam a autonomia universitária e abriam espaço para privatizações dentro da USP, tais lutas – que tiveram como ápice a ocupação da reitoria da USP durante 51 dias – repercutiram na mídia e, mais importante, obtiveram importantes vitórias, tais como reformas no prédio da História e Geografia, ”bandeijão” nos finais de semana, aumento do número de vagas para moradia estudantil, eliminação parcial dos decretos, dentre outras.
Todavia, uma das mais importantes vitórias deste movimento foi aglutinar um elevado número de estudantes nas mobilizações e aumentar o nível do debate político, que estava e ainda está presente entre os estudantes.
Calourada 2008
Embora o clima festivo tenha predominado durante a semana da calourada, os debates políticos tiveram grande destaque por dois motivos. Primeiro, o nível elevado das discussões, principalmente nos debates sobre “América Latina e Imperialismo” e sobre a ”ocupação da reitoria”. Segundo, a alta participação dos calouros nestes debates, o que reflete uma maior participação e preocupação política dos mesmos.
Sem dúvidas,o os impactos gerados pelas lutas de 2007 refletem uma maior ”politização” dos calouros deste ano. Exemplo disso foram as afirmações de calouros dizendo que ”se necessário, ocuparemos de novo” ou ”estamos prontos para ocupar”. Para defender nosso direito de estudar e a educação pública, mobilizações estudantis deverão ser realizadas.
As necessidades de melhoras nas condições do prédio – no caso da História e Geografia –, mais professores, mais assistência estudantil, dentre outras reivindicações e os ataques à educação pelo governo Lula – como a continuação da Reforma Universitária – e por parte da corja tucana em São Paulo exigirão respostas dos estudantes.
Por isso, o movimento estudantil deverá se mobilizar, aproveitando-se do impulso que a ocupação da reitoria deu ao movimento estudantil e agregar o maior número de estudantes nos novos processos de luta que surgirão. Sem dúvidas, o Socialismo Revolucionário será parte da luta dos estudantes por nossas reivindicações!