Derrubar a lei da terceirização requer luta pra valer!

Barrar o PL 4330 é uma das tarefas urgentes e necessárias colocadas para o movimento sindical e toda a classe e, pra isso, é preciso ações conjuntas das centrais sindicais para organizar manifestações e até mesmo uma greve geral construída pela base.

No entanto, diante de um grande retrocesso como esse, é urgente que os trabalhadores tirem a conclusão sobre seus representantes – seja no campo parlamentar ou mesmo no campo sindical. No caso da Força Sindical, por exemplo, seu principal nome, Paulinho da Força, deputado federal, votou a favor das terceirizações. Isso só reafirma que seu compromisso é maior com Skaf, presidente da FIESP, do que com os trabalhadores.

Oposição do PT?

No caso do PT, há muita contradição. Seus parlamentares votaram contra o PL 4330 e a CUT organizou manifestações. No entanto, não podemos ter ilusão: o PT não está ao lado dos trabalhadores nesse momento.

Pra começar, Joaquim Levy, ministro da Fazenda indicado por Dilma (PT), em entrevista ao Valor Econômico do final de dezembro, elogia de forma entusiasmada o projeto, alegando que servirá como mais um incentivo para as empresas “arrumarem as contas e aumentarem o valor”. Vale lembrar que o mesmo ministro aplicou as medidas 664 e 665, que afetam duramente os trabalhadores adoecidos e acidentados.

No final das contas, a Dilma pode aceitar o PL 4330 como parte de uma barganha com o PMDB para recuperar a “governabilidade”.

A CUT é a maior central sindical hoje no Brasil, com uma base de 7 milhões de filiados e 3400 sindicatos. Nesse contexto, sua intervenção diante de um dos ataques mais brutais da classe trabalhadora foi extremamente tímida e limitada, com uma manifestação com 4 mil pessoas em Brasília – contando inclusive com ativistas de outras centrais.

Greve geral

Agora que o Congresso Nacional votou o PL, a CUT começa a falar sobre a possibilidade de chamar uma greve geral. Se a CUT jogasse seu peso atrás de uma greve geral, seria possível barrar o PL 4330, no mínimo forçando a Dilma a vetar o projeto.

É necessário unir a esquerda que é independente do governo federal para pressionar a CUT e outras centrais a fazer uma luta pra valer contra o PL 4330, incluindo realizando uma greve geral. Por fim, qualquer passo a frente precisa ser feito com os trabalhadores de fato entrando em cena, com ações construídas pela base, que envolvam não apenas a burocracia sindical. O tempo pede urgência, ousadia e nenhum passo pra trás!

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