Glauber fica! Fora Arthur Lira!
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) está sofrendo uma perseguição sistemática por parte da direita e extrema-direita na Câmara dos Deputados. A malta de corruptos e reacionários age sob a orientação e estímulo do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), com sua obsessão em cassar o mandato do combativo deputado do PSOL.
No dia 11/09, o Conselho de Ética da Câmara, em uma sessão vergonhosa, aprovou por 10 votos contra 2 a admissibilidade do processo de cassação do mandato de Glauber. O pretexto para isso foi uma acusação formal de “quebra do decoro parlamentar” baseada no episódio em que o deputado do PSOL defendeu-se de uma agressão física, política e moral praticada por um membro do “Movimento Brasil Livre” (MBL), conhecido pelas provocações e agressões de tipo fascista que promovem sistematicamente contra a esquerda e movimentos sociais.
Na verdade, Glauber está sendo perseguido pela direita e extrema-direita na Câmara porque representa uma pedra no sapato do “todo poderoso” Arthur Lira e seu papel nefasto e corrupto na Câmara dos Deputados, junto com o “Centrão” e a extrema-direita e com ramificações até mesmo no governo federal e outras instâncias de poder do país.
Glauber, correta e corajosamente, recusa-se a aceitar o raciocínio, defendido por muitos até mesmo no “campo progressista”, de que, para garantir a governabilidade do mandato de Lula, teremos que “engolir o sapo” Arthur Lira. Negociar e fazer acordos com Lira não irá permitir que um governo que se reivindica “progressista” atenda as necessidades da maioria do povo, da classe trabalhadora e dos mais oprimidos. Pelo contrário, isso impede que se avance.
O exemplo de Glauber não é o de um “Quixote” bem intencionado, mas pouco efetivo, como alguns tentam fazer parecer. Enfrentar Lira, o “Centrão” e a extrema-direita, é o mínimo que se pode esperar de um esquerda que não tem medo de dizer seu nome. Qualquer outra coisa significa abrir mão de um projeto de transformações profundas em nome de um suposto “realismo” que só serve à classe dominante e setores mais reacionários da sociedade.
Da mesma forma, é preciso resistir aos ataques físicos, políticos e morais da extrema-direita e setores fascistizantes. Qualquer vacilação na defesa do direito da esquerda e dos movimentos sociais de ocuparem as ruas e locais públicos para proclamarem alto e bom som suas posições significa um lento processo de suicídio.
A hipótese da cassação do mandato do deputado Glauber Braga não representaria apenas uma derrota da esquerda, mas sim de todos aqueles que se reivindicam defensores da democracia, entendam eles o que for que por esse termo. A Câmara dos Deputados já livrou a cara de corruptos, agressores de mulheres e promotores de golpes de Estado. Se, agora, cassar o mandato de um deputado que se defendeu de um ataque de tipo fascista, abrirá as comportas para todo tipo de arbitrariedade e autoritarismo.
A defesa de Glauber e seu mandato é a defesa dos direitos democráticos, é a defesa da resistência coletiva contra o avanço da extrema-direita, é a defesa de uma esquerda consequente.
Glauber não deve ser punido, seu exemplo deve ser seguido. Se todos fossem como Glauber (e muitos e muitas são), a esquerda socialista no Brasil estaria mais bem preparada para sair da defensiva em que se encontra, contentando-se hoje apenas com o mal menor ou o menos pior.
Qualquer vacilação na defesa de Glauber Braga significa colaboração com o avanço da direita contra os direitos democráticos, contra a esquerda combativa e a luta dos trabalhadores e dos movimentos sociais.
Com uma forte campanha e pressão coletiva, é possível vencer, derrotar Lira e a direita e garantir o mandato de Glauber.
Por isso, prestamos toda nossa solidariedade ativa ao companheiro Glauber Braga.
Glauber fica! Fora Lira!