Todos ao Encontro Nacional contra as Reformas Neoliberais!
No dia 25 de março, na cidade de São Paulo, será realizado o Encontro Nacional contra as reformas neoliberais do governo Lula.
Este Encontro está sendo construído e impulsionado por diversas entidades e movimentos sociais da esquerda combativa do país, como a Conlutas, Intersindical, Pastorais sociais e MTST.
Ele ocorrerá numa conjuntura de recomposição da esquerda brasileira no movimento sindical e de mais ataques anunciados pelo governo Lula através do PAC e de suas contra-reformas neoliberais como a previdenciária e a trabalhista.
Essa nova ofensiva de ataques vem acompanhada por uma consolidação do atrelamento da CUT ao governo Lula. A CUT anunciou o seu apoio ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a sua participação no Fórum Nacional da Previdência Social que elaborará em seis meses uma nova proposta que representará mais ataques à aposentadoria dos trabalhadores.
Em virtude dessa situação, esse Encontro tem um significado histórico importante por representar na prática, um dos únicos espaços por onde passará de forma efetiva a organização da resistência unificada contra esses novos ataques.
Mas para que este Encontro seja de fato vitorioso, é necessário garantir a mais ampla participação de militantes, movimentos sociais, entidades sindicais, partidos de esquerda que tenham acordo com alguns eixos de luta.
Luta contra o PAC
Para nós, o eixo central é a luta contra o PAC e as reformas neoliberais do governo Lula. Entretanto, outros pontos importantes devem ser levantados e defendidos como o não pagamento das dívidas interna e externa para garantir investimentos nos setores sociais, um plano de obras públicas para combater o desemprego, redução da jornada de trabalho para 36 horas sem redução de salário, salário mínimo do Dieese para toda a população, reforma agrária radical sob controle dos trabalhadores, anulação da privatização da Vale do Rio Doce e o fim dos leilões que visam avançar na privatização da Petrobrás.
Além disso, é necessário denunciar o papel desempenhado pela CUT como colaboradora do governo Lula na aplicação das políticas e reformas neoliberais e a necessidade de construir uma nova direção para o movimento sindical do país. Muitos de seus ex-dirigentes ocupam cargos importantes no governo federal. O mais evidente deles é Luís Marinho que abandonou a presidência da CUT para ser ministro do trabalho de Lula.
Como parte orgânica do governo federal, a CUT continuará com a mesma postura que assumiu no primeiro mandato, ou seja, fazer críticas pontuais, mas apoiar na prática toda a política e as reformas neoliberais do governo Lula.
Nesse sentido, não causará nenhum estranhamento se a CUT apoiar dois pontos essenciais para o governo na Contra-Reforma da Previdência que é definição de uma idade mínima para o setor privado (65 anos) e o fim da diferenciação de idade/contribuição no momento da aposentadoria entre homens e mulheres.
Calendário de luta
Para fazer frente a esse cenário tenebroso, o Encontro Nacional tem como tarefa fundamental: aprovar um calendário que unifique de fato as lutas e garanta uma mobilização permanente, inclusive com paralisações nacionais, contra a política econômica expressa pelo PAC e as reformas neoliberais do governo Lula.