Nigéria: militante da ASI baleada – pedido de solidariedade

Movimento por uma Alternativa Socialista – Nigéria – condena o disparo contra manifestantes pacíficos em frente sede da Companhia Nigeriana de Desenvolvimento Petrolífero em Benin City

Apenas 4 dias depois de retornar do Congresso Nacional do MSA que aconteceu no fim de semana em Lagos, nossa camarada Juliana Martins participou de uma manifestação pacífica em Benin City para exigir suas bolsas e equipamentos devidos a eles por participarem da oficina da Lei Industrial do Petróleo (PIA).

Foi relatado que a direção da Comissão Nacional de Desenvolvimento do Petróleo (NPDC), liderada pelo executivo Ali Muhammad Zarah, tem voltado atrás nas promessas feitas aos estudantes, o que levou ao protesto. Na manifestação pacífica que foi amplamente noticiada por várias mídias do país, um policial do comando do estado de Edo, identificado como DSP Emmanuel, abriu fogo contra os manifestantes e baleou nossa camarada, Juliana.

Juliana é uma estudante de comunicação na Universidade de Benin, Benin City. Ela tem permanecido ativa na MSA desde que foi recrutada e no Congresso ela contribuiu para a discussão e prometeu ser mais ativa em sua célula.

Queremos aproveitar a oportunidade para pedir solidariedade, cartas de protesto condenando o ato da direção da NPDC e da polícia nigeriana. Por este meio, fornecemos os dados para o envio de protestos, exigindo os todos cuidados médicos necessários para Juliana, que a libertariam de todas as cicatrizes, tanto físicas quanto psicológicas, com a devida compensação.

Emitimos uma declaração a este respeito solicitando uma comissão de inquérito que incluirá representantes estudantis para investigar o incidente e para trazer o policial ligado à companhia e identificado como DSP Emmanuel seja responsabilizado.

Obrigado, em solidariedade

Dagga Tolar, pela MSA

Comunicado à imprensa

MSA condena o disparo contra manifestantes pacíficos na sede da NPDC, Benin City

Alguns dias após o recém-concluído serviço memorial do massacre de manifestantes pacíficos no pedágio LekkiToll Gate pelo governo nigeriano, o caso da brutalidade policial e da ofensiva militarizada contra cidadãos inocentes não foi superado.

Infelizmente, ontem, uma de nossas camaradas, Juliana Martin, foi baleada e está atualmente em tratamento no hospital militar em Benin.

O incidente ocorreu em frente da sede da Comissão Nigeriana de Desenvolvimento do Petróleo (NPDC), na Benin City, onde teve manifestantes pacíficos da União Estudantil do Delta do Níger e do Conselho da Juventude de Ijaw foram alvejados pela força policial.

Os manifestantes, de acordo com o relatório, estava exigindo melhor auxílio após a administração da empresa não ter cumprido sua promessa.

A MSA considera este ato da polícia e da direção da NPDC como uma violação do direito à vida e do direito democrático de se engajar em um protesto pacífico.

Infelizmente, isto demonstrou que em um país supostamente democrático, a vida de inocentes cidadãos trabalhadores pobres não está garantida.  E coloca a questão da democracia sob um sistema construído sobre a obtenção de lucro sobre aqueles que pouco têm. E, posteriormente, empregando o aparato do Estado para reprimir as inquietações.

A maioria dos manifestantes, segundo relatos, eram principalmente estudantes e jovens dentro da Comunidade do Delta do Níger e tinham se conduzido pacificamente, sem qualquer provocação.

No entanto, esta é a “nova ordem” da governança corporativa da Lei Industrial Petrolífera 2021? Os nigerianos devem agora esperar um uso livre do terror contra eles por parte do governo como parte de sua iniciativa de estímulo ao ambiente de negócios? O NPDC não foi estabelecido para atender às necessidades de bem-estar da população do Delta do Níger, e os estudantes não são uma parte desse setor?

O que o NPDC esconde – é que os fundos foram mal administrados ou desviados, e que as preocupações sociais estão agora fora do radar da comissão?

O MSA exige que o NPDC seja responsabilizado por este incidente em particular e que o executivo Ali Muhammad Zarah seja responsabilizado por este terrível e condenável incidente.

Insistimos em uma comissão de investigação que incluirá representantes estudantis para investigar o incidente e que todos os envolvidos nesta perpetração sejam responsabilizados.

Aguardamos ansiosamente a reportagem deste evento por sua equipe de mídia.

Obrigado por sua atenção.

Atenciosamente

Dagga Tolar, secretário-geral da MSA

MODELO DE CARTA DE PROTESTO

Pedimos a todos os sindicatos, seções e organizações da ASI, bem como a apoiadores, que enviem urgentemente uma carta de protesto à Embaixada da Nigéria no Brasil:

admin@nigerianembassy-brazil.org

e aos seguintes endereços:

pressforabuja@police.gov.ng

doublefrank2000@yahoo.com

Carta modelo

Para:

Inspetor Geral de Polícia, UsmanAlkali Baba

Comissário de Polícia Edo State, Philip AliyuOgbadu

Escrevo para condenar o alvejamento de Juliana Martins em uma manifestação pacífica no Benin City na quinta-feira 28 de outubro de 2021.

Juliana protestava junto com outros estudantes da Universidade de Benin e estudantes do Delta do Níger, após a gestão da Comissão Nacional de Desenvolvimento do Petróleo (NPDC) chefiada pelo executivo Ali Muhammad Zarah renegar seus compromissos de fornecer aos participantes da oficina do Ato Industrial do Petróleo bolsas de estudo e laptops.

Na manifestação pacífica que foi amplamente noticiada por várias mídias nigerianas, um policial do Comando do estado de Edo, identificado como DSP Emmanuel, abriu fogo contra os manifestantes e atirou em Juliana Martins, que é uma estudante de Comunicação da Universidade de Benin, Benin City.

Exigimos uma investigação imediata deste ato hediondo e o indiciamento de todos os responsáveis, incluindo os oficiais superiores da polícia e da direção da NPDC que supervisionaram estes eventos.

Também apoiamos a reivindicação de uma comissão de inquérito que incluirá representantes dos estudantes para investigar o incidente e responsabilizar o policial ligado à empresa e identificado como DSP Emmanuel.

Também exigimos que todos os cuidados médicos necessários sejam fornecidos gratuitamente para Juliana para o tratamento de todas as cicatrizes, tanto físicas quanto psicológicas, com a devida compensação.

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