Israel: Shimon Peres e o mito da “pomba da paz”

Uma vida inteira a serviço do grande capital, do militarismo e da opressão nacional do povo palestino

O ex-primeiro-ministro israelense Shimon Peres morreu no dia 27/09, aos 93 anos de idade. No artigo que publicamos a seguir, dois dirigentes do Movimento Luta Socialista de Israel/Palestina, organização vinculada ao Comitê por uma Internacional dos Trabalhadores (a organização internacional da LSR), desmistificam a falsa imagem construída em torno da figura de Peres e ao mesmo tempo recapitulam parte da história do Estado de Israel, uma história marcada pela opressão e massacre sobre o povo palestino.

Representantes de 70 países e organizações internacionais participaram do funeral do ex-presidente Shimon Peres em meio a um crescente isolamento internacional do governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

O funeral acabou transformando-se em “uma conferência internacional na qual todos os participantes, talvez com a exceção dos representantes do governo israelense, uniram-se em torno do principal legado [de Peres] nos últimos 25 anos – os Acordos de Oslo e a solução dos dois estados”, escreveu o comentarista político do jornal Haaretz, Barak Ravid. O presidente dos EUA, Obama, enfatizou durante sua homenagem no cemitério do Monte Herzl que Peres uma vez disse a ele que “o povo judeu não havia nascido para dominar outro povo”.

Governos por todo o mundo, e também parcelas do establishment israelense, viam em Peres uma espécie de influência moderadora sobre a política nacionalista e de incentivo aos assentamentos judaicos do atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, uma política provocativa e arrogante que é vista por esses setores como mais uma ameaça à estabilidade da região.

Além do presidente dos EUA Obama, de Bill Clinton, do presidente francês Hollande, do presidente da Comissão Europeia e do secretário-geral da OTAN, o funeral também contou com a participação de representantes dos governos do Egito, Turquia, Omã, Marrocos e Bahrein e do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

O fato de que as delegações dos países da região não incluíram chefes de estado e que aqueles que participaram mantiveram um perfil relativamente discreto indica que estão conscientes “da extensão da raiva doméstica e regional diante das políticas de Israel em geral e as de Peres em particular”, como comentou o jornalista da Al-Jazeera, Sharif Nashashibi. A participação de Abbas foi recebida com desprezo por muitos entre a população palestina nos territórios ocupados. Na Universidade de Birzeit, a organização estudantil ligada ao Fatah, partido de Abbas, chegou a defender sua renúncia.

A trajetória real de Peres, a dita “pomba da paz” que ganhou um prêmio Nobel, está em direta contradição com o avanço da paz na região. De acordo com o jornalista do Haaretz Gideon Levy, “esse homem não fez quase nada para dar um fim à ocupação… ele era apenas a face bonita de Israel para fora – mas, por trás dessa face, infelizmente, estava escondida uma quantidade não desprezível de fraudes”.

Peres defendeu tanto dentro como fora de Israel, cada uma das guerras e dos ataques militares que Israel conduziu. Além disso, Peres promoveu ataques históricos às condições de trabalho e ao nível de vida da classe trabalhadora em Israel.

A Lista Unificada foi o único setor do Knesset (parlamento de Israel) que não enviou representantes ao funeral. Os representantes dos partidos que participam da Lista Unificada sofreram uma onda de ataques por, corretamente, recusarem-se a colaborar com um espetáculo político cujo objetivo é alimentar um mito que esconde as décadas em que Peres adotou políticas que custaram muito para os trabalhadores e pobres.


Guerra imperialista e armamento nuclear

Peres foi um membro do Knesset por quase meio século. Ele fez parte de doze governos, foi primeiro-ministro por dois períodos curtos – como parte de um acordo de revezamento com Yitzhak Shamir (de 1984 a 1986) e por meio ano depois do assassinato do ex-primeiro-ministro Rabin. Peres jogou um papel central, por gerações, na conformação do Estado capitalista de Israel, desde seu tempo no MAPAI (Partido dos Trabalhadores da Terra de Israel, um partido político sionista de “centro-esquerda” e a força dominante na política israelense até o surgimento do Partido Trabalhista israelense em 1968) até seu mandato como presidente de 2007 a 2014. Ele colaborou, na prática, com o governo de Benjamin Netanyahu buscando atenuar as pressões internacionais que cresceram em razão da continuação da construção dos assentamentos de colonos judeus em território palestino e o cerco à faixa de Gaza.

Ao contrário de outros líderes políticos de sua geração, Peres não ingressou na política como um militar e nunca foi um soldado. Mas, ele liderou a causa do armamento do Estado de Israel e a construção de alianças com as principais potências capitalistas.

Ele nasceu em 1923 e emigrou com sua família, com a idade de 11 anos, partindo de uma cidade na Polônia (hoje parte da Bielorrússia). Com a idade de 18 anos, Peres foi eleito para o posto de secretário da “HaNoar HaOved” (“A Juventude Trabalhadora”, uma organização de juventude trabalhadora sionista) que era filiada ao MAPAI. Em 1947 ele foi recrutado, em meio ao movimento armado para criar o Estado de Israel, para o quartel-general da milícia Hagana, onde foi responsável pela compra de armas das potências estrangeiras.

Depois da guerra, durante a qual a catástrofe da Nakba palestina aconteceu, a França era a principal fornecedora de armas para Israel. Peres passou a exercer a função de gerente geral do Ministério da Defesa. Nessa posição seu foco principal foi o armamento das Forças de Defesa de Israel (IDF), expandindo a indústria bélica israelense (a formação das empresas Indústrias Aeroespaciais de Israel e Rafael), e construindo uma relação estratégica com a França. Peres encontrou-se com representantes das potências imperialistas e agiu para convencê-las de que o novo Estado de Israel estaria pronto para atuar como vanguarda na guerra contra a continuação dos levantes anticolonialistas na região.

Esse é o pano de fundo da Guerra do Sinai de 1956 que foi desencadeada por Israel, Grã Bretanha e França contra o Egito, como uma resposta à nacionalização do Canal de Suez por parte do governo egípcio de Nasser. O planejamento da ocupação da península pelas Forças de Defesa de Israel tomou dois anos e incluiu várias reuniões secretas entre Peres e o ministro da defesa da França, Marie-Pierre Kœnig.

O imperialismo francês recompensou Israel com um acordo secreto visando a construção de um reator nuclear em Dimona, assinado em outubro de 1957. Peres é considerado o “pai” do acordo que criou o programa nuclear militar israelense. Fazem exatos trinta anos desde que, depois de receber uma ordem de Peres, que então era primeiro-ministro, agentes do Mossad (serviço secreto israelense) sequestraram fora do país o ex-técnico nuclear israelense Mordechai Vanunu por ter delatado segredos sobre o programa nuclear israelense.

Através dos anos, Peres usou o programa nuclear para estabelecer novas alianças internacionais, incluindo aquela com o regime do apartheid na África do sul.


“De Dimona a Oslo”

“Certa vez fui perguntado sobre como eu gostaria de descrever minha biografia. Eu disse: de Dimona a Oslo”, declarou Peres. De acordo com ele, “Dimona pavimentou o caminho para Oslo”. Com isso, ele quer dizer que o arsenal nuclear excluiu qualquer possibilidade de que Israel fosse derrotado militarmente e que isso convenceu a OLP (Organização para a Libertação da Palestina) a negociar e fechar acordos com Israel. Na verdade, as armas nucleares não promoveram a paz na região. Elas não evitaram guerras por décadas e apenas reforçaram a arrogância da classe dominante israelense e sua recusa em fazer concessões significativas.

Por anos, depois da ocupação de 1967, Peres promoveu entusiasticamente a “opção jordaniana”: colocar as áreas da Cisjordânia habitadas por palestinos sob a soberania da Jordânia e ao mesmo tempo anexar os assentamentos judeus, o Vale do Jordão e Jerusalém oriental a Israel – um programa que hoje seria recebido com simpatia pelas bases do “Lar Judaico” (partido religioso sionista populista de direita). Em 1976, Peres convocou eleições para as municipalidades palestinas em territórios da Cisjordânia. Ele tinha a expectativa que disso pudesse resultar a eleição de dirigentes que concordariam em colaborar com seus planos. Mas, o tiro saiu pela culatra uma vez que os grandes vencedores das eleições foram representantes identificados com a OLP. Em 1987, como ministro de relações exteriores no segundo governo de Shamir, Peres assinou um acordo com o rei Hussein da Jordânia, o “Acordo de Londres”. Porém, Shamir estava determinado a promover sua política da “Grande Israel” e rejeitou o acordo.

No final daquele ano, explodiu a primeira Intifada: o heroico levante de massas dos palestinos nos territórios de 1967 contra a ocupação e pela libertação nacional. O medo da monarquia jordaniana de que esse levante pudesse expandir-se obrigou o rei Hussein a declarar que a Jordânia recuava de todas as suas demandas em relação a territórios da Cisjordânia. O governo israelense de coalizão entre o Likud e o Partido Trabalhista reprimiu brutalmente, por meio militares, o levante e denunciou a ideia de uma conferência internacional e de negociações entre israelenses e palestinos. Porém, sob forte pressão dos EUA depois da primeira guerra do Golfo em 1991, o último governo de Shamir foi forçado a tomar parte nesse tipo de reuniões, a Conferência de Madrid.

A classe dominante israelense foi chegando à conclusão de que a Intifada havia mudado a relação de forças e tornado a ocupação direta de territórios muito custosa, tanto militar, como política e economicamente. A classe dominante esforçou-se então para reorganizar o controle sobre os territórios. Depois das eleições de 1992, Peres, que nessa época era ministro das relações exteriores do governo Rabin, junto com seu vice-ministro, Yossi Beilin, fez contatos secretos com representantes da OLP, contatos esses que foram colocados fora da lei pelo governo do próprio Peres em 1986!

Peres explicou no Knesset (Parlamento), depois da assinatura do primeiro acordo: “Esse acordo é sobre Gaza e Jericó. Sobre o que virá depois, eu me oponho a um Estado Palestino separado”. Como um eco da “opção jordaniana”, que não estava na agenda, sua precondição para o reconhecimento de um futuro Estado Palestino era que ele deveria estar subordinado à Jordânia, como parte de uma “Confederação jordaniano-palestina”.

Apesar das enormes esperanças que surgiram no início entre as massas dos dois lados do conflito, os Acordos de Oslo eram, na realidade, apenas uma cortina de fumaça para a expansão dos assentamentos e uma maneira mais sofisticada para eliminar a possibilidade da formação de um genuíno Estado Palestino independente.

A expansão dos assentamentos durante o período de Oslo era uma continuação lógica das políticas do primeiro governo Peres-Rabin, de 1974 a 1977. Peres e Rabin (apesar de diferenças táticas entre eles) viam na construção dos assentamentos um chicote contra as massas palestinas e um instrumento para fazer avançar a anexação dos territórios da Cisjordânia.


“Vinhas da ira”

Os poucos meses em que Peres atuou como primeiro-ministro de um governo de transição após o assassinato de Rabin, foram tempos de intensificação do conflito com os palestinos. Foram marcados pela política das Forças de Defesa da Israel (IDF) de sitiar os territórios e também por ataques terroristas dentro de Israel após o assassinato do militante do Hamas Yahya Ayyash. Uma guerra no Líbano – denominada operação “Vinhas da ira” – foi planejada por aquele governo.

Está claro que não foi mera coincidência que a operação “Vinhas da ira” tenha acontecido poucas semanas antes das eleições para o Knesset e para o posto de primeiro-ministro. Os ataques com mísseis Katyusha por parte do Hezbollah sobre o norte de Israel foram utilizados como desculpa para o bombardeio de vilas majoritariamente xiitas no sul do Líbano, intencionalmente provocando uma onda de refugiados. Depois de uma semana de ataque, as Forças de Defesa de Israel (IDF) bombardearam a aldeia de Qana tirando a vida de 106 refugiados libaneses alocados em um abrigo da ONU, metade deles eram crianças. Peres alegou que tinha sido uma “amarga surpresa” para o regime israelense o fato de que centenas de pessoas estavam abrigadas em um campo da ONU. O veterano jornalista do Oriente Médio Robert Fisk, que estava próximo do local do massacre, é bastante claro em relação às desculpas de Peres: “tudo mentira”. A investigação da ONU concluiu que era improvável que o bombardeio sobre o abrigo tivesse sido resultado de erros técnicos.

Foi Peres, quando era primeiro-ministro em 1985, que promoveu a formação de um “cinturão de segurança no sul do Líbano” continuando a ocupação israelense do Líbano com consequências catastróficas por mais 15 anos.


Um arquiteto do neoliberalismo

A classe dominante capitalista em Israel valoriza muito a contribuição de Peres para a promoção das políticas neoliberais. O principal comentarista econômico do jornal “The Marker”, Meirav Arlosoroff, por exemplo, escreveu: “A moderna economia israelense nasceu no dia 1º de julho de 1985. Esse foi o dia em que o gabinete adotou um amplo programa visando acabar com a hiperinflação e conter a acelerada perda de divisas de nossas reservas em moeda estrangeira. Mas, esse também foi o dia em que a economia socialista dos anos 1950 e 1960 deu lugar ao capitalismo. Shimon Peres, que era primeiro-ministro nessa época, foi indiscutivelmente o homem que fez isso”.

Naquela época, Peres não era apenas primeiro-ministro, representando o Partido Trabalhista israelense, mas também um dos vice-presidentes da Internacional Socialista (IS), o agrupamento internacional dos partidos socialdemocratas. Ele foi eleito para esse posto pela primeira vez em 1978 (tendo sido reeleito quase consecutivamente até 1999, quando ele foi eleito por mais quatro anos para ser o presidente honorário da IS). Os partidos socialdemocratas que compunham a IS já tinham começado a adotar as linhas gerais da nova política econômica proposta por Margareth Thatcher na Grã Bretanha e Ronald Reagan nos EUA.

Israel nunca foi um “Estado socialista”. Além do fato de que o Estado tenha se baseado desde o princípio na opressão e expropriação colonial do povo palestino, nos anos 1950 e 1960 ele também se baseava fundamentalmente numa economia capitalista (mesmo que o Estado tenha jogado um papel mais central na economia e que tenham existido elementos de um, seletivo e discriminatório, estado de bem estar social).

O papel do Estado, junto com uma retórica “socialista”, eram fatores necessários para o trabalhismo sionista nas primeiras décadas de sua existência, como forma de mobilizar apoio entre os trabalhadores judeus e também para lidar com o afluxo massivo de imigrantes. O desenvolvimento de uma infraestrutura básica e o investimento pesado na construção de um poder militar foram as marcas deste período. As organizações trabalhistas sionistas, incluindo o MAPAI e Partido Trabalhista e a Histradrut (a federação sindical israelense), desde o início, não foram construídas como organizações de trabalhadores para a luta de classes. Seu principal objetivo era o de atingir as metas do movimento nacional sionista. Por essa razão, elas foram responsáveis não apenas por semear a segregação nacional destrutiva entre os trabalhadores, mesmo antes de 1948, por ataques brutais contra trabalhadores e camponeses pobres de origem árabe-palestina, mas também pela promoção dos interesses de longo prazo do capitalismo.

O movimento na direção do fortalecimento da economia de mercado e enfraquecimento da força de trabalho organizada começou de forma mais explícita antes que Peres se tornasse primeiro-ministro. Nos primeiro anos do Estado, o governo do Partido Trabalhista deu início à expansão do setor privado junto com a repressão sobre as lutas dos trabalhadores. Utilizando-se da raiva dos judeus Mizrahim (judeus originários de países árabes e muçulmanos) – geralmente de origem pobre e de trabalhadores que sofreram discriminação racista sob os governos do Partido Trabalhista – o partido capitalista de direita rival, o Likud, conseguiu chegar ao poder no que ficou conhecido como “a virada” de 1977. O primeiro governo do Likud começou a implementar a “liberalização” do mercado (a “virada econômica”), mas teve que combinar isso com elementos populistas para tentar atender as expectativas das camadas de trabalhadores Mizrahim que garantiram sua chegada ao poder. No entanto, Peres, como dirigente do Partido Trabalhista, ao assumir como primeiro-ministro por um período limitado, de acordo com o acordo de rotatividade, estava mais livre dessas pressões. O “programa de estabilização econômica” de viés thatcherista que ele iniciou representou um importante ponto de inflexão para a aceleração da contrarrevolução econômica do neoliberalismo.

O legado de Peres

Peres atuou como ministro nos governos de Barak e Sharon e foi, entre outras coisas, corresponsável pela repressão assassina de cidadãos durante os protestos de outubro de 2000. Durante seu período como ministro para o “desenvolvimento do Negev e Galileia”, Peres promoveu planos para a “judaização” dessas áreas. Em 1976, como ministro da defesa, Peres jogou um papel central na decisão de enviar o exército e a polícia para reprimir brutalmente o levante popular do Dia da Terra, protestos que explodiram nessa região em resposta ao confisco massivo de terras palestinas por parte de Israel.

Em janeiro de 2005, Peres liderou a adesão de seu partido, que antes era “oposição”, ao segundo governo de Sharon, para ajudar na aprovação do chamado “plano de desengajamento” (plano de retirada unilateral de áreas ocupadas em gaza e Cisjordânia). Em poucos meses, ele juntou-se ao recém-fundado Kadima, novo partido lançado por Sharon (que já não existe mais). A retirada das tropas das Forças de Defesa de Israel (IDF) de Gaza só serviu para transformar gaza na “maior prisão a céu aberto do mundo” e para reforçar os assentamentos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Tudo isso pavimentou o caminho para as terríveis guerras e conflitos dos anos mais recentes.

Peres nunca promoveu ou indicou um caminho concreto para o fim do conflito israelense-palestino. As políticas que ele conduziu sobre isso, incluindo os Acordos de Oslo, só serviram para intensificar os conflitos de forma significativa. Suas políticas econômicas contribuíram para níveis de desigualdade e pobreza sem precedentes.

Ao contrário da visão de Peres, um “novo Oriente Médio” de paz e prosperidade sobre bases capitalistas é uma utopia, como demonstrado pelo horror que ainda predomina na região. Alianças entre uma Israel capitalista e os demais regimes da região não servem para acabar com a desigualdade, pobreza, opressão e os conflitos no Oriente Médio. Da mesma forma, um programa que, na prática, negue os direitos do povo palestino, não pode ser um caminho para a paz, mas sim para a continuação de um conflito sangrento. Ataques neoliberais também não são passos adiante do ponto de vista do bem estar e justiça social.

A vida de Peres esteve a serviço do fortalecimento do poder do grande capital, do militarismo, da discriminação e de opressão nacional. A luta para a construção de uma forte esquerda socialista é o caminho para que se possa conquistar um “novo” Oriente Médio, baseado na igualdade, paz e justiça para todos os povos.

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