Todo apoio à greve da GM!

Os trabalhadores não são culpados pela crise! Nenhuma demissão!

Novamente, a GM quer realizar demissões em massa para salvaguardar seus lucros. Isso se dá em um contexto de crise econômica no país, que afetou duramente o setor automobilístico. Mas são os trabalhadores que devem pagar por esta crise?

Desde o início da crise mundial do capitalismo, em 2008, o setor automobilístico tem sido um dos setores que mais recebeu apoio do governo federal e estaduais. São bilhões que foram transferidos em crédito, rebaixamento do IPI, etc. Mas não se tratam de empresas pobres. O setor automobilístico é composto por gigantes multinacionais que fazem bilhões de dólares em lucro. Porém, quando a demanda cai, eles querem jogar o peso da crise nas costas dos trabalhadores ou dos cofres públicos.

É possível lutar e vencer contra essa lógica! Os trabalhadores da Volkswagen em São Bernardo do Campo barraram, através de uma greve de dez dias, a tentativa de demitir 800 trabalhadores. Há outros exemplos importantes recentes de luta vitoriosa. A impressionante greve e ocupação da Assembleia Legislativa pelos professores e trabalhadores da educação no Paraná conseguiu impedir a votação de um pacote de ataques aos direitos dos funcionários públicos.

A luta dos trabalhadores da GM é importante não só para os trabalhadores da fábrica. Cada trabalho perdido nas montadores se multiplica com demissões nas fábricas de autopeças e outras fornecedoras. Por isso, essa é uma luta de todos trabalhadores e trabalhadoras.

Não podemos aceitar que uma empresa que recebeu tanta ajuda do estado e fez tanto lucro tenha o direito de destruir milhares de postos de trabalhos em nome dos lucros de uma pequena minoria. Temos que romper com a lógica de produção só para gerar lucro e não para satisfazer uma necessidade social.

Para os trabalhadores, o lucro não pode ser o central. A empresa pode reduzir a jornada de trabalho sem reduzir os salários e, assim, melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. As montadoras têm somente uma fração dos trabalhadores quem tinham anteriormente. Cada trabalhador produz muito mais hoje, mas a jornada de trabalho continua a mesma.

Além disso, há uma grande necessidade de começar a produzir carros que não usam combustíveis fósseis e, sim, carros elétricos e não-poluentes. As fábricas de automóveis também podem adaptar sua produção para produzir ônibus modernos e não-poluentes para substituir a enorme frota de ônibus velhos no país. Se não dá para fazer isso e, ao mesmo tempo, garantir lucro para um punhado de capitalistas, devemos exigir que a fábrica seja estatizada e colocada sobre o controle dos trabalhadores e da comunidade, para produzir o que a sociedade realmente precisa, independente do lucro.

Além disso, para barrar a tentativa da GM em demitir 800 trabalhadores, é necessário nacionalizar esta luta para evitar estas e outras demissões que já estão ocorrendo no setor industrial e, em particular, no setor automotivo.

Para isso, é fundamental a construção de um espaço amplo que coordene e unifique esta luta contra as demissões, bem como de outros ataques que estão previstos pelos patrões e governos para o próximo período.  

  • Todo apoio e solidariedade aos trabalhadores da GM em São José dos Campos!

  • Redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais, sem redução de salário!

  • Estabilidade no emprego e proibição de demissões imotivadas (Convenção 158 da OIT)!

  • Contra a redução de IPI ou qualquer outro benefício fiscal para as empresas!

  • Proibição de demissão para as empresas que receberam dinheiro público!

  • Estatização das empresas que demitirem em massa!

 

Você pode gostar...